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ANÁLISE DO CONJUNTO DE EDIFÍCIOS BRASCAN CENTURY PLAZA

Por:   •  29/11/2018  •  Artigo  •  2.079 Palavras (9 Páginas)  •  353 Visualizações

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ANÁLISE DO CONJUNTO DE EDIFÍCIOS BRASCAN CENTURY PLAZA

ANALYSIS OF THE BRASCAN CENTURY PLAZA BUILDING


KETILY MOTA1

MARIA RODRIGUES1

        THIFFANI MARTINELI1

HANA BEATRIZ EL GHOZ KOPP2[pic 2]

  1. Discente do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade Feitep; 3. Docente: Hana Beatriz El Ghoz Kopp

Endereço:

Email:arquitetura.feitep2016@hotmail.com

RESUMO

        

Este artigo tem como objetivo apresentar a importância dos edifícios multifuncionais na requalificação das cidades. Trata também sobre a importância que a permeabilidade espacial desses edifícios desempenha para o meio em que estão inseridos e para seus usuários. O estudo mostra com um breve histórico que há muito tempo, edifícios com múltiplas funções são atrativos para o público e são, de certa forma, produto de adensamento urbano, pois atraem grande fluxo de pessoas ao local e ao seu entorno, trazendo assim mais vitalidade para os lugares onde estão inseridos. Os métodos utilizados para a produção deste artigo foram pesquisas bibliográficas, dissertações e artigos produzidos relacionados ao tema. Entre os autores, destaca-se Dziura (2003; 2009). Apresenta-se também, nesta pesquisa, a análise do edifício multifuncional SESC 24 de Maio, localizado na cidade de São Paulo, projeto de revitalização do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Prêmio Pritzker que é considerado prêmio Nobel da Arquitetura. A análise aborda como o arquiteto resolveu as problemáticas do programa arquitetônico uma vez que já havia uma estrutura de um edifício sem uso no local proposto para o novo SESC, aborda também a importância do projeto na requalificação do centro de São Paulo.

PALAVRAS-CHAVES: Edíficios Multifuncionais, Permeabilidade Espacial, Requalificação do Espaço Urbano.

INTRODUÇÃO

        O interesse de arquitetos por edifícios multifuncionais tem majorado cada vez mais nos últimos anos, pois os profissionais veem nesses tipos de edificações uma espécie de solução para revitalizar grandes centros e áreas urbanas, que por diversos motivos acabam perdendo sua vitalidade e necessitando de intervenções de profissionais da área para ganhar novos usos.

Locais com funcionalidade múltiplas estão presentes na história da humanidade há milhares de anos. Temos como exemplo a Ágora presente no centro de Atenas na Grécia antiga. Segundo Cole; Emily (2003), em seu livro “Historia Ilustrada da Arquitetura” a Ágora era formada por espaços multifuncionais, como stoas (galerias cobertas), bouleuterions (salões de reuniões do conselho), prytaneions (escritórios administrativos) e balaneia (banhos).  Cole, ainda aborda sobre a função simplista das residências, e a necessidade dos espaços públicos para convivência, como os edifícios esportivos de grande importância. Outro exemplo são os termas romanos (banhos romanos) da Roma antiga, os quais também possuíam diversas funções num único local, “Nas termas de Diocleciano, estruturas secundárias como bibliotecas, teatros e salas de leitura se distribuíam ao redor do perímetro.” (COLE, 2003, p. 143).  Outro exemplo de edifícios multifuncionais se tinha em Paris no século XVIII, na qual a arquiteta e urbanista Giselle Luzia Dziura cita em sua dissertação de mestrado:

No século XVIII, os edifícios multifuncionais possuem outra configuração, como exemplo Paris, onde a pavimento térreo dos edifícios destinava-se a comércios, restaurantes, cafés e teatros, e os quatro ou cinco pavimentos superiores eram reservados a residências e/ou escritórios. (DZIURA, 2003, p. 09)

Segundo Dziura, Giselle Luzia (2003, p. 10) esse cenário mudou com a revolução industrial e o pós-guerra que alteraram a configuração das cidades, trazendo uma nova maneira de pensar e agir. Os teóricos precursores do urbanismo e do movimento modernista, descreveram a cidade ideal, com ideias essenciais que mudaram o urbanismo tradicional para uma série de novos princípios. A principal delas era a reorganização das cidades com a zonificação funcional, que tinha por objetivo reduzir o conflito social que nada mais é do que dividir a cidade a separando por zonas de diferentes usos e funções.

A ruptura da multifuncionalidade nas cidades separando-as por usos, gerou segregação e com isso acabou criando locais com pouco uso ou até mesmo lugares abandonados, pois sendo separadas por zonas de serviço, comercio, residencial, cultural entre outras, acabou fazendo com que certos locais fossem pouco frequentados em certos horários ou dias da semana, como centros comerciais por exemplo, que quando não estão em horário de funcionamento são extremamente vazios, fazendo que a segurança seja diminuída ou quase nula nesses locais. Com o crescimento das cidades, grandes centros acabaram sendo envasados, pelo fato de proporcionarem apenas atividades comerciais, “o centro da cidade é ameaçado de degradação, enquanto que a classe mais alta está localizada nas zonas residenciais suburbanas” (DZIURA, 2003, p. 22), sendo assim arquitetos e urbanistas viram em edifícios multifuncionais uma forma de adensamento urbano e requalificação de espaço, pois através desses são geradas funções em um mesmo local, trazendo a valorização do espaço no qual está inserido, pois gera um fluxo grande de pessoas e atividades e a reurbanização do entorno atraindo comércios e serviços, fenômeno caracterizado como pluricentralidade.

  1. DESENVOLVIMENTO

De acordo com Dziura (2003, p. 20) cada cidade possui sua identidade, seu histórico e sua particularidade social e arquitetônica, porém a presença de um “cento” sempre se fez presente em nas cidades por reunir diversas funções num único local, tanto religioso, quanto social e comércio. Após a revolução industrial, surgiram novas propostas de urbanismo, os ideais modernistas de zoneamento funcional, áreas centrais das cidades reservadas para o comercio, tornando essas áreas monofuncionais, fazendo com que esses locais tenham fluxo de pessoas limitados a horários e dias específicos, ou seja diminuindo o numero de pessoas nos centros quando o comercio não está em funcionamento, pois as funções são limitadas.

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