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A Arquitetura é uma ciência

Por:   •  17/4/2018  •  Resenha  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  342 Visualizações

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A arquitetura é uma ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras artes.” 
Vitrúvio.

Marcos Vitrúvio Polião foi um arquiteto romano que viveu no século I a.C. que deixou como herança a obra “De Architectura”.

Trata-se de um tratado europeu da época greco-romano, abrangendo várias áreas como: arquitetura, urbanismo, hidráulica e engenharia. Em forma de textos, originalmente em latim e publicados por volta do ano de 27 a.C. Dedicado a Otávio Cesar Augusto, imperador romano, se preocupando em orientar e justificar as obras já existentes ou futuras, para uma melhor lembrança aplausível ao Império de Augusto: “... verifiquei que edificaste e edificas no momento presente muitos monumentos e no futuro te preocuparas com os edifícios públicos e privados, para que sejam entregues à memória dos vindouros como testemunho dos feitos notáveis”, por preceitos da arquitetura.

Esses textos estão agrupados em dez livros, sendo abordado temas da arquitetura em cada um deles. Os principais conceitos do autor para que um projeto ou obra seja considerado arquitetura são:

  1. Utilitas: a utilidade dos projetos, sendo que todas as coisas devem ser uteis, ter finalidade específica e servir como solução para proporcionar comodidade.
  2. Venustas: abrange beleza e estética da obra, já que por vez, o projeto tem que ser belo.
  3. Firmitas: é a solidez/ estrutura da obra, sendo a melhor forma de fazer que o projeto seja firme e resistente, preferindo a forma correta do uso dos materiais disponíveis.

Os três “pilares” principais de uma obra devem ser interligados no projeto, todavia, estes, iniciam a arquitetura clássica, modelo e estudo para o modernismo. Porém, perdendo os princípios do tema da construção, o decoro vitruviano, por exemplo, que afirmaria o respeito ao tema, ao lugar e ao costume – em projetos atuais – não pode ser observado, desde que seja favorável à uma repercussão social ou financeira.

O livro I do Tratado de Vitrúvio apresenta diversas definições da arquitetura. A ciência do arquiteto é capaz de satisfazer a prática e a teoria, sendo que requer a experiência e necessidade de explicar as coisas, é composta por várias disciplinas e saberes, tais como geometria, filosofia e música.

O autor em um de seus temas, classifica quem deveria ser arquiteto, na sua utopia dizia: “... os arquitetos não deveriam poder formar-se como tal de um momento para o outro, antes só o deveriam ser aqueles que desde meninos, subindo por esses degraus das disciplinas e alimentados pela ciência das letras e das artes”, possibilitando discórdia entre todos, pois na época de poder, onde era preciso estar no mais alto da “cadeia popular” para sobreviver, passando por momentos alegres, e outros, o desespero no sangue; dificultando o maior grau de prazer e sabedoria desde a meninez...

Com o enfoque nas primeiras felicitações de Vitrúvio, e não esquecendo os outros nove livros, a obra é decerto valiosa para além dos estudos do fenômeno arquitetônico, pois mesmo sob esse olhar técnico, contribui para a compreensão e aperfeiçoamento do “tempo da arquitetura”.

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