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As Exposições Na Arquitetura

Por:   •  8/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  143 Visualizações

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Ruth Levy,ao longo da escrita retrata algumas principais características  da arquitetura das Exposições Universais enfatizando que eram construídos os edifícios no intuito de permanecerem temporariamente ,além de falar sobre as profundas modificações e transformações das estruturas sociais e econômicas com grande influência da Revolução Industrial e sobre a tendência do estilo eclético que foi bastante criticado.

A arquitetura encontra no cenário das Exposições as condições de exceção,ostentação,competição e o prazer de criar.Esses eventos representaram um grande campo de experimentação para a arquitetura tendo a difícil relação entre a técnica e a estética,por meio dessas experimentações é descoberto o uso do ferro,que foi considerado como o meio de expressão mais adequado às exigências daquele período.Os edifícios eram considerados maravilhas da época,com inovações e monumentalidade , eram construídos de forma bem rápida mas assim como eram construídos estavam fadados a desaparecer,pois o intuito inicial de todos eles era se manter durantes as Exposições e depois serem desmontados.Tiveram algumas exceções pois algumas construções acabaram virando um marco para as cidades como por exemplo, a Torre Eiffel.

Com a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, começa a reorganização cultural e social do mundo ocidental, fazendo com que tivesse um aumento surreal da produção, causando mudanças urbanísticas pela maior concentração de indústrias ,além de proporcionar importantes transformações na organização do trabalho,onde cada trabalhador era agora capaz de produzir cada vez mais e sua experiência com determinado equipamento ou tarefa reforça a tendência à especialização. Os efeitos dessa revolução se expandiram , o desequilíbrio é evidente ,e o século XIX passa a ser considerado o Século da Indústria, tendo como impulso as Exposições Universais pois mostravam seus avanços, deixando evidente o uso do metal e vidro para transmitir luz e amplitude.

O ecletismo foi muito criticado por ser uma releitura da história , consideravam que o século XIX era desprovido de talento criativo e que tudo era simplesmente uma cópia das arquiteturas antecedentes , até que algumas características da proposta modernista começou a ser repensada. Podemos ver claramente isso na opinião de François Loyer , onde ele defende o ecletismo dizendo que o estilo não reproduz a arte do passado,mas interpreta à sua maneira,além de questionar o fato de que a partir da Renascença parafraseava um estilo e se dava uma leitura diferente,assim como no ecletismo.Apartir disso se estabelece o debate arquitetural de forma contextualizada,pois perceberam que deveriam abordar as questões das origens e filiações dos exemplares produzidos,seus estilos predominantes, as técnicas usadas e as novas que surgiram.César Daly foi também uma figura essencial para desfazer a visão que tinham sobre o ecletismo,considerado “apóstolo do ecletismo”, expôs os seus pensamentos e opiniões sobre as motivações que levaram a valorização do historicismo e do revivalismo e o que de fato é o ecletismo,pois acreditava que todos deveriam ter uma noção completa do que constitui o ecletismo.

Com esta leitura podemos concluir que as Exposições Universais não eram simples exposições como vemos hoje em dia, diversos pontos importantes das mesmas ficarão marcados para sempre não só pelas arquiteturas que permaneceram, contrariando os princípios da construção temporária, mas pelos avanços que foram descobertos apartir das experimentações feitas na época e pelo enriquecimento da nossa história.Ruth Levy apresenta neste texto as características da arquitetura das exposições ,levando em consideração todo o processo para alcançar ao estilo e aos materiais que melhor atendessem as exigências , e como vimos também em “O ecletismo está no ar”, as exposições precisavam de uma maior flexibilidade na escolha dos estilos e tinham que ter uma estrutura que permitisse desmontar a construção para que ,se necessário, fosse usada,ou melhor dizendo, reconstruída em outro lugar para outros fins.

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