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O espaço urbano e a arquitetura nos dias de hoje

Por:   •  17/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.616 Palavras (7 Páginas)  •  625 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

        O espaço urbano e a arquitetura nos dias de hoje tem suma importância para serem executados adequadamente no espaço, no meio onde inserido e trazendo a todos que o utilizam conforto e praticidade.

        O objetivo desse trabalho será fazer um levantamento das transformações no tecido urbano de alguns bairros centrais da cidade de São Paulo tendo como foco principal o bairro Cidade Jardim que é um bairro nobre pertencente ao distrito do Morumbi, localizado na Zona Oeste de São Paulo, às margens do Rio Pinheiros, limitando-se com os bairros: Jardim Guedala, Pinheiros, Jardim Panorama, Chácara Itaim e Jardim Paulistano, mostrando a evolução da hierarquia viária, juntamente com as quadras e todo o traçado urbano, mostrando a diferença entre bairros planejados como a Cidade Jardim, e outros que o traçado foi surgindo de acordo com o crescimento do tecido, sem planejamento.

        A escolha desse tema tem como justificativa a necessidade de atenção dos futuros ou recém-formandos arquitetos e urbanistas, que muitas vezes falta com a atenção em assuntos de grande importância para a sociedade na qual se executa o projeto realizado, como a ergonomia e a necessidade da importância com as pessoas que estão ligadas diretamente com o meio ambiente e o espaço em que habitam/utilizam.

        Como possível resultado, nos deparamos com uma informação imprescindível na vida de qualquer arquiteto e urbanista, tendo como resultado principal a conscientização dos mesmos e melhorando a qualidade de vida das pessoas e das construções nas cidades, seja para morada, para trabalho ou lazer, criando uma ligação da edificação com os demais equipamentos (mobiliário urbano, vias, etc.) presentes no espaço urbano.

 

2. REVISÃO DA LITERATURA

Em 1933, no CIAM – Congresso Internacional De Arquitetura Moderna – realizado em Atenas, se estabeleceram os princípios do “Urbanismo Moderno” e, se produziu um documento que ficou conhecido como A Carta de Atenas, que foi publicado oito anos depois, em Paris, tornando-se referencia para muitos urbanistas, principalmente por causa das ideias funcionalistas.

Segundo Duarte (2010), a produção da arquitetura tem como parâmetro a qualidade de vida da sociedade, ideia similar com a de Feiber (2005), que prioriza o homem e o meio ambiente, ambos questionam a baixa qualidade de formação dos novos arquitetos e urbanistas, que muitas vezes não atendem as necessidades do meio urbanístico e não fazem modificações necessárias para abrigar novos equipamentos urbanos.

Segundo Duarte (2010), o pós-modernismo deu-se após a segunda guerra mundial juntamente com a necessidade de reconstrução das cidades, renovando o tecido urbano de forma rápida e eficiente (Cacciari, 1973). Nessa metrópole se encontraria o emprego ideal, a habitação decente e o bem estar como uma totalidade de suas funções fornecidas dentro de distâncias a pé. Porém, logo os aspectos negativos dessa nova escala urbana metropolitana moderna apareceu que segundo Munford (2001), seria a escassez de água, de transporte, de terra urbana e a destinação e eliminação do lixo urbano.  

Segundo Abascal, Collet e Alvim (2007), a ideia de modernização nada mais é do que obras de embelezamento da cidade. Para elas, juntamente com o rápido crescimento populacional, veio junto necessidades de soluções relativas à infraestrutura, como energia, saneamento e principalmente, circulação. Modernização aqui é inserir a cidade no contexto mundial. Na década de 50 a moderna indústria automobilística que aqui no Brasil de instalou é o fator da qual irá influenciar decisivamente e consequentemente a metropolização.

Segundo Meyer (2000) a infraestrutura urbana contemporânea cumpre a função básica de organizar os sistemas e subsistemas urbanos, estruturando a metrópole e organizando os fluxos que evita a dispersão funcional. Para Paiva (2002), é necessário que dentro do espaço urbano haja um intercambio de fatores que qualificam a vida, compreendendo a cidade como um aglomerado que participa de um todo maior. Já para Jacobs (1994) a setorização da cidade fraciona o convívio, numa fragmentação de classes econômicas e distinção social que segundo Berman (1986), implica em divisões interiores nos próprios indivíduos. Santos (2006) afirma que há um desfavorecimento das classes sociais menos favorecidas o que engloba também problemas de higiene e também na questão habitacional.  Segundo ele as ações de intervenção no espaço urbano historicamente estão muitas vezes voltadas para a dominação do poder político pelas elites causando a tal segregação sócio-espacial.

Para Naclerio (1980) impunha-se a segregação das moradias populares e usos desprestigiados nas áreas menos valorizadas.

Já Corbusier (1992) afirma que cada função urbana deve corresponder a um espaço distinto, defendendo a cidade segregada segundo seus usos e funções urbanas, caracterizada pela estreita separação entre habitar e trabalhar conectados pela função circular.

A definição artística de arquitetura é a arte e a ciência de projetar e construir edificações de acordo com critérios estéticos e funcionais (Burder, 2006).

Segundo Cullen (2002), a paisagem urbana é a soma de edificações, equipamentos e estruturas urbanas.

Para Feiber (2005) a produção do espaço urbano está focada no individuo e sua cultura, sendo que o espaço deve ser elaborado para o homem e as cidades devem atender as suas necessidades. Segundo Santos (2006) o urbanismo tem a cidade como principal objeto de estudo e intervenção. Feiber (2005) ainda aponta um constante empobrecimento dos cenários urbanos, que se dá pela falta de atenção da relação entre o homem e a sua cultura com o ambiente natural. Segundo ele, a ergonomia inserida no espaço urbano busca uma qualidade de vida melhor, mantendo o equilíbrio no dia-a-dia da sociedade.

Segundo Santos (2006), foi elaborado em Salvador um plano de urbanismo, prevalecendo o sistema de cidade jardim, porém esse plano não se efetivou plenamente.

Em São Paulo, objeto de estudo, se instalou as cidades jardins como meio de intervenção urbana. Para Abascal, Collet e Alvim (2007), no começo da década de XX em São Paulo com o rápido crescimento da cidade e a necessidade de modernização da mesma, se dá com: a instalação de um nó ferroviário estratégico; geração e transmissão de energia; construção do viaduto do Chá; configuração do Centro Novo (Rua Barão de Itapetininga); Instalação de loteamentos de alto padrão; Plano de Avenidas, elaboradas por Prestes Maia; verticalização da cidade com os arranha-céus e construção dos bairros Jardins.  

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