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Plano de Revitalização do Bairro do Recife

Por:   •  3/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.738 Palavras (7 Páginas)  •  237 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA[pic 1][pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO - DAU

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISIMO – UEMA

JULIANE BEZERRA

PLANO DE REVITALIZAÇÃO DO BAIRRO DO RECIFE

Das propostas às consequências

São Luís- MA

2017

JULIANE BEZERRA

INTERVENÇÕES EM SÍTIOS HISTÓRICOS

PLANO DE REVITALIZAÇÃO DO BAIRRO DO RECIFE

Das propostas às consequências

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São Luís- MA

2017

  1. BREVE HISTÓRICO SOBRE A CIDADE DE RECIFE

A cidade de Recife foi iniciada juntamente com as capitanias hereditárias, em 1534. Seu nome se deve à abundante quantidade de recifes encontrados no litoral da região.

Quando, em 1630, os holandeses vieram para o Brasil atraídos pela cana-de-açúcar, firmaram-se em Recife, que apresentou grande evolução quando o conde Maurício de Nassau assumiu o seu governo, contratando arquitetos, engenheiros e paisagistas da Europa para melhorar a aparência da cidade. Mesmo após a expulsão dos holandeses, em 1654, Recife já se consagrara um entreposto comercial do litoral brasileiro. A rivalidade com a cidade de Olinda, que foi preferida pelos senhores de engenho e era a então atual capital de Pernambuco, deu início a Guerra dos Mascates (1710), visto que Olinda queria manter o controle político na região, sobretudo com relação à próspera cidade de Recife. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado, e com Recife sendo nomeada sede administrativa de Pernambuco, em 1712.

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                           Planta cartográfica da cidade do Recife de 1856. FONTE: Google Imagens

Atualmente, as atividades comerciais e de prestação de serviços são predominantes e respondem por 95% de todo o valor da riqueza gerada. Recife abriga o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital, além de sediar o mais importante polo médico do Norte/Nordeste. Apesar da base econômica moderna, Recife ainda absorve grande quantidade de mão-de-obra da economia informa, setor ligado a pequenas empresas e microempresas, caracterizando a cidade.

Dentre os pontos turísticos, que são abundantes na cidade, o Bairro do Recife destaca-se por ser a principal atração urbanística, por possuir um conjunto arquitetônico e cultural de destaque.

  1. O BAIRRO DO RECIFE
  1. Histórico do Bairro

O bairro do Recife, antes conhecido como Arrecifes dos Navios, surgiu em meados do século XVI, inicialmente funcionando como um porto, devido ao ancoradouro natural formado pelos recifes na faixa litorânea. Com a colonização portuguesa, houve crescimento da produção e da exportação de cana-de-açúcar, dando origem aos primeiros povoados de origem europeia ao longo do porto.

Somente com o domínio holandês, no século XVII, o bairro, que antes tinha um crescimento desordenado, passou a ter um planejamento adequado. O padrão urbanístico português foi alterado e o povoado ganhou conotações urbanas com a construção da Ponte Maurício de Nassau, que ligava as ruas e avenidas da capitania. Após a Guerra dos Mascates, comerciantes locais instauraram a Vila de Santo Antônio de Recife. Com o passar do tempo, o Bairro do Recife foi se desenhando sem um padrão urbanístico definido, habitado por povos de diversas culturas que transformaram o aspecto do bairro.

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Antiga Rua dos Judeus, Bairro do Recife Antigo. FONTE: Google Imagens

  1. As propostas de Revitalização Urbana

Com o passar dos anos, o Bairro do Recife foi sofrendo grande descaracterização, com a deterioração das construções existentes, mudança do setor comercial para outra parte da cidade e, posteriormente, abrigando cortiços, gerando uma “periferia na centralidade”.

A primeira intervenção de valor significativo no bairro ocorreu em 1910, com as propostas de melhoria para o porto. Como nas demais localidades portuárias do país, a reforma seguiu a mesma tendência que associava modernização da estrutura portuária com renovação urbana: ela não apenas melhorava as condições operacionais do comércio exportador/importador, como também delineava uma nova imagem para a cidade, reflexo das novas elites da economia financeira e urbana em Pernambuco, conforme ressalta Cátia Lubambo (1991) e citado Rogério Proença Leite.

Mesmo que as propostas iniciais de melhoria se mantivessem apenas na região do porto, o bairro inteiro sofreu com as políticas de higienização que vigoravam na época, principalmente os sobrados característicos do Recife Antigo. Quase todo o bairro foi demolido, com o que ainda restava de exemplares da arquitetura colonial.

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Intervenções Posteriores à Reforma de 1910. FONTE: Google Imagens

Entre os anos 50 e 80, o bairro mergulhou num lento e gradual processo de deterioração, típica das áreas centrais das grandes metrópoles, sendo revertida essa situação a partir da implantação do Plano de Revitalização do Bairro do Recife.

  1. Plano de Revitalização do Bairro do Recife

O Plano de Revitalização do Bairro do Recife surgiu na década de 90, como um plano para transformar a economia estadual, sendo um dos seus pilares o crescimento do setor turístico, gerenciado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Diferentemente do Escritório do Bairro do Recife, primeira proposta de recuperação do bairro, o plano tinha como objetivos conservar o patrimônio histórico e cultural, além de transformar a economia do bairro, tornando-o um centro regional de serviços modernos, de comércio, de lazer e de cultura para a população da cidade, e centro de atração turística nacional e internacional.

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