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Contextualização do bairro Daniel (aspectos gerais)

Por:   •  4/3/2017  •  Projeto de pesquisa  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  325 Visualizações

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Contextualização do bairro Daniel (aspectos gerais).

Segregação social: Um bairro as margens do desenvolvimento

        O bairro Daniel, localizado no município de Santana- AP, surgiu as margens do bairro Vila Amazonas e Novo Horizonte. A Vila Amazonas foi um bairro projetado em 1956 para abrigar os funcionários da empresa ICOMI, já o bairro Novo Horizonte nasceu as margens do Porto de Santana e da empresa BRUMASA na década de 60. A Vila Daniel surgiu como uma vila de pescadores e posteriormente de empregados informais- pedreiros, empregadas domésticas, jardineiros, etc.- que trabalhavam para os funcionários da empresa ICOMI. Em 1998, houve a construção da Capitania dos Portos na frente do bairro Daniel, o deixando cercado por dois grandes bairros e pela Capitania dos Portos, hoje o bairro Daniel encontra-se “escondido” e/ou “isolado” devido a sua localização e o seu tamanho. Ele possui apenas três avenidas, uma travessa e duas pequenas ruas que ligam as avenidas.[pic 1]

Imagem 01 – Bairro Daniel e seu entorno.

Fonte: Tayná Ribeiro

Por ser um bairro isolado, o Daniel é predominantemente residencial com aspectos bucólicos. As poucas instituições que o residem atendem apenas a população do bairro ou são pequenas instituições que não influenciam sua expansão e desenvolvimento.

No período de 1950 a 1960, a Vila Amazonas surgia e se expandia sendo projetada por Oswaldo Bratke, possuindo toda uma infraestrutura de primeiro mundo, a Vila Daniel surgia como um bairro periférico, para abrigar os empregados dos funcionários da ICOMI, sem projetos de infraestrutura, saneamento e urbanização. Foi um bairro que cresceu a margem do grande patrimônio histórico que cultural que é a Vila Amazonas.

No ano de 2013, segundo uma reportagem feita no G1 Amapá, os moradores do bairro Daniel fizeram um protesto por estarem a 20 anos sem asfaltamento das vias do bairro. Situação está que só comprova o quanto o bairro é esquecido pelo poder público e pela sociedade.

A segregação socioespacial refere-se à periferização ou marginalização de um grupos de pessoas e/ou pessoas especificas, por fatores econômicos, culturais, históricos e até raciais no espaço das cidades

“É impossível esperar que uma sociedade como a nossa, radicalmente desigual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, possa produzir cidades que não tenham essas características”. (MARICATO, 2001, p. 51)

O bairro Daniel, em sua criação, era um bairro marginalizado pois abrigava pessoas de baixa renda. No decorrer dos anos, ele deixou de ser um bairro para pessoas de baixa renda, abrigando então uma classe média baixa. Mesmo com a mudança de renda da sua população, este bairro continuou a ser marginalizado devido a sua localização e ao seu isolamento institucional.

Reschilian (2005) destaca que, no Brasil, o binômio, industrialização-urbanização sustentou um processo de modernização que excluiu a questão da terra. Os mecanismos de apropriação e ocupação do território e de concentração de renda foram e são determinantes da periferização das cidades, cujo resultado tem sido a degradação ambiental, o aumento da desigualdade social e da violência, caracterizando o crescente processo de segregação espacial.

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