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Fichamento

Por:   •  23/10/2015  •  Bibliografia  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  251 Visualizações

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500 ANOS DA CASA NO BRASIL

Em 1985, sob a direção do professor Olinio Gomes Paschoal Coelho, foi dada a iniciativa deste trabalho, juntamente com o professor José Maurício Alvarez e mais quatro estagiários.

Algumas das regiões privilegiadas na pesquisa são: Olinda, Salvador, São Paulo e Rio De Janeiro, por serem cidades históricas.

Durante a pesquisa, foram feitas várias plantas de residências de vários períodos. E com isso, foi feita uma exposição com algumas reflexões da evolução da família brasileira.

No final de 1650 a casa no Brasil começou a ter sua forma definitiva, levando em conta alguns fatores como o clima tropical e úmido, a flora, o gentio da terra, entre outros. O português foi uma espécie de coordenador dessa moradia, aprendendo com os índios algumas “técnicas” como, qual era a melhor maneira de se cozinhar.

Com todas as influências, nasceu a casa no Brasil, adaptada à todas as suas necessidades sociais e geográficas e se espalhou rapidamente pelo território brasileiro.

O modo de construção das casas e apartamentos no Brasil chamava a atenção de todos os estrangeiros que vinham ao país.

“Casa”, então, é o reduto da família. É seu próprio espelho.

A casa brasileira tem muitas influências, no qual se incorporou tradições desconhecidas tanto nos hábitos alimentares como nas construções.

O homem era mais do chefe da família. Ele era também o dono da terra, dos escravos, da vida e da morte dos seus subordinados. Já a mulher não tinha nenhum papel social, pois eram vistas somente como reprodutoras dos herdeiros e duplicadores da família, existindo assim a relação de mando e obediência.

Pouco tempo depois, desenvolve-se a residência urbana, inicialmente simples. As residências eram térreas, de porta e janela, e conforme o tempo evolui. Esse modelo torna-se tão adequado que permanece inalterado por cerca de três séculos.

A partir do final do século XVIII, com o estreitamento das relações com a Europa, algumas alterações se incorporam ao edifício colonial, como o porão, que futuramente torna-se habitável.

Com a riqueza vinda da produção aurífera, a vida urbana se consolida e traz modificações nas casas, como, salas decoradas. Com isso, a vida social se torna mais intensa, trazendo as mulheres para esses salões.

Com o contato direto com a corte, a família muda seus hábitos. A mulher deve aparecer em público, e mesmo não muito participativa, era notada pelas roupas elegantes e seus gestos delicados, aprendido com os franceses. Posteriormente foram criados para seu desempenho, salas de música e dança.

Depois da Abolição da Escravatura e da Proclamação da República, o modo de morar sofreu outra mudança. Não havia mais escravos para os serviços da casa, como, tirar o lixo, limpar a casa, entre outros. Esses serviços tornaram-se de responsabilidade da mulher.

Para a camada pobre da cidade surgiram os cortiços, as primeiras favelas e vilas operárias, atendendo, pelo menos, às necessidades básicas.

A classe média ocupa as casas de aluguel, onde as meninas observavam nas janelas o fluxo intenso de pedestres, e recebiam acenos de admiradores com o chapéu ou a bengala.

A elite continua a ocupar seus palacetes com suas formas europeias interna e externamente, ou até “exóticas” conforme sua condição financeira ou a criatividade do arquiteto.

As mulheres saem de casa, acompanhadas, para aproveitar o lazer. Para essas saídas, as mulheres tinham horas de preparação em aposentos criados para esse fim.

No século XX surgem as vilas, que eram as avenidas com casas semelhantes ou assobradadas.

Nos anos 20 surgem os edifícios de apartamentos, no início rejeitado, mas nos anos 40 foi popularizado abrigando a classe média e os mais baixos da população.

As casas não tiveram mudanças, a não ser jardins à frente e garagem ao lado.

Na década de 70 surgem os apartamentos com varandas e condomínios fechados. Além disso, os anos 80 assistiam a expansão dos flats, onde o único trabalho do usuário seria ir e vir, e as vezes, o transporte era exclusivo.

Independente da globalização ainda existe um Brasil original.

O número de cômodos sofre alteração com o tempo, como a sala, que nos primeiros exemplares era única, mas depois passou a ser duas salas, o receber e o comer.

Após o estreitamento de laços com a Europa civilizada, aumentam os aposentos da área social, crescendo o mobiliário e a decoração. Surgem diversos tipos de salas com temas variados, mas na segunda metade do século XX, com a influência americana, vamos encontrar a compactação dos aposentos, chegando novamente à uma sala única.

Mesmo com as mudanças, a sala nunca perdeu sua principal característica: o receber.

No tempo do rei velho as fachadas traziam varandas.

No período colonial, a sala era o espaço de receber os estranhos.

Quando um senhor de engenho visitava o outro, as mulheres não apareciam.

A nova casa palaciana introduz grandes salões de festas, papéis franceses nas paredes, ferragens elegantes e importadas, entre outras coisas.

No Vale do Paraíba encontramos salas variadas para o social entre o receber, ouvir música ou até fumar em ambiente adequado. E a partir do século XX, a sala principal, antes fechada, abre-se para o espaço externo.

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