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O que é o belo

Por:   •  3/3/2017  •  Dissertação  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  579 Visualizações

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Instantaneamente somos atraídos todos os dias por aquilo que consideramos belo, mas o que é belo?

O belo nos ajuda a orientar visualmente sobre o que é bom ou ruim, é nossa comunicação intuitiva e a utilizamos em todo momento, mesmo sem perceber, aderindo o que nos agrada e recusando o que não nos atrai. A beleza é observada por diversas civilizações e com suas determinadas particularidades.

Os primeiros teóricos da estética foram os gregos, mas como “ciência do belo” aparece pela primeira vez em obras de alemães. Kant, com sua obra no século XVII, lançou a estética desmenbrando-se e tornando-se uma disciplina filosófica independente. O conhecimento do Belo para o filósofo é visto como a perfeição do conhecimento sensível, no entanto, essa perfeição é considerada uma apreensão da realidade menos clara que o saber do tipo lógico.

Kant pretendia deslocar o centro de existência da Beleza do objeto para o sujeito e mostrar que os problemas estéticos eram insolúveis. Essa impossibilidade vinha da diferença entre os juízos estéticos (ou juízo de gosto) e os juízos de conhecimento. O primeiro emite conceitos que possuem validades gerais, por se basearem em propriedades do objeto. Já o outro decorre de uma simples reação pessoal do contemplador diante do objeto e não de propriedades.

Crítica da faculdade de juízo segundo Kant – “é belo o que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação universal” – apesar do juízo estético sobre as coisas serem subjetivas, ou seja, pessoal, há aspectos universais nessa percepção para os indivíduos. Com os nossos sentidos e imaginações torna-se possível à percepção estética e, assim, pode haver uma universalidade nas avaliações estéticas. Esse filófoso entendia que o juízo estético não é realizado pela razão e sim pela imaginação que nos traz prazer, o que é subjetivo, já que está relacionado com o prazer ou não de cada ser. Kant cita em sua obra que “belo é o que apraz universalmente sem conceito”, isso significa que é impossível definir o belo, pois quando julgamos que algo é simples a representação da beleza está perdida, já que a beleza está na complexidade. Quando dizemos que algo é belo, esperamos que seja uma concordância universal, e não individual, pretendendo que esse julgamento seja voz universal, pois contém uma expectativa de que aquilo que consideramos belo seja realmente belo. Para Kant, o juízo de gosto seria uma vinculação entre o Belo e o Sentimento de prazer e como alguns objetos despertam, em várias pessoas, o mesmo sentimento de prazer.

Kant chama a beleza ligada as artes figurativas de aderente e as que se ligam as artes abstratas, de livres, que representam formas puras. Para ele, a única beleza esteticamente pura seria a concepção do prazer desinteressado, assim como a satisfação determinada pela Beleza livre.

Sócrates foi um pensador da Beleza e separou a moral e a política. Ele entendia que a beleza também era constituída entre a harmonia existente em todos os homens que vivessem em acordo, levando a uma sociedade justa. Sócrates disse que na natureza nem tudo é perfeito, sem escapar das imperfeições e assim, quando os artistas forssem reproduzir obras belas, deveriam recorrer à reunião de várias belezas espalhadas pela natureza, tentando alcançar o Ideal do Belo. O mesmo é a união de vários pedaços que compõem a natureza e o caminho se faz da desordem para a ordem. Apenas por meio do conhecimento é que poderíamos ver a Beleza em sua plenitude, já que a beleza é eterna e imutável, nunca sendo outra coisa a não ser a própria beleza, única e absoluta. A beleza em si, não é um corpo, mais é através dele, principalmente pela audição e visão, que conseguiríamos nos aproximar o máximo da Beleza. Sócrates ensinou aos seus discípulos que tudo que se pode chamar de Belo é útil, exercendo uma função.

Platão era discípulo de Sócrates e dizia que as artes estão muito abaixo da verdadeira beleza que a inteligência humana se destina a conhecer e também, que em comparação com a ciência é inútil os artistas que pintam e esculpem, pois o que produzem é inconsciente e ilusório. Ele também reflete que a música e a poesia exercem granda influência em nós, positiva ou negativamente. Platão conseguiu transformar em problema filosófica a existência e a finalidade das artes, assim como Sócrates havia problematizado a natureza. O verdadeiro ser das coisas é, para Platão, a essência que não muda, permanecendo idêntica e estática nos indivíduos. O pensamento platônico é que o Belo, como valor atribuído às coisas, experimente da beleza universal, que é constituída de uma ideia, a concepção que essas palavras adquirem na filosofia de Platão. As coisas belas, enquanto participam da beleza transcendental e que faz parte do Ser, falam por meio dos sentidos. As três espécies de beleza (estética, moral e espiritual) se convertem em filosofia platônia sobre o Ser. Segundo Platão, antes de nascer, a alma contempla todas as coisas belas do universo e, essa experiência é tão forte que, todas as coisas belas ficam gravadas na alma. Ao

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