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MLC Madeira Laminada Colada

Por:   •  12/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  2.368 Palavras (10 Páginas)  •  248 Visualizações

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[pic 4]Acadêmicos: Karina G. Camillo - 0221325

Curso: Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Sistemas Estruturais IV

Professor: Diego Angelus San Martins

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A utilização da madeira apresenta um importante papel ao longo da história, por ser um material de característica única e de grande abundância. Possui alta capacidade estrutural, valor estético, propriedades termo-acústicas, ótima relação resistência/peso, baixo consumo energético na sua produção, facilmente obtido de fonte renovável. E o seu ciclo de regeneração pode superar o volume que está sendo utilizado.

Infelizmente grande parte das construções, além de terem um alto custo, geram resíduos que muitas vezes não podem ser reaproveitados. Com o intuito de valorizar construções eco eficientes, o MLC vem como uma alternativa quanto a questão do uso de estruturas sustentáveis, podendo vencer grandes vão estruturais, com elementos de variadas formas e proporcionam aparências únicas para diferentes composições arquitetônicas.

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Breve histórico da utilização de MLC

De acordo com ZANGIÁCOMO (2003) na Alemanha, no final do século XIX, Hetzer obteve a primeira patente do processo de produção do MLC. Sua técnica consistiu em laminar peças de madeira com pequenas dimensões para se obter elementos estruturais mais robustos. Passou a ser conhecido como sistema Hetzer, mas só ganhou notoriedade a partir de 1913, quando o uso se ampliou na construção de estruturas de coberturas de fábricas, escolas e pontes.

A partir disso, a técnica começou a disseminar para países da Europa, como Dinamarca, Noruega, Suécia, Áustria e principalmente a Suíça, onde ocorreu a grande propagação de seu emprego. Na América, a tecnologia da MLC foi levada pelo arquiteto e engenheiro alemão Max Hanish, assim foram realizados ensaios técnicos nos Estados Unidos da América (EUA) para certificar a confiabilidade do material, que logo foi aplicado em indústrias. ZANGIÁCOMO (2003).

No Brasil a primeira indústria de MLC foi a ESMARA Estruturas de Madeira Ltda, fundada em 1934 na cidade de Curitiba-Paraná, com a tecnologia trazida pelos alemães. Posteriormente uma filial da empresa abriu na cidade de Viamão-RS. Na região sul há obras muito marcantes destas empresas, com diversos arquivos de projetos. Posteriormente, na década de 60, foi fundado em São Paulo a A LAMINARCO Madeira Industrial Ltda, gerenciada pelo engenheiro Vinício Walter Callia, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e pioneiro nos estudos e publicações sobre o MLC.

Em Belo Horizonte já estão instaladas algumas fábricas de peças estruturais de MLC, as quais têm empregado madeira de Eucalipto Grandis (Eucalyptus grandis). No norte do país, apesar disponibilidade do material, o usou fica limitado pela ausência de informações tecnológicas que permitem sua correta aplicação. Foram feitas tentativas de produção com espécies tropicais mas havia variáveis envolvidas na produção, entre elas a compatibilidade da espécie com os adesivos, a pressão, o tempo de colagem e as propriedades de resistência.

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Utilização da madeira como material sustentável

Devido as características da madeira e a sua relativa abundância, sempre foi um material de construção usado pelo homem em diversas obras. A utilização deste material tem muitas vantagens e fundamenta hoje cerca de 90% de construção habitacional em países desenvolvidos como a Noruega, Suécia, Canadá e Austrália (MARQUES,2008).

Segundo Marques (2008, p. 39) o principal motivo pelo qual a madeira pode ser considerada um material de construção sustentável é por ser reciclável, renovável e biodegradável, além de ser um produto que despende menor energia na sua fabricação. Provém da floresta, que tem um papel importantíssimo já que as árvores são um consumidor de dióxido de carbono e liberam oxigênio, o que significa que ajudam a prevenir o aquecimento global e contribuem para manutenção da qualidade do ar.

A madeira apresenta boa durabilidade quando cumpridas boas condições de manutenção, mantendo-a arejada e seca. Arquitetonicamente, permite grande liberdade de escolha de formas e colorações, além de proporcionar boas condições de conforto ambiental, tanto quanto ao isolamento térmico quanto acústico, se aplicados de forma correta. Apresenta também um bom desempenho à resistência ao fogo, tendo a sua combustão lenta se comparado a outros materiais como o aço.

A análise do ciclo de vida da madeira mostra que esta tem melhor desempenho que os principais materiais de construção, no que se refere à energia incorporada, emissão de gases, liberação de poluentes para o ar e água e produção de resíduos sólidos.  A utilização de madeira, para construção ou para qualquer outro fim, deve ser realizada de forma sustentável, assegurando um reflorestamento global associado, capaz de manter os recursos e a biodiversidade do planeta e dos seus sistemas ecológicos, proporcionando o necessário equilíbrio entre desenvolvimento e manutenção de recursos. (MARQUES,2008).

Atualmente com as novas tecnologias de produção, a utilização das árvores na construção tem a particularidade de permitir todo o seu aproveitamento, os resíduos gerados pela indústria podem ser utilizados para a produção de produtos derivados, como por exemplo as placas de aglomerados. Além de ser um material fácil de ser trabalho manualmente ou por máquinas.

Marques (2008, p. 52) aponta que uma casa de madeira oferece uma economia energética de pelo menos 30% se comparado à alvenaria, com os mesmos acabamento. A madeira, por ser um isolante térmico natural, absorve calor ou frio mais lentamente que outros materiais. Por isso ao tocarmos na madeira raramente a sentimos muito quente ou fria. O que não acontece quando tocamos em cimento, tijolo, cerâmica ou aço.

Vantagens e desvantagens

        Como já citado anteriormente, existem muitas qualidades positivas na utilização da madeira, cabe elencar alguma delas:

-Dimensões singulares: possui grande capacidade de carga e peso próprio baixo, o que permite componentes de pequenas a grandes envergaduras. Podem cobrir vãos de até 100 metros sem apoio intermediário. Podem ser fabricadas com qualquer seção, forma e comprimento tendo como limitações apenas o transporte das peças;

-Resistência: possui resistência satisfatória a diversas substancias químicas. Mostra um elevado desempenho em relação a alterações de umidade, como empenamento e/ou torção;

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