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Reconstruindo Uma História Esquecida: A Origem e Expansão Inicial das Favelas do Rio de Janeiro

Por:   •  23/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  468 Visualizações

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URBANISMO B

2° Semestre

FICHAMENTO/RESUMO DO LIVRO:

Reconstruindo uma história esquecida: origem e expansão inicial das favelas do Rio de Janeiro

                                                                                                       Maurício de Almeida Abreu.

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Wesley Gabriel Garcia G. de Lara

RA: 18708503 – Grupo 05                   Profª: Mônica Manso Moreno

Reconstruindo uma história esquecida: origem e expansão inicial das favelas do Rio de Janeiro

Maurício de Almeida Abreu.


Para compreender melhor o surgimento das favelas, é necessário retornar ao ano de 1888, cuja abolição da escravatura foi promulgada. Entretanto, tal ocorrido não trouxe condições de moradia e acessibilidade básicas para que essa população, antes escravizada, pudesse manter sua vida dignamente. Nesse sentido, pode-se dizer que esse foi um dos processos iniciais para a formação dos conjuntos habitacionais periféricos.

Uma das características que marcam a história da urbanização do Rio de Janeiro é, sem dúvidas, a formação das favelas no final do século XIX e início do século XX. A partir disso, quando Alfred Agache realiza o primeiro plano urbanístico da cidade, em 1930, expõe o fato de que, apesar de ser uma cidade abastada, não deixa de ser uma província. Tal relato contrasta com a realidade brasileira, cuja desigualdade social e econômica se apresenta em exuberante escala, mas que, no entanto, intensifica-se no Rio, o que garante a concretização de uma imagem de lugar exótico da cidade. Ademais, é importante ressaltar que durante esse processo de formação ocorreram diversos fatores que contribuíram para a construção da cultura brasileira e do imaginário popular. Por um lado, as favelas são o “berço do samba carioca”, por outro, o centro da marginalidade.

A partir da primeira década do século XX as favelas já começam a fazer parte da malha urbana, o que explica o fato de, em 1991, as 545 favelas da cidade já concentrarem aproximadamente 1.100.000 habitantes. Contudo, ainda que esse crescimento exponencial tenha ganhado dimensões físicas preponderantes, somente em 1930 que tais habitações começam a ser notadas oficialmente – antes, eram vistas apenas como habitações temporárias ilegais e, por isso, os poderes públicos não as consideravam como algo relevante à cidade. Para eles, as favelas simplesmente não existiam. Embora a legislação trabalhista e social estabelecida pelo Governo Vargas tenha beneficiado essa população, a situação das favelas não sofreu mudanças significantes, uma vez que a visão acerca dessas moradias ainda implicava em algo temporário. O que, indubitavelmente, acarretou em estatísticas ausentes nos documentos oficiais da cidade. Somente em 1940, quando se estabelece um plano de “higienização da cidade”, que essa situação de registro passa a sofrer mudanças. Contudo, tal plano que visava iniciar um processo de erradicação das favelas, fracassou miseravelmente, implicando em maior coleta de dados e, por conseguinte, maior exposição dos mesmos. Em contraste a esse fato, a repercussão acerca das condições sociais dessas habitações apenas ganhou mais espaço nas políticas públicas, pois, na época, o Partido Comunista foi grandiosamente acolhido pela população residente das periferias.

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