TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A arquitetura do novo milênio - Benevolo

Por:   •  26/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.714 Palavras (15 Páginas)  •  893 Visualizações

Página 1 de 15

Sumário

  1. INTRODUÇÃO ............................................................................... Pág. 3
  2. ORIGENS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA..................... Pág. 4
  3. A ARQUITETURA NO NOVO MILÊNIO.......................................... Pág. 4 e 5
  4. HERDEIROS................................................................................... Pág. 5,6 e 7
  5. INOVADORES................................................................................. Pág. 7,8 e 9
  6. IMPACIENTES ............................................................................... Pág. 9
  7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. Pág. 10
  8. CONCLUSÃO.................................................................................. Pág. 11
  9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... Pág. 12

  1. INTRODUÇÃO

A arquitetura contemporânea apresenta o reaparecimento de linguagens projetuais fortemente comprometidas com uma retomada do racionalismo, que é a base conceitual do Movimento Moderno, com tendências minimalistas. Como aconteceu no campo das outras artes, a arquitetura modificou os princípios estéticos vigentes, recorrendo ao emprego das novas técnicas e materiais industriais, como o concreto, o aço laminado e o vidro em grandes dimensões. Por outro lado, verifica-se uma busca de ideias e soluções mais voltadas a questão do conforto ambiental, aliado aos processos de reaproveitamento da construção.

Neste trabalho iremos entender melhor a arquitetura contemporânea e explorar mais fundo sobre o livro “A Arquitetura no novo milênio” que traz uma perspectiva mais explicita do universo arquitetônico que nos cerca. Não uma perspectiva exaustiva qualquer, mas uma visão mais abrangente, selecionada e estruturada por Leonardo Benévolo, um dos mais importantes historiadores da arquitetura. O autor, que é também arquiteto e urbanista, deixa de lado a “proteção” do afastamento histórico para encarar o desafio de descrever, ilustrar, analisar criticamente e classificar em três partes aqueles que são, a seu ver, os protagonistas e as obras mais significativas da arquitetura nos últimos trinta anos.

2.ORIGENS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

A Revolução Industrial, acontecida em 1755, marca o início de um período no qual a cidade saia de sua forma medieval e passava a organizar-se seguindo os princípios do Capital. Começando pela Inglaterra e alastrando-se pelo restante do continente europeu, tal crescimento foi notado com mais intensidade nas cidades de Londres e Paris.

Na Inglaterra, o escritor John Ruskin e o designer William Morris, consideravam que os objetos produzidos pela máquina eram desprovidos de significado cultural e estético. Inspirados no passado medieval e na ideologia socialista, sustentaram a importância do artesanato e procuraram o envolvimento direto dos operários na produção de artefatos de uso cotidiano e doméstico. A arquitetura, feito com elementos pré-fabricados de aço e vidro, introduziu ao mesmo tempo a consciência de outra forma de beleza, a que se assenta na claridade estrutural e no emprego coerente dos novos materiais. Duas estruturas, erigidas para a Exposição Internacional de Paris de 1889, mostraram as possibilidades de materiais como o ferro, o vidro e o aço, que eram fabricados maciçamente.A tendência mais difundida na arquitetura contemporânea é o pós-Modernismo, que prega a colisão de estilos anteriores e a adoção de assimetria e formas geométricas não-lineares. A arquitetura brasileira do século XX é hegemonicamente moderna. Por um lado, a sensação aguda de um atraso em relação aos movimentos estéticos europeus. Por outro, a aposta em um caminho particular dentro dos pressupostos modernos acaba conformando uma perspectiva regionalista, de resto contraditório com a visão universalista.

Benevolo foi o primeiro a elaborar uma história linear e universal da arquitetura moderna, que começava no final do século XVIII – com a Revolução Francesa – e chegava até hoje – no início do século XXI.

A sua prudência e o seu cuidado em não cair em extremismos ideológicos e políticos, mantendo uma visão que privilegiava a democracia e o liberalismo burguês baseado na esperança otimista do Iluminismo e associada à visão italiana do partido da Democracia Cristã, contribuíram para a sua aceitação e permanência no meio acadêmico.

Benevolo com a sua monumental história que resumia as experiências teóricas precedentes; e ao mesmo tempo se posicionava com certa “neutralidade” neste debate criado por Zevi, contrapondo América à Europa, e outorgava um peso, até este momento inexistente, ao desenvolvimento urbano.

  3. A ARQUITETURA NO NOVO MILÊNIO

Nos dez capítulos do livro, se evidencia o esforço do autor para articular a herança do Movimento Moderno do século XX com as inovações e transformações acontecidas nas últimas duas décadas, já que se pode considerar o Museu Guggenheim em Bilbao de Frank Gehry (1992) como uma espécie de turning point nas mudanças radicais da linguagem arquitetônica. Quase a metade do livro está dedicada ao resgate dos herdeiros da tradição moderna européia, cuja ética racionalista e a lógica da utilização das novas técnicas e materiais se mantém nos limites da modernidade canônica.

Assim, ao tratar da produção contemporânea, elege "mestres" europeus cuja produção passa ao largo das turbulências ideológicas dos anos 60 a 80: a revisão crítica pós-moderna.

No livro, Benevolo, passa a classificar os“mestres” que eram os mais renomados da época como herdeiros, inovadores e impacientes. E que seria esses três nomes?

1º Herdeiros, o significado já diz “aquele que sucede na totalidade ou em parte da herança, o sucessor”. Benevolo foi bem especifico em relação a esse capitulo, os arquitetos que entraram nessa classificação, foram todos Modernistas, onde utilizando quase em todas as suas obras materiais industriais, como o concreto, o aço laminado e o vidro em grandes dimensões. Na época eles revolucionaram, pois tudo era algo novo para as pessoas, pois tinham acabado de sair do pré-modernismo, foi um período de transição entre simbolismo e o modernismo.

  1. HERDEIROS

Os herdeiros da tradição moderna europeia, cuja ética racionalista e a lógica da utilização das novas técnicas e materiais se mantêm nos limites da modernidade canônica são analisados em detalhe as obras de Gino Valle, Vittorio Gregotti, Giancarlo De Carlo, Rafael Moneo, Álvaro Siza. Seus repertórios têm longos precedentes em uma época anterior, no meio do século entre a Segunda Guerra Mundial e a mudança dos anos 90, mas sofreram uma mutação que os destaca das circunstâncias de origem e os coloca de algum modo fora do tempo, seus estilos derivam de uma seleção voluntária, que leva em consideração as demandas transformadas. É a tensão subjacente que dá qualidade à sua produção atual, distinguindo-os dos inconsequentes continuadores das tendências daquela época e de suas ramificações.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (26.6 Kb)   pdf (176.1 Kb)   docx (311.2 Kb)  
Continuar por mais 14 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com