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O Correlato Rino Levi

Por:   •  1/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.219 Palavras (5 Páginas)  •  98 Visualizações

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Rino Leví

  Rino Levi (São Paulo, São Paulo, 1901 - Lençóis, Bahia, 1965). Arquiteto e urbanista. Destaca-se por ter realizado projetos que conjugam inovações técnicas e soluções originais. Com participação intensa em órgãos de classe e na imprensa, contribui para a regulamentação do trabalho arquitetônico e para a consolidação da arquitetura moderna brasileira.

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              Fonte: https://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2020/02/226676_70949.jpg

  Filho de imigrantes italianos ingressa em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para os Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Transfere-se, em 1924, para a Escola Superior de Arquitetura de Roma. Ainda estudante, publica no jornal O Estado de S. Paulo, em 1925, uma carta com o título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada uma das primeiras manifestações por uma arquitetura moderna no Brasil. Ali surge uma característica presente ao longo de sua carreira: a vontade de construir um campo de atuação em que seja possível reconhecer a especificidade da arquitetura moderna brasileira.

  Retorna ao Brasil em 1926. Inicia uma carreira independente em 1927. Sua primeira obra moderna construída é o Pavilhão da L. Queiroz (1931), na Feira de Amostras do Parque da Água Branca, mas é de 1934 um de seus projetos mais emblemáticos, o Edifício Columbus. Como condomínio de apartamentos para a cidade de São Paulo, o projeto inova ao dar tratamento a todas as fachadas (e não só à fachada frontal) e ao desenvolver a relação interior/exterior. Levi projeta uma série de edifícios residenciais, sempre levando em conta a construção do espaço urbano, a integração com a paisagem e a setorização da planta por função.

  Sua trajetória segue com projetos inovadores e participações em espaços de discussão sobre arquitetura. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado  em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Ciam).  Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955. Em seu último projeto, o  Centro Cívico de Santo André (1965) vencedor do concurso que propunha o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo que o novo núcleo assuma a função do core existente no centro urbano contíguo.

O interesse de Rino Levi pelo paisagismo, em especial por plantas ornamentais, leva a artista botânica inglesa Margaret Mee (1909-1988) a homenageá-lo: depois de registrar pela primeira vez, em pintura, uma bromélia coletada no rio Cauboris, Amazonas, ela solicita que a nova espécie seja dedicada à memória do arquiteto.

Rino Levi deixa um legado não só para a área de projeto arquitetônico, com suas soluções inovadoras que integram arte e técnica, mas também para o modo de pensar a arquitetura no Brasil, na sua constante luta por consolidar esse campo profissional e por criar um modo próprio, e brasileiro, de projetar.

  Residência Castor Delgado Perez – Rino Leví

  A casa ocupa um lote de meio de quadra, estreito e comprido.  A partir do recuo frontal, são dispostos três volumes: na parte frontal do lote, um pequeno bloco sobre pilotis, que abriga a garagem e as dependências de empregada; ao centro, um grande prisma retangular, com pequenos recuos laterais, que organiza o corpo principal da casa; e, na parte posterior do lote, uma edícula, que absorve a irregularidade geométrica do terreno e acomoda dependências de hóspedes e salão de festas. A volumetria resultante do conjunto é pura e ganha expressão através da contraposição entre a horizontalidade do prisma principal e a verticalidade do volume sobre pilotis.

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Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5541/83a9/e58e/ce50/2900/0343/slideshow/Acervo_Digital_Rino_Levi_FAU_PUC_Campinas_-_1.jpg?143035690

 

O prisma principal é rasgado por um grande pátio central, que, como centro compositivo, organiza o zoneamento da casa em três de seus lados – setor de serviço na ala lateral direita, com acesso independente pela garagem; acesso e circulação principal na ala lateral esquerda; ala do setor íntimo na parte posterior do lote, garantindo privacidade aos quartos e orientação solar favorável (noroeste). A ocupação periférica do volume a partir do vazio central, como é clássico neste esquema tipológico, é transgredida com a disposição da ala do setor social, que de modo inusitado “invade” o grande pátio.

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