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A Arquitetura Contemporânea

Por:   •  14/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.535 Palavras (7 Páginas)  •  79 Visualizações

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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA) [pic 1]

FACULDADE INTEGRADAS DE GARANHUNS (FACIGA)

CURSO DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

AFONSO BRÁS PEREIRA LIMA

RESUMO DO CAP 13 DA APOSTILA: ARQUITETURA CONTEMPORANEA, VOL. 2

GARANHUNS-PE

2022

PÓS-MODERNISMO

O pós-modernismo surgiu entre as décadas de 1960 a 1970 com uma crítica ao modernismo ou International Style, os arquitetos modernistas da época negavam totalmente os estilos arquitetônicos passados, eles acreditavam que no moderno a forma tinha que seguir a função, e que tudo que já existia deveria dar espaço a esse novo, que era o modernismo. Foi aí que alguns arquitetos da época que não estavam aderindo a esse estilo arquitetônico começaram a criticar e vislumbrar um novo norte, que posteriormente se deu o nome de arquitetura pós-moderna, os arquitetos pós modernistas usavam elementos inspirados na arquitetura popular e comercial de modo provocativo e atraente. Além disto, absorviam os pressupostos da POP ART, expandindo-os para grande parte da sociedade e redirecionando a atenção arquitetônica para a história, o ornamento e o ideal contemporâneo de beleza.

A arquitetura pós-moderna vem quebrar com essa ideia de que a forma segue a função, pois, para eles, a forma tem que seguir o contexto histórico, o arquiteto tinha que ser livre para criar e se expressar através da arquitetura. A solução da forma não nasce do problema utilitário, mas é criada na imaginação do arquiteto, que estabelece associações simbólicas tão sutis que, não raro, só ele próprio se torna capaz de refazer. A arquitetura pós-moderna vem trazer para os usuários e observadores uma forma nova de interpretar a obra, fazer com que eles criem o senso crítico, que anteriormente foi anulado no modernismo com a simplificação e a pureza da forma.

Seus pressupostos dividiram-se em duas vertentes: o FORMALISMO e o CONTEXTUALISMO.

Corrente tipicamente norte-americana, o FORMALISMO pós-moderno mostrou uma concepção arquitetônica que acentuava a forma frente ao conteúdo, isto é, valorizava mais os invólucros que a essência. Propagava a desconfiança para com o funcionalismo, fazendo uso amaneirado de suas soluções, em especial a composição modular como suporte para invenções decorativas, que inevitavelmente se transformaram em referências ao passado.

Foi no formalismo que se introduziu de novo o uso dos ornamentos nas obras arquitetônicas, como o modernismo abolia qualquer uso de ornamentos e só seguiam a forma pura, o pós moderno resgata esse uso para dar mais imponência e identidade as obras, a ARQUITETURA FORMALISTA voltava-se para a simbiose de efeitos compositivos, de vocabulário e princípios próprios e de uma linguagem simbólica, que se expressava através de metáforas, sinais e aspectos emblemáticos, tudo com a intenção de transmitir uma tensão entre estes elementos na mesma obra.

Os principais fundamentos arquitetônicos do PÓS-MODERNISMO FORMAL concentram-se em:

Formalismo: Preocupação quase absoluta com o aspecto visual da obra; fachadismo; uso de convenções.

Grafismo: Fascinação pelo poder evocativo de desenhos e maquetes; ênfase no tratamento gráfico; policromia.

Hedonismo: Culto ao prazer e à beleza, através da ideia de conseguir o máximo pelo mínimo esforço; ornamentalismo.

Elitismo: Predefinição do público-alvo e dos parâmetros de conforto e qualidade do ambiente construído; comodismo.

Vanguardismo: Crença na beleza, originalidade e importância de suas criações artísticas; ironia e provocação.

Antifuncionalismo: Rejeição da estética funcionalista e da ideia de proeminência da função utilitária; antiuniversalismo.

