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Transcrição da entrevista com a supervisora da área de enfermagem da maternidade do Hospital São Luis – Itaim

Por:   •  8/5/2018  •  Monografia  •  3.608 Palavras (15 Páginas)  •  249 Visualizações

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Transcrição da entrevista com a supervisora da área de enfermagem da maternidade do Hospital São Luis – Itaim.

Elizabete: - O Nosso roteiro é sobre qualidade de vida no trabalho.

Elizabete: - A primeira pergunta é: Qual é o conceito de qualidade de vida que é abordado nessa empresa.

Gestora: - Pegou numa fase complicada, eu assumi a maternidade a pouco tempo, então assim, e ultimamente até a minha vida pessoal foi alterada, mas o propósito da empresa é que você tenha qualidade de vida sim entendeu? Que você entre e saia no horário que você tem que ter a sua função, você que tem de realizar tudo dentro que é projetado para que você é contratado, tem de ser o melhor profissional dentro daquele horário que a empresa me proporcionou, o que sai fora isso não é bem visto. Então vou te falar, eu assumi nas 24 horas e eu tenho de me programar, pra ficar de manhã, de tarde e de plantões noturnos, no turno 1 ou turno 2, eu ainda não consegui. Então hoje no momento para falar de qualidade, nem a minha vida pessoal meu pilates que eu fazia, é, hoje quando eu saio do hospital eu tenho desligar, mas meu celular fica 24 horas, então eu não estou nessa fase de dizer: Olha , eu, eu, tá tudo na engrenagem e hoje eu consigo me desligar, ter uma qualidade de vida, ai eu saio e fico de boa, não existe isso, no mundo corporativo não existe isso. Vou ser realista agente tem que tentar trabalhar isso de uma forma, é o que eu vejo como meu futuro, que eu tenha que essa semana eu vou estar no plantão noturno, ok? Na outra semana eu fico mais a tarde ou de manhã, mas vou precisar de alguém que me ajude, hoje eu não tenho isso. Então essa ferramenta vou ter posteriormente no próximo ano. Acho que tudo na vida agente projeta. Agente planeja. E... você ficando fora do horário, você não é o melhor. Por que para você, o gestor que está lá em cima, pro CEO, ele vai falar: - Ué? Mas você tinha um tempo “X” e por que que não deu conta naquele tempo “X”? Então agente tem que tentar se programar. É organizar as nossas atividades. Saiu daqui agente tem que ter sua vida própria. Sai, curtir, tem que fazer as suas coisas que gosta. Eu quero voltar para o meu pilates, eu tento me desligar, eu deixo o celular no, no vibra e se saio para jantar eu não fico no celular, eu olho depois, mas agente sempre olha, por que cinco horas da manhã, você já lá, o celular esta ligado, se o hospital precisar ele vai te chamar, não tem como. Quem é gestor é isso, acho que o CEO não dorme, por que eu também não durmo, hahaha.

Elizabete: - Mas internamente, para os funcionários, você acha que tem um impacto?

Gestora: - Sim por que a cobrança, quando você começa a cobrar, eu... A Jaq está aqui de prova, eu sou gestora, eu sou gestora dela, eu acho que a forma, as vezes a pressão vem tamanha por que por mais que agente trabalhe em um hospital, trabalhe com vida, é, eu trabalho com o lado financeiro e eu tenho que dá lucro para a instituição, quando eu não dou  lucro para a instituição, já fica apitando, a luzinha fica acendendo, fica piscando, é onde eu vou em cima da minha equipe, só que aqui tenho várias maneiras de trazer para mim. É lógico que da forma que vêm para mim, eu não vou falar do jeito que vêm, por que senão eu não consigo, eu tenho de trazer a equipe pro meu lado, ela tem que crescer junto comigo, então as vezes você compra e você vende o peixe, mas você tem de passar de uma forma tranquila para que a  pessoa fale, “sou eu que estou fazendo”, mesmo assim induz, mas a pessoa ela tá, ela tem de achar que é ela que está fazendo, e o líder hoje tem de ser muito claro, você tem de ser franco, por que você está liderando essas pessoas, ela tem participação sim no que ela faz, na mínimo atividade que ela faça bem feito, é o meu resultado final, então é o que eu falo em reunião para elas, uma andorinha não voa sozinha, ela voa em equipe e eu estou tentando fazer esse trabalho em equipe, então as pessoas tem de se conscientizar que elas são importantes, que cada tijolinho aqui não funciona sozinho, ninguém é... Olha a oportunidade no São Luiz é um pouco... Não. Por que é um diretor, as coisas, não! Tem outras pessoas cogitadas, existe uma cadeia aí que tem de funcionar sincronizada, agente trabalha para isso.

Elizabete: - E outra questão é que, se os funcionários participam nas decisões da empresa? E como é esse espaço?

Gestora: - O que que agente faz, quando agente faz mudanças. É... Setorial, agente pergunta: - e aí? - O que que você acha? – O que que é melhor? É, hoje estou com pouco tempo, eu assumi, acho que vai fazer dois meses, nas reuniões eu tenho perguntado e tenho ouvido elas, eu passo no andar e falo: - O que você acha? – O que que você acha o que é melhor? Eu escuto o funcionário, por que quem que está ali na frente, diretamente com o paciente, ou com os equipamentos que agente lida no dia a dia, é elas que sabem se é funcional ou não. Agente que está numa supervisão, eu não estou ali no dia a dia para ver qual é a problemática, então tem de perguntar para o colaborador.

Elizabete: - E relacionado com a projetos ligados a qualidade de vida no trabalho, tem projetos na empresa? Como eles funcionam?

Gestora: - A nossa gerente, hoje agente tem de trabalhar melhor essa, essa questão do colaborador, antigamente o São Luiz investia muito mais, até na diversão do colaborador. Então tinha ingressos para parques, para cinemas, tinham os vouchers que eles iam nas lojas e compravam e hoje agente está trabalhando junto com a nossa gerente que mudou a gerente a pouco tempo para trazer um pouquinho de qualidade. Isso aí é a visão de qualidade percebida pelo colaborador que conhecia de outra forma. E agente está trabalhando por que a empresa ela cresceu muito a Rede D´or e o São Luiz, e a parte de ser centralizada é toda no Rio de Janeiro, e hoje tem passes que pro colaborador ele tem dificuldades, até de ter uma resposta, do “Ah! O Holeriteveio de forma inadequada”. Então agente está trabalhando isso junto a gerência nossa de enfermagem. Ela veio do Sírio, ela trabalhava com qualidade, ela pergunta para os gestores, ela fala como que era, agente fala o que eles cobram, por que isso é cobrado, “Ah! Dá um voucher de cinema, pô , tem 3, 4 filhos”, isso ajuda, principalmente na atual situação financeira do Brasil, então agente está brigando para isso, para agente conquistar novamente alguns méritos aí para nossos colaboradores.

Elizabete: - E outra questão é que se a empresa se preocupa com as condições físicas e psicológicas e o horário de trabalho dos funcionários?

Gestora: - Agente tem uma equipe de psicologia, que é acionada, quando agente percebe que o colaborador está com algum problema, agente chama, o gestor imediato chama, agente conversa, a supervisão também entra em ação e agente aciona a medicina do trabalho, tem um médico e um psicólogo que faz um acompanhamento para estas pessoas e dão um feedback para o supervisor.

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