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O Espaço Urbano

Por:   •  15/5/2018  •  Resenha  •  806 Palavras (4 Páginas)  •  151 Visualizações

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O espaço urbano é construído a partir da percepção humana em relação ao

entorno, as cidades se organizam de acordo com os diferentes usos de

espaços, que se distribui em setores comerciais, residências, espaços públicos

e privados. As relações de produção, a acumulação do capital e a luta de

classes são representadas no espaço urbano por agentes específicos: os

proprietários do meio de produção, os proprietários fundiários, os promotores

imobiliários, o Estado, e os grupos sociais excluídos.

Os proprietários dos meios de produção são aqueles que detêm o capital e

utilizavam o espaço para realizá-lo. Como o espaço é um meio para a

reprodução do capital, ele deve ser adquirido a baixo custo. Assim, em primeiro

momento, a especulação imobiliária não é lucrativa aos proprietários dos meios

de produção. Contudo, o capitalista pode também ser um propriedade

fundiário, e se aproveitar da valorização da terra. Desta forma, a tensão entre o

capital fundiário e o capitalista é muitas vezes mitigada.

Para o sucesso da exploração das propriedades fundiárias, deve prevalecer o

valor de troca sobre o valor de uso, pois é desta diferença que se beneficia o

capital fundiário. Um exemplo disso é a transformação de uma área rural em

área urbana – que é acrescida em seu valor de troca pela urbanização e

mantém seu alto valor devido à grande demanda habitacional gerada pelos

fluxos migratórios. O processo de urbanização pode ser dividido em:

urbanização de status – que ocorre quando periferia é acrescida de maior valor

cobrança de impostos, a oferta de crédito, a regulamentação urbana, e o

controle da ocupação do solo. O Estado divide-se na esfera federal estadual e

municipal, e caracteriza-se como principal garantidor da realização e a

reprodução do capital.

Aos excluídos dos bens e serviços oferecidos pelo mercado e pelo Estado

resta uma estreitíssima margem de ação. Sem acesso à habitação, resta-lhes a

ocupação de terrenos não utilizáveis pelo capital e a autoconstrução. Mesmo

quando a valorização dos terrenos alcança as favelas, sua população não é

significativamente favorecida, sendo apenas gentrificada, excluída dos centros

urbanos e da proximidade dos locais de trabalho. Sua sobrevivência per se é

uma forma de resistência à gentrificação promovida pela renovação urbana,

que os marginaliza espacial- e efetivamente do mundo do trabalho.

Nos espaços urbanos desenvolvem-se processos e formas espaciais

antagônicos e concomitantes: há centralização e descentralização, coesão e

segregação, dinâmica e inércia. A centralização agudiza-se com o

desenvolvimento capitalista, especialmente quando as consequências da

Revolução Industrial levaram à inundação do centro das cidades com produtos

vindos de centros distantes – surgem as magazines e as lojas de

departamento. As ferrovias passaram a conectar as áreas centrais às áreas

industriais através do transporte intraurbano e inter-regional. Surge então a

área central, ou o que podemos chamar de Central Business District (CBD):

denso, vertical, horizontalmente limitado, centro de transporte intraurbano, área

de decisões e de atividade diurna. Em oposição, conforma-se a periferia:

menos densa, mais horizontal, ocupada por residências de baixo status, e

centro de transporte inter-regional.

Recentemente, as áreas centrais passaram por um processo de

descentralização. Essa redefinição funcional e social do espaço urbano operouse

devido à maior economia para empresas que se mudaram para áreas

menos valorizadas, ao congestionamento

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