Os arquitetos formalistas resgataram alguns usos arquitetônicos históricos, abandonados no antigo modernismo que foram: os arcos, colunas, frontões, cúpulas e galerias, na maior parte transformados através da estilização e/ou mudança de materiais, estes são associados a formas modernas e aos signos da sociedade de massa. Como a arquitetura formalista tinha o enfoque na produção em massa os materiais utilizados eram o concreto armado, vidro e aço, materiais estes combinados aos tradicionais, especialmente a pedra, a cerâmica e a madeira, porém com acentuada artificialidade e colorismo. A maior crítica sobre os formalistas recaiu no fato de muitas vezes acabarem produzindo um NOVO ECLETISMO pela miscelânea estilística. A partir dos anos 1970 passou a haver maior preocupação com o contexto da obra, evitando empréstimos formais ou citações gratuitas de outro tempo ou lugar.

Os principais apoiadores do movimento foram: PHILIP C. JOHNSON (1906-2005); ROBERT VENTURI; CHARLES W. MOORE (1925-1993); ROBERT A. M. STERN (1939-); CHARLES JENCKS e entre outros...

No campo do desenho industrial, a cor-rente pós-moderna formalista recebeu a denominação de RADICAL DESIGN ou Anti-Design, que foi fundamental nas décadas de 1970 e 1980, principalmente através de grupos italianos que exploraram o neo-historicismo, grafismo, simbolismo, ornamentação e ironia. O RADICAL DESIGN foi um movimento teórico, politizado e experimental, que surgiu na Itália em finais dos anos 1960, que tentava alterar a percepção geral do modernismo através de propostas e projeções utópicas.

Já no campo urbano o formalismo buscava defender a requalificação de áreas urbanas através do resgate de formas e traçados tradicionais, reafirmando conceitos antes menosprezados pelos modernos, que foram responsáveis na deterioração ocorrida nas atuais cidades, pois enfatizava a criação de áreas novas, a circulação viária e a segregação funcional-espacial, enquanto o movimento pós-moderno tinha as ideias de: comunidade, lugar, identidade, memória, uso misto e qualidade ambiental. Também chamado de Urbanismo Neotradicionalista, suas idéias foram inspiradas por Jane Jacobs (1916-2006) e Kevin Lynch (1918-84), entre outros teóricos pós-modernos, que eram contra o esquematismo, a padronização e a supressão de valores culturais particulares em prol de modelos universais.

O PÓS-MODERNISMO CONTEXTUAL não é o substituto do formalismo, mas sim um upgrade do movimento pós-moderno, onde tentava sanar os problemas e críticas visto no movimento, utilizando-se de materiais, técnicas e procedimentos tradicionais, menosprezados, além de contribuir com inovações ligadas à própria identidade e heterogeneidade de cada sociedade.

Os arquitetos contextualistas aceitam a sociedade industrializada, mas lhe dão uma concepção que ultrapassa à da Sociedade da Máquina. Contrários ao historicismo, ao antiformalismo e à abertura multidisciplinar, eles apoiam a reflexão histórica, a maior atenção à forma e a recuperação da autonomia da arquitetura enquanto profissão. Se os modernos haviam se maravilhado com a indústria, não conseguiam reconhecer a beleza que existia no artesanato e na relação do homem com a natureza, cabendo aos pós-modernos o resgate do “prazer” da arquitetura como arte. Essa nova fazer do movimento trazia uma arquitetura que fizesse uma releitura provocativa e estimulante dos monumentos do passado, além da reutilização autônoma de estruturas antigas e uma exploração de “arquétipos” através de composições de uma ambiguidade substancial.  Considera-se PRÁTICA CONTEXTUAL a contaminação ou influência dos elementos e métodos típicos da linguagem moderna com elementos do repertório tradicional, que se encontram no local onde a obra está inserida: trata-se do diálogo arquitetônico com o ambiente, através da recuperação da presença histórica.

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