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RESENHA TEORIA DA ARQUITETURA E URBANISMO

Por:   •  20/3/2016  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  1.464 Visualizações

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ARGAN, Carlo. O Tratado “De re aedificatoria”. In: ARGAN, Carlo. História da Arte como História da Cidade. Martins Fontes: São Paulo, 2005.

Teoria da Arquitetura e Urbanismo I

Isabella Cristina Ramos Ferraz

Nesse capítulo, Argan busca explorar a visão de Alberti em relação à arquitetura, certas vezes comparando-o com Vitrúvio de maneira que transmite conhecimentos distintos e, sobretudo, interessantes, em relação ao mesmo assunto. Primeiramente, sabe-se que, logicamente, Alberti foi um leitor de Vitrúvio e, ao escrever seu tratado, soube explicitar suas ideias, além disso, defende-lás, mesmo que fossem contrárias. Percebe-se isso no texto quando se diz que Vitrúvio tratava a arquitetura focado mais na construção, na arte de construir e Alberti via a questão como algo muito mais amplo, relacionando-a com o significado e com o todo e, consequentemente, com o urbanismo.

Dessa maneira, Alberti explicou arquitetura com um cunho mais filosófico e sociológico, citando as artes, a matemática, a natureza, a cidade, e o governo. A partir disso, ele propunha uma nova arquitetura. Essa nova arquitetura tinha que ser muito mais que um espaço e construção e Argan interpretou isso ao escrever: [...] o espaço não é mais entendido como o lugar da figura ou do objeto, um vazio que é ocupado por um corpo sólido, mas como a dimensão de uma ação “histórica”, que na sua dinâmica revela simultaneamente as causas e os efeitos, as decisões e os atos. (p.110).

Devido à influência humanista, é nítida uma preocupação de como a arquitetura interferiria na natureza, ela não deveria ser apenas uma construção ali inserida, mas sim uma harmoniosa extensão daquela natureza. O que se pode entender é que, a edificação, por modifica-lá, teria que ser pensada de maneira que não a impactasse sem um esclarecimento. Nessa mesma corrente entendida com um certo equilíbrio, Alberti explicou a relação entre ornamento e a estrutura dizendo que ambos eram necessários e deveriam ser coerentes.

Em relação às cidades, Vitrúvio tratava Roma como um centro e as outras como seus reflexos. Diferentemente, Alberti, como já foi dito, tratava da arquitetura como algo muito mais que material, e assim, entendia que cada cidade tinha sua autonomia, isso pelas várias relações que as constituíam, tornando-as o Estado, e não um Estado advindo de um Império como acreditava Vitrúvio.

Chegando ao final do capítulo, Argan trata da parte, talvez, mais técnica que Alberti definiu em seu tratado, começando com as seis categorias: régio, área, partitio, paries, tectum, apertio. (p.115). O que se entende é que elas são as constituintes da construção, partindo desde o terreno da edificação no espaço até as paredes e teto, assim, se complementando. Além disso, ele estuda também as linhas e os ângulos na construção das cidades e na zona rural, mostrando as diferenças na disposição desses elementos ao formar o desenho de cada uma.

Sendo assim, após toda essa análise, pude entender que Alberti buscou entender o pensamento antigo de Vitrúvio e o trouxe para o momento em que vivia, porém com as adaptações que ele julgava necessárias para aquela nova época. Ademais, ele quis mostrar que a arquitetura é baseada em fatores que ultrapassam a questão matemática, física e material, principalmente por ser feita para um propósito, o qual leva em conta todo o contexto de quem vai usufruir, ou ser impactado com aquilo. Todas essas relações que, na minha opinião, são imprescindíveis, resultaram nessa grande obra de Alberti que é muito relevante, importante e estudada até os dias de hoje.

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