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A Cor a Cor Inexistente

Por:   •  10/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.956 Palavras (16 Páginas)  •  287 Visualizações

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FACULDADE DE BOA VIAGEM

Arquitetura & Urbanismo

  • Dar Cor a Cor  Inexistênte – Israel pedrosa
  • Morfologia Urbana  - Lamas
  • Imagem da Cidade de Kevin Lynch
  • Introdução ao Desenho Urbano - Vicente del Rio
  • Paisagem Urbana -  Gorden Cullen
  • Elogios aos Errantes - Paola Jacques
  • Forma da Cidade - Maria Elaine

CÉSAR AUGUSTO DA ROCHA SILVA

RECIFE

JUNHO- 2015


CÉSAR AUGUSTO DA ROCHA SILVA

  • Dar Cor a Cor  Inexistênte – Israel pedrosa

                Trabalho apresentado a Professora Mariana Silva Pontes da disciplina Teoria da Percepção da turma do primeiro período, turno noturno do curso de Arquitetura e Urbanismo.

     

Da Cor a Cor  Inexistente – Israel Pedrosa


Cor na arquitetura é fundamental. Ela cria uma identidade visual ao ambiente, porque exprime a personalidade da pessoa ou do negócio. A utilização da escala de cores passa sensação viva e mexe com o humor das pessoas. É um significado que cria um efeito conceitual. É necessário analisar o projeto para saber com precisão onde e como usar a cor. Ela pode ser um elemento arquitetônico e se transformar no maior referencial da arquitetura; ou pode ser usada na decoração como detalhe, sendo pontuada em elementos e texturas de forma sutil. Em espaços pequenos – se o interesse é ampliá-lo - é o mais indicado.

Até o final do século XIX, a tonalidade dos materiais definia o visual cromático da arquitetura, especialmente nas fachadas. Hoje, o tema ganhou relevância quando a tecnologia passou a oferecer novos materiais para colorir as construções. A diferença entre adotar um revestimento ou preferir que um material como o concreto dê o tom na construção é comentada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas no livro Colours: “Há as cores que fazem parte de um material ou substância, que não podem ser alteradas, e as artificiais, que são aplicadas e mudam a aparência das coisas”. Sabemos ainda que, além dos aspectos culturais ou simbólicos, existem significados atribuídos pelos artistas e estudiosos. Porém, acreditamos que, ao tratar de sua aplicação na arquitetura devemos contextualizá-la no espaço, levando em conta outras características deste, como: área de aplicação da cor, temperatura do ambiente (o que pode alterar a percepção do espaço) e, principalmente, qualidade e quantidade de iluminação fornecida. “ O olho tem capacidade para suportar a luz direta do sol. A variedade de tempo de estímulo e de intensidade luminosa provoca um grande número de fenômenos visuais. Num clarão excessivo, o olho perde momentaneamente a capacidade de distinguir formas ou cores. Quando a luz é demasiadamente forte, produz o que chamamos de efeito de deslumbramento. Algo parecido ocorre quando descansamos a vista e deparamos de repente com uma luz colorida qualquer. A retina colocada em repouso, permanecendo durante um período prolongado na obscuridade, tem sua sensibilidade intensificada. Em tal situação, o primeiro contato com uma luz colorida, de qualquer intensidade, poderá causar-lhe a impressão de branco (deslumbramento) duranteum breve momento.”


A cor é um fator de estímulo num ambiente e as pessoas buscam estímulos o tempo todo. Para as pessoas sem deficiência visual, cerca de 80% do que percebem é através da visão e a cor é um atributo importante nesta relação. Tem influência na percepção da harmonia dos espaços e no bem estar do usuário. Podemos utilizá-la com diversos fins, para favorecer desempenho, relaxamento, atividade, etc., assim, as construções arquitetônicas ganham um dinamismo onde a matéria e as cores perdem o seu sentido técnico-concreto e se transformam em emoções, o usuário interage e se integra com o ambiente. Ainda da cor e sua relação com a Arquitetura, vemos a sua amplitude quando relacionada com o ensino de projeto. A cor pertence aos objetos, e como tal, deve ser trabalhada. Toma a significação que o projetista pode e deve pensar a cor ao longo do processo projetual, valorizando a sua qualidade tingidora, promovendo as formas, transformando-as ou mesmo enfatizando-as. A cor quando colocada em um nível de maior intimidade na concepção projetual, fica mais interligada aos objetivos do projeto – ela se torna uma qualidade edificante do lugar, juntamente com a forma. Impossível distanciar cor de luz, as duas se unem de forma quase inseparável. A cor não existe nem nas pessoas, nem nos objetos, nem em qualquer corpo manifesto visível a nossos olhos. A cor é umainterpretação produzida em nosso organismo, na sua relação visual energética com a realidade que nos rodeia e nos contém, a luz é um fluido energético que torna visível a ilusão visual da cor e, portanto, o desenho de iluminação na Arquitetura. Só percebemos cor porque há luz e sua qualidade é essencial para a percepção da cor, que é o resultado da reflexão da luz incidente sobre a matéria. Por isso, costumamos dizer que a cor que percebemos é a única que, de fato, o objeto não tem. Desta forma, devemos conhecer bem as características das fontes de luz artificial. Cada fonte de luz possui um Índice de Reprodução de Cor (IRC), que varia de 0 a 100. A luz natural possui IRC de 100, assim como as fontes de luz incandescentes, apresentando um espectro contínuo. Já as lâmpadas de descarga, por apresentarem espectro descontínuo, não possuem um IRC de 100, ou seja, a cor percebida não é exatamente igual à cor real do objeto. É o que ocorre, por exemplo, em lojas que utilizam lâmpadas com IRC abaixo de 85 e as mercadorias parecem ter uma cor que na verdade não é a real. Um fator importante a ser observado é sempre ver a cor da mercadoria sob a luz natural. Outro dado importante é o de Temperatura de Cor Correlata (TCC) das fontes de luz, que determina a aparência de cor das fontes. Quanto maior a TCC, mais fria é a aparência de cor da lâmpada e, quanto menor a TCC, mais quente é sua aparência. Numa combinação entre cor e fonte de luz, as fontes de luzfrias tenderão a valorizar as cores frias. A paisagem noturna, criada pela geometria arquitetônica e pela luz e cor que manifesta, pode, na sua criativa potencialidade, expressar com congruência a identidade e importância de um bem. E isso é a manifestação do valor antropológico. Não numérico. E não tem a ver com a tutoria oficial funcionalista e dos efeitos e defeitos cosméticos de destruição visual dos patrimônios. Casa Cubos - Projeto de iluminação: Lighteam, Gustavo Áviles.

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