ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS DE BALSAS

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FERNANDA SENA DA SILVA

ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

Balsas

 2017

FERNANDA SENA DA SILVA

ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

Relatório apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Materiais de Construção I do BICT Campus de Balsas.

Prof. Esp. Willame Braga

Balsas

2017

Sumário

1 INTRODUÇÃO        4

2 OBJETIVOS        5

3  DESENVOLVIMENTO        6

3.1 Processo de produção das argamassas        6

3.2 Propriedades        7

3.3 Tipos de argamassas no mercado e sua aplicação        7

REFERÊNCIAS        12

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da argamassa como material de construção, teve início em Roma, quando os homens, durante o império romano, tiveram a ideia de misturar cinzas vulcânicas que é um material aglomerante com materiais inertes, dando origem às primeiras argamassas.

No Brasil, a argamassa passou a ser utilizada no primeiro século da colonização, para assentamento de pedras que era um material muito utilizado na época. A cal que constituía essa argamassa era obtida através da queima de conchas e mariscos e o principal aglomerante era o óleo de baleia.

Com as diversas alterações das técnicas de construção foi desenvolvido o cimento e os aditivos, surgindo nos Estados Unidos e na Europa a argamassa industrializada.

Hoje, sabe-se que na construção civil existem uma variedade de argamassas, que são muito comuns e são uns dos materiais mais utilizados, principalmente no revestimento de paredes, na vedação e assentamento de alvenarias e, são constituídas basicamente de cimento, cal, gesso, areia e água, podendo conter ou não aditivos químicos e minerais.

        O presente trabalho irá mostrar a aplicação das argamassas de revestimento, bem como o processo de produção, as propriedades e os tipos de argamassas existentes no mercado.

2 OBJETIVOS

• Mostrar o processo de produção das argamassas de revestimento.
• Mostrar a propriedade das argamassas.
• Mostrar os tipos de argamassas de revestimento existentes no mercado e suas aplicações.

3  desenvolvimento

3.1 Processo de produção das argamassas

        O processo de produção das argamassas é uma decisão fundamental que deve ser tomada na obra, bem como o seu transporte dentro do ambiente da construção. Existem quatro tipos de procedimentos que podem ser seguidos:

3.1.1 Argamassa industrializada em silos

        Nesse caso, os constituintes da argamassa (agregados, aglomerantes e aditivos) são misturados a seco e armazenados em silos metálicos, produzidos em complexos industriais e levados por caminhões até as obras. No momento do preparo, o sistema dispõe de mecanismos para a adição de água e mistura. Tem- se o método de via seca e via úmida que são dois sistemas disponíveis para a adição de água e transporte da argamassa até o local da aplicação. E na obra os silos ficam em locais de modo que facilite seu abastecimento ou substituição.

3.1.2 Argamassa feita em central

        Estas argamassas são dosadas em centrais e fornecidas em caminhões-betoneira, prontas para a aplicação. É um sistema que só se justifica quando da aplicação de grandes quantidades de argamassa em um curto período de tempo.

3.1.3 Argamassa industrializada em sacos

        São compostas por cimento Portland e aditivos especiais e são fabricadas em complexos industriais, onde seus constituintes são misturados a seco e ensacados. A embalagem pode ser plástica ou de papel kraft. Na obra é feito apenas a adição de água. Esse tipo de processo possui controle rígido de produção o que consequentemente faz com que apresente grande uniformidade de dosagem.

3.1.4 Argamassa feita na obra

        É um sistema tradicional, onde a fabricação de argamassas é empírica. É necessário o controle de uniformidade do produto, seja através do controle dos materiais constituintes, seja pelo contorole da própria argamassa. E a armazenagem dos materiais deve ser feita de maneira adequada, deve-se prever onde será estocado as matérias primas.

        Porém, para a escolha do sistema de produção deve ser levado em consideração: redução das áreas de estocagem, redução de perdas na etapa de transporte e agilidade no preparo da argamassa, além da redução de custo para a atividade e atendimento dos prazos necessários.

3.2 Propriedades

Para cumprir as suas funções adequadamente, as argamassas de revestimento devem possuir as seguintes características e propriedades:

• Durabilidade: capacidade de manter suas funções ao longo do tempo.
• Propriedades da superfície: influenciam decisivamente na estanqueidade, na resistência mecânica e na durabilidade do revestimento.
• Espessura dos revestimentos: em excesso pode comprometer a capacidade de aderência e a impermeabilidade do revestimento.
• Cultura e proliferação de microrganismos: em áreas úmidas do revestimento, podem causar manchas escuras e produzem ácidos que reagem com  os aglomerantes da argamassa endurecida, destruindo-os.
• Movimentações de origem térmica, higroscópica ou imposta por forças externas: podem causar fissuração, desagregação e descolamento dos revestimentos.
• Estanqueidade: sua importância está no nível de proteção que o revestimento oferece à base contra as intempéries.
• Técnica de execução: Estabelece o grau de compactação do revestimento e os momentos de sarrafeamento e desempenho.
• Teor e natureza dos agregados: A granulometria deve ser contínua para reduzir o volume de vazios entre os agregados, diminuindo a quantidade de pasta necessária para o preenchimento e, portanto, minimizando o potencial de retração.
• Teor e natureza dos aglomerantes: Os aglomerantes devem ser de baixa a média reatividade resultando em argamassa cuja resistência à tração não seja elevada e permitindo maior capacidade de deformação.
• Capacidade de absorção de água da base, condições ambientais e capacidade de retenção de água: Quanto mais lentamente a argamassa perder água, melhor será para a resistência mecânica do revestimento.
• Resistência Mecânica: capacidade dos revestimentos de suportar esforços das mais diversas naturezas, que resultam, em tensões internas de tração, compressão e cisalhamento.
• Capacidade de absorver deformações: capacidade de absorver deformações do próprio revestimento ou da base sem sofrer ruptura, sem apresentar fissuras prejudiciais e sem perder aderência.
• Trabalhabilidade da argamassa e técnica de execução do revestimento.
• Capacidade de Aderência.

3.3 Tipos de argamassas no mercado e sua aplicação

        Existem três tipos de argamassas no mercado: a AC-I, AC-II e AC-III.

         A AC-I é utilizada para o assentamento de revestimentos e pisos cerâmicos em ambientes internos. Podem ser utilizadas tanto em áreas secas como em áreas molhadas.

        A AC-II pode ser utilizada tanto em ambientes externos quanto internos. As propriedades da argamassa AC-II permitem o uso em áreas externas pois tem a capacidade de absorver as variações de temperatura, umidade e ação do vento dos revestimentos cerâmicos e de pisos. Deste modo, a AC-II pode ser utilizada para revestimento externo de paredes e fachadas, pisos em áreas externas, assentamento de revestimento de piscinas de água fria e pisos cerâmicos industriais ou de área pública.

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