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Jaime Lerner - Café Filosófico

Por:   •  24/9/2018  •  Resenha  •  768 Palavras (4 Páginas)  •  236 Visualizações

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AED 2 – ANÁLISE DA ENTREVISTA DE JAIME LERNER NO PROGRAMA CAFÉ FILOSÓFICO[pic 1]

Jaime Lerner, em sua entrevista para o programa café filosófico, traz questões sobre a cidade que são importantes para a atualidade. Relata os problemas que possuem, destacando 3 principais, que é a mobilidade, a sustentabilidade e a sociodiversidade, que envolve coexistência e tolerância. Usa a metáfora da cidade tartaruga, uma analogia da tartaruga com a cidade, onde o animal possui todas as funções de moradia, mobilidade, vida e trabalho juntos de ti, e o casco é a representação das vias urbanas. Ou seja, usos mistos funcionam.

 Ao analisar bem essas problemáticas, é interessante materializar isso no ambiente urbano e que seja de forma integrada, como ele fez ao falar de Curitiba, cidade que foi prefeito e atuou. Em Curitiba ele inicia falando sobre o projeto para a mobilidade urbana da cidade, o BRT, que iniciou aos poucos, com apenas uma linha, e que, de acordo com a aceitação da população e o aumento da demanda, isso foi se expandindo. Isso aconteceu com vários outros projetos, como o Jardim Botânico, a Opera de Arame, pontos específicos da cidade que foram sendo modificados para gerar um local melhor para as pessoas.

Incentiva a reciclagem do lixo, com campanhas inicialmente nas escolas, ensinando as crianças a separarem o seu lixo, e posteriormente a própria população. Traz também a iniciativa de plantio de arvores para a arborização da cidade, integrando a população nesse projeto. A sociedade é importante para o sucesso das ideias, projetos e ações feitas. Sem o seu uso por ela, a aceitação e o feedback não vale a pena continuar com a ideia.

Esse processo de alterações e melhorias em pontos específicos da cidade e aos poucos ele chama de Acupuntura Urbana, usando como exemplo o Louvre de Paris, com sua pirâmide de cristal, que trouxe outra visão para o museu e atraiu cada vez mais a população. Lerner dizia que as modificações não precisam ser em larga escala, elas podem começar aos pontos para ver a reação de quem ocupa o espaço, mas que tem que acontecer algo, o que não se pode é ficar apenas no planejamento e não aplicar isso no espaço urbano. Isso não exclui o próprio planejamento, mas pode servir de força e teste para que a população participe e perceba as mudanças.

Ele defende as soluções de deslocamento por superfície a partir da grande quantidade de deslocamentos que ocorrem na superfície, seja pela bicicleta ou pelos transportes coletivos públicos, não dizendo qual o melhor a ser escolhido, mas que seja inteligente e se adeque a realidade, para substituir o grande número de automóveis em circulação, que ocupam a maior parte do espaço da cidade.

Uma das ideias que ele traz é a questão da moradia mais barata. As centralidades de uma cidade são definidas através da presença de habitações junto a elas, ou seja, pessoas circulando e convivendo a todo momento naquele espaço. Para isso, as edificações não precisam de serem de elevado custo, até porque isso causa uma segregação e faz com que o espaço se torne cada vez mais separado e as ruas vazias. É na rua onde tudo tem de acontecer, o morador precisa se sentir integrado e ter a sua disposição todos os elementos para a sua vivência diária. Cita Paris como exemplo, onde os prédios são baratos, porém pequenos, o que não interfere muito e é um problema pois na rua é onde tudo acontece e estão presentes os estabelecimentos de que precisam. A cidade não precisa ser separada por usos para funcionar e ser de qualidade, pelo contrário, aquela que tem uma mescla maior é mais segura, mais sustentável, pois diminui os deslocamentos, e mais interessante.

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