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ANÁLISE CRÍTICA: Ebenezer Howard e as Cidades Jardins

Por:   •  2/9/2019  •  Resenha  •  1.027 Palavras (5 Páginas)  •  883 Visualizações

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Sir Ebenezer Howard, Kt., OBE (Londres, 29 de janeiro de 1850[1] — Hertfordshire,

1 de maio de 1928[2]) foi um pré-urbanista inglês; tornou-se conhecido por sua publicação

Cidades-jardins de Amanhã (Garden Cities of To-morrow), de 1898, na qual descreveu uma

cidade utópica em que pessoas viviam harmonicamente juntas com a natureza. A publicação

resultou na fundação do movimento das cidades-jardins. As primeiras cidades-jardins foram

construídas na terra natal de Howard, no início do século XX.

Howard analisa a superpopulação das cidades e suas causas e consequências. Segundo

ele a migração proveniente do campo era o principal desencadeador desse fenômeno.

Sintetizando a relação entre o campo e a cidade, Howard apresente vantagens e desvantagens

de ambos setores e desenvolve a teoria de equilíbrio entre os ambientes.

O que Howard propunha era eliminar a especulação privada, preocupava-se com todo

habitante da cidade, desde o operário até o burguês, por isso apoiava o coletivismo, o bem

comum que só seria possível se houvesse o planejamento da cidade, ou seja, limitar a cidade a

certo número de habitantes. Sustentava a ideia de que o campo devia fundir-se com a cidade,

assim seria possível unir os benefícios dos relacionamentos e serviços públicos que a cidade

dispunha com o estilo de vida tranquilo que o campo oferecia.

O que Howard propunha com as Cidades Jardins era eliminar a especulação privada,

preocupava-se com todo habitante da cidade, desde o operário até o burguês, por isso apoiava

o coletivismo, o bem comum que só seria possível se houvesse o planejamento da cidade, ou

seja, limitar a cidade a certo número de habitantes. Sustentava a ideia de que o campo devia

fundir-se com a cidade, assim seria possível unir os benefícios dos relacionamentos e serviços

públicos que a cidade dispunha com o estilo de vida tranquilo que o campo oferecia.

A primeira Cidade-Jardim, Letchworth, foi projetada em 1903 com traçado simples,

claro e informal, diferentemente de configurações geométricas rigorosas de tradição clássica

renascentista, com um centro urbano elevado composto de árvores de porte e edifícios

municipais, próximo à estação.

Apesar de pertencerem a modelos diferentes de desenho urbano na fase pré-urbanista

classificados por Choay, o movimento das Cidades-Jardins teve como fonte inspiradora as

experiências de implantação de comunidades planejadas para serem auto-organizadas do

século XIX, como os empreendimentos de industriais preocupados com a qualidade de vida

de seus empregados. Além de proporcionarem melhores condições de trabalho, acreditavam

que os conjuntos habitacionais junto às fábricas e implantados no campo poderiam ter um

efeito saudável sobre os trabalhadores e consequentemente retornaria em benefícios para a

indústria.

Uma das grandes críticas ao modelo de Cidade-Jardim sob o ponto de vista da

sustentabilidade é o efeito da suburbanização que este causou, ou seja, a expansão urbana com

baixas densidades que ocupam terras agricultáveis. Este efeito é melhor percebido nos EUA, e

hoje no Brasil é representado pela expansão de condomínios irregulares sem infraestrutura

econômica e preocupações ecológicas. Essas situações acontecem devido a uma

desconsideração das cidades já existentes, quando o sitema das cidades jardins tenta implantar

uma cidade concebida pelo ideal de um estudioso, com uma malha já definida que não

considera os espaços urbanos já existentes e imersos em suas complexidades e progressivas

expansões.

Para conseguir compreender e então preencher lacunas importantes no

desenvolvimento ideal do urbanismo sustentável é muito importância entender e considerar o

dinamismo em que a cidade acontece e não considera-lo é um erro grave, impor limites e

formas pré-moldadas de um desenho urbano é criar a possibilidade de um descontrole

progressivo e isso leva ao ponto de partida, um urbanismo caótico com cidades mal

organizadas e assim é preciso realinhar certo conceito que regiram o projeto das cidades

jardim.

Um dos princípios mais fortes é o desejo de controle urbano a partir de um

planejamento, esse pilar é aplicado a partir de uma malha urbana definida assistida por linhas

de transportes pré-estabelecidos. Em síntese, entende-se que o espaço urbano deve ser

reduzido, que deve ser atendido por transportes e que deve possuir ligação com o meio rural.

Partindo desse princípio, é perceptível que ao subtrair a ideia de malha urbana préestabelecida,

o conceito de urbanismo sustentável ainda funciona, ou seja, a redução é

necessária mas as formas pré-moldadas, não.

É exatamente esta a ideia que o conceito de Desenvolvimento Urbano

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