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Teorias transitivas da administração

Por:   •  4/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.424 Palavras (6 Páginas)  •  2.043 Visualizações

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1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

As chamadas Teorias Transitivas refere-se a um conjunto de autores que apresentaram contribuições significativas do pensamento administrativo, representando uma transição entre as escolas Científica e Clássica (Taylor e Fayol) e a escola das Relações Humanas (Elton G. Mayo).

Em meio à Teoria Clássica apareceram alguns autores que, apesar de defenderem alguns dos princípios clássicos, iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica e de reformulação das bases da teoria da administração. Podemos dizer que o ponto em comum desses autores é a tentativa de aplicação de certos princípios da Psicologia ou da Sociologia na teoria administrativa. Da tradição clássica, as Teorias Transitivas adota o conceito de organização como sistema social estabelecendo diferença entre eficiência e eficácia, incorporando a motivação não econômica e desenvolvendo o conceito de autoridade. Quanto à motivação, o conceito de liderança repousa mais no conceito de grupo do que propriamente daquele que lidera. Segundo as Teorias Transitivas, os problemas da organização deve-se às relações humanas. Para que esses problemas sejam evitados, torna-se necessário que haja dinamismo na organização destacando a importância das relações individuais. A interação entre dois ou mais indivíduos, o desejo e a disposição para cooperar aliada aos objetivos em comum cria um sistema racional de cooperação. O comportamento individual são equacionados a fim de se obter um propósito comum e isso melhora a eficácia dos resultados obtidos.

Outra característica das Teorias Transitivas da Administração é que o poder enquanto controle exercido para atingir um fim, leva a autoridade a ser entendida como derivada da função e não da hierarquia. Como dito acima, essas teorias surgiram em um período de transição. Vamos compreender melhor segundo os autores que se seguem.

2. MARY PARKER FOLLETT/CHESTER IRVING BARNARD

A autora norte Americana Mary Parker Follett (1868-1933) trata de diversos temas relativo á administração da chamada Escola das Relações Humanas. Formada em filosofia, direito, economia e administração pública. Possui ideias bastante revolucionárias para a sua época e que desafia até os nossos dias. Follet sustenta que o ser humano se desenvolve quando é carregado de responsabilidade. Deu maior importância às relações individuais dos trabalhadores e analisou seus padrões de comportamento.

Follet viveu em uma época em que o Taylorismo era dominante. Em um mundo onde a valorização da produção era evidente, as idéias de Follett foram ofuscadas, ganhando destaques anos depois com o surgimento de uma nova mentalidade, que deu origem a Escola das Relações Humanas. Seus principais escritos concentram-se sobre a Resposta Circular e o Conflito Construtivo. Sobre a Resposta Circular, ela afirma que as relações entre as pessoas estão em constante modificação, que o simples contato entre dois relacionantes já altera a forma como um vê ao outro. Ela propõe que uma pessoa ao receber influência de outra, ao formular uma opinião já inclui essa nova percepção na sua fala e que essa nova percepção ao ser recebida pela outra pessoa irá alterar a forma como esta pensa, num ciclo contínuo e vicioso. Sobre o Conflito Construtivo, ela afirma que as divergências são extremamente importantes porque revelam uma diferença de opinião que cedo ou tarde se manifestará, de forma danosa ou não. Segundo Follett existem três soluções possíveis para o conflito. A primeira seria a dominação onde um dos lados, o mais forte provavelmente, predominará e terá suas exigências atendidas, enquanto o outro lado não terá nenhuma de suas exigências atendidas, e assim, o conflito será na verdade sufocado. A segunda alternativa apontada por Follet diz que os dois lados cederão cada qual um pouco, e um meio-termo será adotado como solução. A esse método denominou conciliação, uma alternativa apontada por ela como 14 nociva a ambos os lados já que nenhum tem suas reivindicações plenamente atendidas. A solução ideal proposta por ela é a Integração, na qual a resposta ao dilema não está concretizada e deve, portanto, ser pensada, inovada, criada.

Outro pensador, Chester Irving Barnard (1886–1961), é tido como um pensador do behaviorismo. Foi o criador da teoria da cooperação, em que estuda a autoridade e a liderança. Foi um dos primeiros teóricos da administração a ver o homem como um ser social, e a estudar suas organizações informais dentro das empresas. Formulou a Teoria da Aceitação da Autoridade, onde a autoridade é o caráter da comunicação em uma organização formal, o receptor dessa comunicação é quem vai decidir se aceitará uma ordem ou não. Surge, assim, um novo conceito de autoridade, baseado na forma de aceitação de normas e ordens. Para Barnard, além de planejar, organizar, motivar e controlar, os executivos devem desenvolver sua capacidade de planejamento social, com o objetivo de manter um sistema de esforços cooperativos. Com isso, ele destaca subfunções como a criação e manutenção de sistemas de comunicação, sendo o canal para essa comunicação; assegurar os serviços essenciais para cada indivíduo, buscando a cooperação através de uma boa administração de pessoal; definir os propósitos da organização e deixá-los bem claros para o bom entendimento e melhor execução das tarefas, unificando as pessoas em busca de um objetivo.

A cooperação se origina de uma necessidade individual de cumprir propósitos de um sistema onde elementos biológico, psicológicos e sociais são combinados. Esse indivíduo precisa atingir os propósitos da organização (ser eficaz) bem como satisfazer suas necessidades pessoais (ser eficiente). Para Barnard, a cooperação é essencial para a sobrevivência da organização, se nela houver pessoas capazes de se 16 comunicarem entre si,

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