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Por:   •  18/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  246 Visualizações

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NORMAN FOSTER – ESTUDO DE OBRAS

Bruna de Andrade Ferreira¹, Jacqueline Magalhães Saab¹, Jéssica Miranda Leonardo¹, Leticia Bortolo Martins¹, Rafaella Rúbia do Prado Barbosa¹, Yasmin Miranda Perosso¹, Korina Costa².

1. Discente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste Paulista.

2. Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste Paulista.

RESUMO

O presente artigo busca correlacionar a vertente high tech com questões referentes à tectônica e sua significância expressada através dos detalhes. Nestes parâmetros temos a representatividade de Norman Foster como expoente desta vertente, sendo analisadas duas de suas principais obras, a Swiss Re e a Tower Hearst, onde podemos estabelecer e relacionar os princípios high tech incorporados e a importância da tectônica como elementos que agregam significados as referidas obras ressaltando a sua importância para o período compreendido.

Palavras-chave:  High Tech; Tectônica; Norman Foster; Swiss Re; Tower Hearst;

INTRODUÇÃO

Em Uma Nova Agenda para Arquitetura, de Kate Nesbitt (2006) fica explicita a tectônica das obras de arquitetos como Carlos Scarpa e Franco Albini, onde tem-se a grandeza poética da estrutura como portadora de significados. Desde a antiguidade já se considerava a arquitetura dos detalhes, sendo estes considerados a junção dos elementos que materializam o edifício. Segundo Benévolo (2006), o high tech é uma vertente arquitetônica que possui como princípios o uso de tecnologia exaltando a estrutura como elemento significativo. Drexler (1980) complementa ressaltando que a corrente “[...] caracteriza-se principalmente pela admiração e apologia da tecnologia, marcada pela vontade de expor os equipamentos e componentes técnicos do edifício, chegando a uma verdadeira fantasia tecnológica”.

É importante salientar que os detalhes mencionados aqui não fazem referência ao pastiche, onde há uma espécie de colagem e mescla compositiva não atribuídas de valores que são essenciais a obras, mas sim de elementos que associam construção material a formação de significados e exprimem não só a beleza estética como a história e tecnologias aplicadas.

Para Frampton (2006), “[...] construir é um ato tectônico, e não atividade cenográfica [...]”, é onde deve se buscar uma arquitetura que sustente a memória como algo significativo para a época. Assim como vemos nas obras High Tech, estas vem embutidas de elementos significativos para seu tempo acompanhando os avanços tecnológicos.

ARQUITETURA DA CONTEMPORANIDADE: NORMAN FOSTER

Norman Foster é um renomado arquiteto inglês, nascido em 1935 na cidade de Manchester. Oriundo de uma família de operários, necessitou trabalhar para que pudesse prosseguir seus estudos, onde desde cedo demostrou interesse pela arquitetura.

        Graduou-se pela Universidade de Manchester de Arquitetura e Urbanismo em 1961 e concluiu seu mestrado pela Universidade de Yale (EUA), onde encontra o também estudante Richard Rogers.

        Foster e Rogers conhecem Buckminster Fuller, o qual os apresenta as novas tecnologias industriais americanas. Ambos se interessam por essa nova arquitetura e em 1963 voltam para a Inglaterra para trabalharem juntos.

         Em 1967, funda seu próprio escritório em Londres denominado Foster & Partners. Após a obra Sainsbury Centre for Visual Arts na Universidade de East Anglia, fica mundialmente reconhecido.

        Ao longo de 40 anos, seu escritório, com filial em mais de 20 países, já foi premiado centenas de vezes e tem sido responsável por uma gama imensa de trabalhos: planos urbanos, infraestrutura pública, aeroportos, edifícios cívicos e culturais, escritórios, locais de trabalho, casas particulares e design de produtos.

        Foster reinventou o edifício alto e produziu o primeiro arranha-céu europeu com consciência ecológica, o Commerzbank em Frankfurt. Segundo Lima (2013) “[...] este prova em seus projetos uma sensibilidade que se encontra além dos materiais rígidos usados como elementos chaves de sua concepção, também, é importante afirmar a preocupação com a sustentabilidade e com o meio ambiente em todas as suas obras arquitetônicas.” O arquiteto se liga a mais avançada tecnologia dando soluções inovadoras desde uma maçaneta de porta até o mais alto edifício.

        Sua arquitetura tem característica High Tech pois utiliza em seus projetos sistemas construtivos semelhantes aos adotados pela indústria pesada. Adota estruturas metálicas por ser adepto a uma arquitetura mais sustentável e simples.  

        Reconhecido mundialmente por seus excelentes projetos, tem sua notoriedade sendo condecorado por centenas de prêmios, inclusive o Pritzker de Arquitetura em 1999 visto como um dos mais relevantes.

SWISS RE

Localizado em Londres, na Inglaterra, a torre de escritórios da companhia de seguros Swiss Re, é uma das construções mais notáveis do centro da capital inglesa.

O terreno, localizado no coração da cidade, antes de ser adquirido pela companhia era ocupado pelo edifício Baltic Exchange, que foi destruído por um atentado terrorista. Ao ser comprado pela empresa Trafalgar House Propeties, dois projetos consecutivos foram feitos pelo escritório de Norman Foster e apresentados com o nome de Millennium Tower, projetada para ser o edifício mais alto da Europa, teve seus dois projetos indeferidos.

Em 1997 a companhia de seguros Swiss Re adquiriu o local e incumbiu Norman Foster do projeto para a sede da empresa, assim, surgiu a ideia de um primeiro modelo de edifício sustentável. Em 2014, a propriedade foi adquirida pelo grupo brasileiro Safra.

O projeto teve início em 1997 e a obra só foi concluída em 2003. Situado em uma área dentro do distrito financeiro da cidade e onde não há restrição de altura, o 30 St Mary Axe Headquarters ou The Gherkin como foi apelidado devido ao seu formato, possui uma altura de 180 metros distribuídos em 41 pavimentos numa torre de escritórios com comércio na base totalizando uma área construída de 76.400 metros².

No nível térreo há uma praça contendo espaços públicos para passagem e permanência de pedestres e comércio. No oposto, o topo do edifício serve como mirante, possibilitando a vista panorâmica da cidade numa área reservada a um bar.

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