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Análise do conforto urbano no conjunto habitacional ulisses guimarães

Por:   •  12/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.466 Palavras (6 Páginas)  •  563 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

    O presente trabalho é sobre a análise de conforto urbano do Conjunto Habitacional Ulisses Guimarães, executado pelo Escritório Meio Dois Nove, de acordo com o edital proposto pela COHAB, para contribuir perante o grande déficit habitacional existente no país, mais concretamente um estudo sobre a localização do conjunto, sua importância para área, as condições topográficas, a mobilidade urbana, os mobiliários urbanos e todos os estudos necessários para a análise completa do mesmo.

    É objetivo deste trabalho desenvolver um projeto integrado com as disciplinas de Projeto Arquitetônico, Urbanismo e Paisagismo, para apresentar uma proposta de melhoria do espaço público, com relação ao conforto ambiental urbano com enfoque aos fatores bioclimáticos e à adequar as intervenções no espaço urbano às necessidades humanas.

    Está organizado em cinco capítulos, sendo inicialmente uma pesquisa bibliográfica do local selecionado, podendo-se observar a localização do conjunto, seus pontos de interesse e seu entorno, e seu desenvolvimento é com foco nas características físicas do local, pesquisa com usuários do conjunto, as características ambientais do espaço urbano e finalizando com a estrutura do conjunto e do seu entorno.

    A metodologia utilizada foi a pesquisa na internet, para o encontro de mapas necessários para a melhor compreensão do conjunto e para a leitura de sites e blogs sobre o mesmo, porém, principalmente utilizamos a pesquisa bibliográfica e a de campo, enriquecidas com algumas entrevistas realizadas com moradores do conjunto, onde foi possível fazer levantamentos estatísticos e propor melhorias de acordo com as necessidades percebidas.

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  1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA DO LOCAL SELECIONADO.
  1.  ONDE SE SITUA E QUAL A IMPORTÂNCIA DO LOCAL PARA A REGIÃO.

    A construção do Conjunto Habitacional Ulisses Guimarães, que fica localizado na Av. Augusto Montenegro, nº 311, ocorreu neste local devido não somente ao déficit de moradia da população do entorno, mas ao terreno desocupado em uma área de expansão da cidade, que por não ser considerada área nobre, diminui os custos com relação ao valor dos apartamentos.  

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       Figura 1 - Localização do Conjuno Habitacional Ulisses Guimarães. (Fonte: Google Earth)

    Construído em uma área que estava no “auge” da ocupação por conjuntos e condomínios, e que futuramente seria totalmente equipada do fornecimento de comércios e serviços, porém uma área de valor baixo em relação a outras áreas da cidade, a escolha do terreno, além de ter sido muito estudada, foi muito bem feita.

    O objetivo inicial, de ser um conjunto habitacional aberto, era de integrá-lo com o entorno, porém, durante a construção, por decisão da COHAB, o conjunto foi fechado com gradis metálicos e a integração não foi realizada. Ficando executado apenas o objetivo fundamental de alocação do maior números de famílias possíveis, em unidades que apresentassem condições aceitáveis de habitabilidade e produzidas a um custo que permitisse suas comercializações a preços compatíveis com o poder aquisitivo da faixa de mercado a que se destinavam.

  1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ÁREA, RECENTES E ATUAIS DE SUA EVOLUÇÃO.

    Belém, antes chamada de Província de Santa Maria de Belém do GrãoPará, foi fundada em 12 de janeiro de 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco, ocupava apenas a área litorânea da cidade, onde hoje localiza-se o Bairro da Cidade Velha, área em ponto estratégico na cidade, porém, esta localização favorecia as constantes invasões estrangeiras, o que fez com que a Coroa Portuguesa verificasse a necessidade do domínio direto na área pela metrópole.

    Então, diante das dificuldades de garantir o domínio sobre esta região a partir da capital e entendendo a importância de ter o controle direto sobre o norte de sua colônia, no dia 1o de setembro de 1627, em nome do Rei de Portugal, o Governador e Capitão-General no Estado do Maranhão Francisco Coelho de Carvalho, concedeu à Câmara Municipal de Belém, através de Carta de doação uma légua de terras, hoje denominada Primeira Légua Patrimonial de Belém.

    Essa légua de terras concedidas à Belém fica localizada na Av. Almirante Barroso, área que ocupada desde o Bosque Rodrigues Alves até o início da Av. Júlio Cesar. Assim, a cidade começou a expandir-se e ocupar as áreas mais distantes do centro, que era considerado a parte litorânea. Até o presente momento, a Província de Santa Maria de Belém do Grão Pará não ocupava nem 10% da área hoje ocupada pela cidade de Belém.

    Com a concessão da Primeira Légua Patrimonial e a intenção de expandir ainda mais a cidade, decidiu-se construir uma via de ligação da cidade de Belém até o Distrito de Icoaraci, hoje mais conhecida como Rodovia Augusto Montenegro. Tal via, com propósitos urbanos, era uma via larga adequada ao rodoviarismo. A via, que inicialmente era para ser apenas uma ligação a cidade e o distrito, passou a guiar a ocupação da periferia, servindo de suporte, a partir dos anos 60, para a ocupação periférica fragmentada através dos conjuntos e condomínios.

    Foi então, a partir dos anos 60, com o início do interesse do governo nas moradias, que se iniciou à primeira iniciativa de construção de conjunto habitacional, juntamente com a construção de parte da infraestrutura necessária a penetração na rodovia. Estes conjuntos habitacionais tornaram-se portões para outros desenvolvimentos, incluindo condomínios nas décadas de 1980 e 1990.

    Logo, a ocupação da rodovia, que inicialmente não foi projetada para ser ocupada, a partir das construções dos conjuntos habitacionais, que passaram a dominar a rodovia em toda a sua extensão, e a construção de condomínios fechados a partir dos anos 80, que também passaram a dominar a rodovia, viu-se a necessidade de colocação de comércios e serviços para atender a grande demanda que havia mudado para morar na periferia.

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