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A CASA DAS CANOAS DE OSCAR NIEMEYER

Por:   •  3/9/2020  •  Resenha  •  680 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

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CASA DAS CANOAS

OSCAR RIBEIRO DE ALMEIDA NIEMEYER SOARES

 [pic 1]        

Partido Arquitetônico

Nos anos 50, Niemeyer queria erguer a sua própria casa. O arquiteto escolheu a região de São Conrado, no Rio de Janeiro, repleta de vegetação natural e com o terreno completamente irregular, como o lugar ideal para fixar residência e construir um projeto pessoal. Nascia assim a casa da Canoas.

A terceira casa que Oscar Niemeyer construiu para si próprio, em 1953, dentro da Floresta da Tijuca, chega a nossos dias com a beleza e o interesse intocados. O arquiteto inovou na solução da arquitetura das casas de vidro, intercalando a natureza e nos adequados sensos de escala e implantação no terreno.

Nesse projeto Niemeyer adotou princípios do modernismo e os complementou com outros da arquitetura orgânica. Um deles era respeitar o entorno e, por isso, a casa se adapta ao terreno e não o contrário.

Impossível não perceber a grande pedra que aflora diante piscina da casa, que estava lá muito antes da casa ser construída e que foi envolvida pelo projeto tornando-se parte dele.

Análise de Edificação

As curvas da Casa das Canoas são organicamente submissas ao terreno, acomodando-se entre a vegetação e as pedras, contornando os obstáculos naturais numa área construída 208,3m². No pavimento térreo, três zonas são percebidas: a área do estar em sombra, à área do vestíbulo de distribuição em plena luz e a discreta área de serviço à meia luz. No pavimento inferior, a área íntima qualifica-se com luz controlada, ao propor atividades sociais no térreo e íntimas no pavimento inferior, esse zoneamento está ligado a aspectos formais bem delimitados: as áreas sociais e de serviços do térreo, relacionadas às atividades diurnas, foram definidas por uma configuração livre, orgânica e escultural, contrabalançada por planos retos, com predominada transparência; já as áreas íntimas do pavimento inferior, relacionadas às atividades noturnas, foram determinadas por formas mais contidas, geometricamente menos irregulares, privilegiando o recolhimento, enfatizando a opacidade - tudo organizado a partir de uma grande pedra que fica locada entre as áreas internas e externas. Percebe-se que a pele envoltória, então, caracteriza-se por um jogo equilibrado de transparências e opacidades no pavimento térreo e que no pavimento inferior impera a opacidade.

Quando se entra pelo lado Noroeste da casa, nota-se que as áreas em sombra, adequadamente, delimitam-se como confortáveis estares ou avarandados receptivos, e os panos de vidro opostos no vestíbulo permitem avistar o plano da laje amebóide sombreada, difundindo a luz natural e sendo bordada com reflexos ondulantes dos raios de sol sobre o espelho d’água da piscina. A marquise cria áreas de sombra e luz diferenciadas, ou melhor, as janelas junto à laje de cobertura funcionam como difusoras de luz.

O estilo modernista de Niemeyer está presente em todos os detalhes da obra: concreto armado, lajes suspensas sobre pilares esguios, grandes áreas envidraçadas, despojamento, ausência de elementos decorativos, curvas orgânicas, valorização dos espaços amplos, mobília minimalista e esculturas para valorizar o projeto.

Biografia[pic 2]

Oscar Niemeyer (1907-2012) foi um arquiteto brasileiro, responsável pelo planejamento arquitetônico de vários edifícios públicos de Brasília, a capital do Brasil. É um dos maiores representantes da arquitetura moderna mundial, com mais de 600 obras pelo mundo. Sua principal característica é o uso do concreto, vidro, curvas e vãos livres, com seu estilo inconfundível.

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