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DO BAUHAUS AO NOSSO CAOS

Por:   •  18/5/2016  •  Resenha  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  1.764 Visualizações

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TEORIA E HISTORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO V

ABRIL DE 2011.

TOM WOLFE – DA BAUHAUS AO NOSSO CAOS

I – O PRÍNCIPE DE PRATA:

Alguns anos após a 1ª Guerra Mundial, Walter Gropius fundou a Escola Bauhaus na Alemanha. A Bauhaus era uma escola de artes, que pregava que a arquitetura recomeçasse do zero, pois os integrantes acreditavam em uma sociedade socialista com ênfase nos operários e contra a burguesia. Alguns integrantes conhecidos que participaram da Bauhaus foi Marcel Breuer. Ludwing Mies Van Der Rohe, Lázló Maholy-Nagy, Herbert Bayer, Henry de Velde, sendo que todos foram professores.

 A Bauhaus inicialmente pregava o reduto a arte, priorizando a criatividade e a independência das classes econômicas elevadas, fazendo um manifesto a arte. Com isso, impôs alguns conceitos de beleza, como fachadas lisas, telhados planos, cores neutras (bege, branco, preto e cinza) e estruturas explícitas como aço, concreto e madeira.

Depois disso a arquitetura se dividiu em dois níveis: os arquitetos que projetavam e construíam os edifícios e os arquitetos famosos que construíam pouco ou nada. Surgiu então Le Corbusier o intelectual incansável racionalista, que desenvolveu a idéia de projetar “máquinas de morar”, convencendo com sua perseverança que essa era a nova arquitetura, o Estilo Internacional.

II - UTOPIA LIMITADA:

Os arquitetos modernos pregaram a “funcionalidade européia”, criando assim uma nova arquitetura. Enquanto isso nos Estados Unido os arquitetos respeitavam a vontade dos clientes moldando seus projetos de acordo com os seus desejos. Para os arquitetos europeus isso era um absurdo, pois os arquitetos que possuíam o conhecimento e a razão.

O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque começou a dar ênfase aos vanguardistas europeus, não dando oportunidades aos americanos, com isso a arquitetura americana abriu mão dos seus princípios e aderiu ao estilo internacional.

III – OS DEUSES BRANCOS:

Durante a 2ª Guerra Mundial Walter Gropius fugiu da Alemanha para os Estados Unidos sendo seguido por outros arquitetos da Bauhaus, como Breuer, Bayer, Mies Van Der Rohe, entre outros, que ao chegar aos Estados Unidos foram super valorizados. Gropius foi nomeado diretor de arquitetura de Harvard fundando uma nova Bauhaus. Em três anos o curso de arquitetura americano mudou por completo. Frank Lloyd Wright que era americano e não aceitava o novo estilo, se opôs aos europeus pelo fato de eles desdenharem seu estilo e suas obras.

A ideologia européia pregada na América eram prédios em forma de caixa de vidro aço e concreto deixando toda a estrutura amostra. Com isso, os prédios se tornavam nada funcionais sendo que a luz entrava em demasia, as pessoas ficavam perplexas e intimidadas não se opondo a esse novo estilo imposto.

IV – FUGA PARA ISLIP:

Na segunda metade do século XX os Estados Unidos tornou-se uma superpotência econômica e os conjuntos habitacionais que antes eram comuns para os trabalhadores começaram a ser evitados. Então começaram as construções das “caixas de vidro” novamente impondo esse estilo internacional. Essas “caixas” eram brancas e sem molduras, com luzes brancas fortes e suspensas no teto com um ar industrial. A funcionalidade arquitetônica que era defendida por esse estilo na verdade não era respeitada, uma vez que as regras de estética do modernismo eram priorizadas. Os edifícios pareciam fábricas sem aconchego e caras, sendo mais uma vez imposta para a sociedade criando um ar repetitivo às cidades.

V – OS APÓSTATAS:

Edward Durell Stone um dos pioneiros do estilo internacional nos Estados Unidos foi um entre outros arquitetos que pregavam o modernismo. Mudou sua tipologia projetual por influência de pessoas (neste caso sua esposa) que consideravam esses estilos frios, contidos e cautelosos. Depois disso começou a projetar formas luxuosas e ornamentais, com isso foi excomungado do mundo da arquitetura moderna, mas, no entanto seu prestígio aumentou comercialmente, pois o estilo internacional era odiado até por aqueles que o encomendava.

Eero Saarinen foi outro arquiteto semelhante a ele, pois abriu mão do estilo modernista criando uma nova tipologia, uma espécie de zoomorfismo hindu, mantendo os materiais convencionais como vidro, aço e concreto, porém usando formas animalescas. Seu ideal arquitetônico não foi atingido e respeitado, pois a época não priorizava gênios singulares e sim, um consenso.

Morris Lapidus e John Portman criaram obras em escalas impressionantes não podendo ser ignorados por outros arquitetos, sendo visto como uma perspectiva “pop”.

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