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A INDUSTRIA EM RIO VERDE E AS MODIFICAÇÕES NA CIDADE

Por:   •  29/11/2017  •  Artigo  •  1.487 Palavras (6 Páginas)  •  432 Visualizações

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A INDÚSTRIA EM RIO VERDE E AS MODIFICAÇÕES NA CIDADE

Autora Camilla Ribeiro Leão

Disciplina de Urbanização Brasileira II

Matrícula 11611ARQ028

Resumos

Título: A INDÚSTRIA EM RIO VERDE E AS MODIFICAÇÕES NA CIDADE

Palavras chave: indústria, Rio Verde, urbanismo.

Estudo do processo de industrialização acentuado de Rio Verde (GO), desde sua fundação até a instalação de indústrias sofisticadas, e seu impacto no urbanismo regional e nas relações sociais do meio, com problemáticas e diretrizes adotadas pelo estado.

Title: THE INDUSTRY IN RIO VERDE AND THE CITY MODIFICATIONS

Keywords: industry, Rio Verde, urbanism.

The study of the process of industrialization of Rio Verde (GO), from its foundation to the installation of sophisticated industries, and its impact on regional urbanism and social relations of the environment, with problems and guidelines adopted by the state.

Título: LA INDUSTRIA EN RIO VERDE Y LAS MODIFICACIONES EM LA CIUDAD

Palabra clava: industria, Rio Verde, urbanismo.

Estudio del proceso de industrialización acentuado de Rio Verde (GO), desde su fundación hasta la instalación de industrias sofisticadas, y su impacto en el urbanismo regional y en las relaciones sociales del medio, con problemáticas y directrices adoptadas por el estado.

A cidade de Rio Verde, de coordenadas 17°47’S e 51°55’W, encontra-se na microrregião Sudoeste de Goiás, Centro-Oeste brasileiro. A região em questão está inserida no cerrado e possui clima tropical úmido, marcado por duas estações bem definidas ao longo do ano, sendo uma seca – de Maio a Outubro – e uma chuvosa – de Novembro a Abril –, com uma temperatura média anual que varia de 20°C a 35°C. Sua topografia é considerada plana, possuindo apenas 5% de inclinação e seu solo é de classificação latossolo vermelho, contendo uma camada rica em matéria orgânica.

No âmbito histórico, o estado de Goiás teve um povoamento tardio, possuindo extensas áreas despovoadas e improdutivas no século XIX. José Rodrigues Mendonça e sua família – vindos de São Paulo –, se apropriaram de parte da margem do Rio São Tomás, onde posteriormente Rio Verde se desenvolveria.

A partir daí, o município foi inicialmente ocupado em virtude da mineração, além de ter como ponto primordial de seu povoamento e desenvolvimento a atividade agropastoril. Esta última foi amplamente beneficiada pela economia cafeeira paulista e pela expansão do triângulo mineiro, que introduziram rotas mercantis na região. Subsequentemente, a cidade se tornaria uma exportadora de commodities – produtos de origem primária – e o maior centro agroindustrial do país.

Figura 1: Vista aérea de Rio Verde, Avenida Presidente Vargas, 1973.

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Fonte: https://www.ibge.gov.br (2017)

Isso aconteceu devido à expansão da fronteira agrícola que, juntamente com as políticas expansionistas de povoamento e desenvolvimento do Centro-Oeste, fizeram com que novas áreas se tornassem regiões produtivas e atrativas, tirando o foco das metrópoles e estabelecendo uma nova dinâmica econômica. É nesse contexto que a agricultura é substituída pela agroindústria e pela produção em escala, inclusive em Rio Verde.

Relacionado à substituição ocorrida, THOMAZ JÚNIOR (2000) disserta que as transformações do capitalismo, principalmente a partir da década de 90, produzem uma atividade de processo contínuo onde a relação de trabalho homem-produto desaparece, prevalecendo a relação homem-máquina e máquina-produto. Esse processo culminou em uma urbanização intensa e continua de Rio Verde, resultando em um grande crescimento da população urbana, que passou de 68% em 1980, para 86%, em 1996. A taxa de crescimento da população urbana superou a do país, atraindo não só as indústrias, mas também a população migrante em busca de emprego.

Figura 2: Evolução populacional de Rio Verde.

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Fonte: https://www.ibge.gov.br (2017)

Esse quadro se intensificou com a instalação do complexo agroindustrial da Perdigão na cidade em 1999, facilitada através dos incentivos fiscais. A abertura da indústria contribuiu para o surgimento de novas empresas relacionadas ou não a ela – cerca de 5240, segundo o jornal “O Popular” – e também para a intensificação do fluxo migratório intermunicipal e interestadual que, somados ao êxodo rural, resultam em um crescimento populacional que chega a 6% de 2000 a 2003.

Figura 3: Vista aérea de Rio Verde.

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Fonte: http://www.rioverde.go.gov.br (2017)

Atualmente, embora o estado de Goiás englobe predominantemente uma série de municípios de pequeno porte, sendo apenas seis cidades com mais de 100 mil habitantes e que juntas somam 44% da população estadual – Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Anápolis, Lusitânia e Santo Antônio do Descoberto –, Rio Verde continua se desenvolvendo. Segundo o último censo do IBGE, estima-se que a cidade conte com 212.237 habitantes, com índice de desenvolvimento humano de 0.754 e densidade demográfica de 21,5 habitantes por quilômetro quadrado.

Figura 4: Índice de Desenvolvimento Humano.

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Fonte: https://www.ibge.gov.br (2017)

Apesar do bom desempenho econômico de Rio Verde e da abundante oferta de empregos, a falta de qualificação das pessoas impede a contratação de trabalhadores e moradores locais. O município de Rio Verde possui 76% da população adolescente fora da escola e apresenta uma alta taxa de analfabetismo (20% da população com 15 anos ou mais). Assim, as empresas que possuem um patamar mínimo de empregabilidade (usualmente a formação básica no ensino fundamental e uma qualificação) acabam por não absorver a mão de obra migrante e local. Então, esse processo de crescimento populacional acelerado juntamente com a falta de mão de obra qualificada tende a agravar a situação do emprego na região.

Nesse processo econômico, além da concentração fundiária proveniente do agronegócio e da industrialização, o capital agregado ao solo produz a valorização de determinados pontos do espaço urbano, fazendo com que a população de baixa qualificação e renda se veja obrigada a concentrar-se nas periferias da cidade, enquanto a burguesia em ascensão disputa os pontos de maior influência e se adensa por meio da verticalização urbana, evidenciando o caráter desigual da distribuição demográfica. Assim, o setor público passa a amparar a burguesia e a acumulação privada, criando condições em que a concentração fundiária e o caráter especulativo da terra fossem legitimados, permitindo, pois, a transferência de patrimônios a determinados indivíduos (HAVERY, 2004, 2005).

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