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RESUMO: OS TRATADOS DO SÉCULO XX: EDIÇÕES ESPECIAIS

Por:   •  20/10/2019  •  Artigo  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  273 Visualizações

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RESUMO: OS TRATADOS DO SÉCULO XX: EDIÇÕES ESPECIAIS.

Os tratados de arquitetura ressurgiram com o Renascimento e se espalharam por todo o planeta. Sobre a arquitetura da antiguidade, tem o trabalho do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio, seu tratado, De Architectura libri decem, foi a inspiração para o primeiro tratado da época moderna, o De Re aedificatoria libri decem, de Leon Battista Alberti. A partir de então, foram aparecendo tratados até chegar no conhecimento sobre a arte de projetar, a arquitetura.

Exemplos desse tipo de produto cultural são: Sette libri dell'architettura, trabalho de uma vida de Sebastiano Serlio (1475-1554); o influente Regole delle cinque ordini d'architettura (1562), de Giacomo Barozzi da Vignola (1507-1573).  No século XV, a invenção da imprensa de tipos móveis e o aperfeiçoamento do trabalho com gravuras em metal permitiram que os tratados fossem impressos sob a supervisão dos respectivos autores. Os tratados se espalharam por toda Europa nos séculos XVI e XVII, sendo fonte de inspiração para gerações de arquitetos no mundo.

As publicações desses tratados foram feitas até meados do século XX, para necessidades técnicas e estéticas dos estudantes e dos professores de arquitetura e de outras disciplinas. O prólogo à edição castelhana do tratado de Vignola, diz:

‘Com a aparição deste volume, fruto de dois anos de intenso trabalho, a empresa editora considera-se amplamente satisfeita ao ver cumprido seu desejo de oferecer aos estudantes das faculdades, escolas técnicas e academias de Belas Artes, e a quem ministra aulas nesta matéria, uma obra tecnicamente insuperável que há de permitir-lhes sanar os inconvenientes de toda ordem que derivam dos textos já conhecidos. ’ (VIÑOLA, 1948, p. 3)

 A força dessas publicações baseia se justamente, nesse amparo técnico e na precisão de suas informações.

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Mesmo que o “Estudo das Cinco Ordens da Arquitetura” deva ser considerado como “best-seller”, vários outros o fizeram de uma forma acumulativa, os novos tratados se manifestavam como continuações ou comentários dos tratados anteriores, criando uma corrente de pensamento que se pode remeter até o século XV.

No século XVIII, teve obras magníficas, como o Précis dês leçons d’architecture, de Jean-Nicolas-Louis Durand, que influenciaram todo o desenvolvimento da arquitetura da primeira metade do século XIX. Os tratados eram uma fonte de conhecimentos, algo divino da arquitetura, o qual revelava os caminhos da arquitetura.

Porém, na segunda metade do século XIX, a crítica ao classicismo pelos autores como John Ruskin ou Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc, pôs em questão a forma do conhecimento da arquitetura. O principal questionamento partiu da crítica, de arquitetura nasceu como ‘reivindicação de uma nova estética capaz de atender à sensibilidade romântica’.

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A historiografia defendeua igualdade de interesses sobre a produção arquitetônica do homem, equiparando a produção gótica à clássica. Como no trabalho do Dictionnaire raisonné de l’architecture française Du XI au XVI siècle5, de Viollet-le-Duc, por exemplo. O século XX recebeu essa herança nos moldes de uma abertura das possibilidades que o ecletismo permitiu e respondeu, multiplicando ainda mais as alternativas. A difusão das novas ideias requeria também novos meios de transmissão do conhecimento.

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As revistas assumiram assim, o papel que os tratados antigos tinham exercido nos tempos anteriores às publicações de massas, transformando-se nos “tratados do século XX”. A influência que esses meios de comunicação exerceram na formação profissional e na crítica da época foi enorme. Revistas como Die Form15, por exemplo, foram um canal privilegiado de apresentação de projetos e de críticas de arquitetura que consolidaram o pensamento e a construção da Arquitetura Moderna. Os primeiros projetos de Mies van der Rohe, assim como alguns de seus primeiros textos foram publicados aqui. Revistas como Ma Aktivista Folyoirat17, circula9vam na Europa Central eram parte dos intercâmbios que os diferentes “editores” realizavam constantemente, não só para conseguir material novo, mas também para incrementar a discussão e o diálogo entre as diferentes correntes que se estavam gestando naqueles tempos tempestuosos

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Wright destaca-se, como um antecedente importante, o número monográfico que sob o nome de Ausgeführte Bauten und Entwürfe von Frank Lloyd Wright (Edifícios concluídos e projetos de Frank Lloyd Wright), foi publicado pelo editor alemão Ernst Wasmuth e que ficou conhecido como Wasmuth Portfolio.

A difusão da obra de Wright, e de seu prestígio, não teriam sido possíveis sem esse numero monográfico. O alemão apresentou a obra do grande mestre em dois cadernos, contendo 100 litografias, onde o próprio arquiteto se apresentava, com desenhos próprios e de seus colaboradores, obras construídas ou projetadas entre 1893 e 1909.

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