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A Arquitetura Românica

Por:   •  16/3/2017  •  Dissertação  •  1.123 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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A definição da arquitetura enquanto "Românica" se refere às semelhanças existentes entre as construções típicas do final do séc. XI e XII na Europa. Enquanto no Oriente bizantino e muçulmano a arquitetura se desenvolvia de forma significante, no Ocidente o progresso manteve-se de forma estagnada. Falta de tempo, tranquilidade e escassez de recursos foram alguns dos motivos que ocasionaram o “atraso” no desenvolvimento da arquitetura. A designação "Românico" surgiu no séc. XIX e significava "semelhante ao romano".

Pode-se citar como característica das construções românicas a preocupação em vencer grandes vãos para anular os esforços de grandes cargas ocasionados pelo uso de blocos de pedra. Também é uma das características da arquitetura românica, a tentatica de transpor para o exterior das ingrejas os apoios internos.

Devido aos desastres e incêndios causados em razão de invasões, a ideia de abobadar os edifícios foi proposta e a idéia rapidamente se difundiu.

Na arquitetura religiosa, dos períodos cristão primitivos, o telhado era feito de madeira, material abundante na Europa. A utilização das abóbadas passaram a ser frequentes e a unidade estrutural era composta por uma série de blocos de pedra em forma de cunhas. O arco vence um vão maior que o lintel, sendo necessários menos suportes, uma grande vantagem para os construtores cristãos que procuravam o mínimo de obstruções internas no interior das igrejas.

O arco e a abóbada são os elementos mais importantes da técnica construtiva dessa arquitetura. O arco aumentaria as larguras das passagens entre as colunas, e as abóbadas supriam a deficiência originária das dificuldades de serem cobertas grandes áreas de reuniões e práticas rituais. O templo românico era uma cruz latina, composta por uma nave longitudinal e um cruzeiro.

Dentre as desvantagens do uso da abóbada, podemos citar: a distribuição de cargas ao longo de duas linhas paralelas contínuas, produzindo grandes eixos laterais que deveriam ser eliminados por meio de paredes muito grossas e bem construídas; as colunas eram muito delicadas pois somente suportavam a sobrecarga do telhado; a coluna alta apresenta vários inconvenientes, por isso os arquitetos romanos as construíam grossas e baixas. O resultado era a pouca altura, da qual não permitia que ela fosse bem iluminada, resultando em igrejas muito escuras.

Outro problema estrutural românico foi a cobertura do cruzeiro que é o quadrado central oriundo do cruzamento da nave central e o transcepto. Na arquitetura bizantina foi solucionado o problema com uma cúpula sobre base quadrada, utilizada com o emprego de elementos de contra-ventamento. Outra forma de serem anulados os eixos laterais das abóbadas, era a intersecção de duas delas, propiciando a descarga em apenas quatro pontos separados. Assim foi inaugurada nestes templos a chamada abóbada de arestas. Outra novidade foi o contraforte ou gigante, às vezes substituído por tirantes. Os materiais mais diversos eram empregados em diferentes lugares, sendo a pedra o mais preferido, depois o mármore e depois o tijolo. Apesar de ser melhor utilizada em função da liberdade e leveza estrutural, a construção da abóbada de arestas se torna complicada para espaços que não tenham um planta quadrada. Essas duas formas, a abóbada de berço e a abóbada de arestas foram utilizadas na grande maioria das igrejas românicas. Visualmente transmitem a sensação de solidez, calma e repouso, de ausência de esforço ou tensão.

Durante a Idade Média, as pessoas viajavam em peregrinações a lugares santos na esperança de cura de uma enfermidade ou como alternativa a uma prisão, ou ainda porque a Igreja Católica prometia salvação para as almas dos peregrinos. Muitas igrejas guardavam relíquias de santos. Acreditava-se que elas possuíam milagrosos poderes curativos. Para acomodar os peregrinos, que representavam uma enorme fonte de receita, os arquitetos projetaram uma planta básica que criava um corredor contínuo em torno da periferia da igreja. Os visitantes podiam caminhar, sem atrair atenções, admirando a estrutura da igreja, visitando as relíquias que podiam ser expostos em pequenas capelas localizadas

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