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Arquitetura

Por:   •  13/4/2016  •  Projeto de pesquisa  •  18.420 Palavras (74 Páginas)  •  290 Visualizações

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VEGETAÇÃO

Jendritzky et al (1994) observam que as modificações urbanas provocadas pelo homem, trazem várias conseqüência, vários problemas ao meio ambiente e ao próprio homem, ocorrendo assim, uma reação em cadeia e, por isto, somente o próprio homem pode evitar grande parte destes problemas urbanos, principalmente em relação aos problemas em vias de grande fluxo de veículos, como a poluição sonora e as altas temperaturas destas vias vários tipos de doenças. . Tudo isto poderia ser amenizado com a preservação de áreas verdes, principalmente em áreas urbanas onde as vias, os passeios e a grande maioria dos canteiros centrais não possuem uma cobertura vegetal adequada. [pic 1]

No Planejamento Urbano, e importante o Planejamento Arboreo, é indispensável para o desenvolvimento urbano de uma cidade, evita trazer prejuízos para o meio ambiente. A arborização é fator determinante da salubridade ambiental, ela tem influência direta sobre o bem estar do homem, provocando inúmeros benefícios ao meio ambiente, contribuindo também para um equilíbrio climático. A vegetação também tem seu valor estético, serve de adorno para o espaço urbano, isto, pelo variado colorido que exibe, fornece abrigo e alimento à fauna e proporciona sombra e lazer nas vias, parques, jardins e praças das cidades.

É essencial o uso correto da arborização nos espaços destinados a ela, uma vez que, quando utilizada indevidamente, de espécimes poderá ocasionar sérios danos, como por exemplo as Empresas prestadora de serviços de rede elétrica, telefonia e esgotos. O Desenho Urbano, durante o processo de estruturação da cidade e suas parcelas, também move os componentes da paisagem construída, onde se inclui o elemento vegetal.

Segundo SANCHOTENE (1994); SILVA JÚNIOR e MÔNICO (1994), arborização urbana, e o conjunto de terras públicas e privadas, com vegetação predominantemente arbórea que uma cidade apresenta, ou ainda, é um conjunto de vegetação arbórea natural ou cultivada que uma cidade apresenta em áreas particulares, praças, parques e vias públicas. LIMA (1994), descrever que a expressão refere-se aos elementos vegetais de porte arbóreo dentro da cidade, tais como árvores e outras, plantadas, inclusive em calçadas. No Brasil, a arborização de ruas e avenidas em comparação aos países europeus, é uma prática relativamente nova, tendo-se iniciado aqui há pouco mais de 120 anos.

A ELETROPAULO (1995) observa que no Brasil, a primeira tentativa de arborização de via ocorreu nas vias do Rio de Janeiro, com os preparativos do casamento de D. Pedro I. Na época, os encarregados tiveram grandes dificuldades em arborizar as ruas. Acreditava o povo que a sombra formada pelas árvores era responsável pela maleita, febre amarela, e sarampo. Começava o uso das sibipirunas, paus-ferro, cássias, paineiras, flamboyants, jacarandás, entre outras.

THURMAN (1983) citado por TAKAHASHI (1992), alega que as primeiras ruas a serem arborizadas com plantio de árvores foram as de Paris, no ano de 1660, com os objetivos de embelezar a cidade e proteger os movimentos militares, além de servirem como material para barricadas. Desde essa época, então, as árvores têm sido utilizadas em todas as cidades.

De acordo com as recomendações de Grey e Deneke (1978), citados por Milano e Dalcin (2000), cada espécie não deve ultrapassar 10-15% do total de indivíduos

da população arbórea, para um bom planejamento da arborização urbana.

Segundo Santiago (1980) o homem moderno esta esquecendo de certos fatores importantes para o seu bem-estar. Com isto, a vida na cidade se torna mais difícil e algumas vezes insuportável para se viver. O homem urbano envolve-se cada vez mais com os problemas ligados ao progresso e ao desenvolvimento, esquecendo-se de desfrutar um pouco do bem que a natureza proporciona. Este envolvimento no meio físico por ele criado gera hipertensões e neuroses que se agravam em ritmo acelerado.

A arborização de vias públicas ou urbanas expõe PEDROSA (1983), consiste em trazer para as cidades – pelo menos simbolicamente – um pouco do ambiente natural e do verde das matas, satisfazendo às necessidades mínimas do homem, sendo um dos parâmetros quantiqualitativos de indicação da qualidade de vida. Ele afirma ainda que uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, funcionando 20 horas por dia.

Para Mota (1998), citado por Silva (2000), à medida que as cidades crescem verticalmente ou se expandem na horizontal, a arborização vai se tornando mais importante no contexto urbano. Nos dois casos de crescimento, a artificialização do meio urbano e suas conseqüências na qualidade ambiental são percebidas facilmente pela população que sofre com seus efeitos e, a cada dia, torna-se mais consciente dessa situação. Portanto, a improdutividade da vida urbana, fixada nas comodidades do concreto, precisa ser abrandada, uma vez que uma paisagem mais bonita torna saudável o ambiente e desperta influências psicológicas positivas, tendo como conseqüência a melhoria da qualidade de vida.

MENEZES et al, (2003) acertam ao afirmarem que a arborização das cidades constitui-se em um elemento de grande importância para a elevação da qualidade de vida da população, seja nos grandes centros urbanos ou em pequenas cidades. Suas características diversas, controlam os muitos efeitos adversos do ambiente urbano, contribuem para melhorar a qualidade de vida, melhorando o ambiente urbano tanto em seus aspectos ecológicos quanto na sua estética. Esta arborização é um serviço tão necessário, quanto a distribuição de energia elétrica, telefonia, abastecimento de água, sistema de esgoto entre outros. Assim, a árvore é um elemento fundamental no planejamento arbóreo urbano, na medida em que define e estrutura o espaço amenizando os ruídos e a temperatura das áreas adjacentes.

Além de ser importante para a vida do homem, SANCHOTENE (1999)diz ainda que vegetação desempenha diversas funções ligadas e influenciadas por aspectos sociais, culturais, econômicos, e, sobretudo ecológicos, interferindo intensamente nas condições de conforto ambiental.

A arborização age sobre o lado físico e mental do homem, atenuando o sentimento de opressão frente as grandes edificações. Transforma-se num eficiente filtro de ar e de ruídos, realizando ação purificadora por fixação de poeiras, partículas residuais e gases tóxicos, proporcionando a depuração de microorganismos e a reciclagem do ar através da fotossíntese. Exerce ainda influência no balanço hídrico, abranda a temperatura e a luminosidade, reduz o impacto das chuvas e ainda serve de abrigo para a fauna.

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