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Relatório de análise edifício EIFFEL

Por:   •  23/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.841 Palavras (8 Páginas)  •  249 Visualizações

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EDIFÍCIO EIFFEL, OSCAR NIEMEYER, 1953-56

SÃO PAULO

2018

SÃO PAULO

2018

SUMÁRIO

1. FICHA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO 4

2. CONTEXTO HISTÓRICO 5

3. A INSPIRAÇÃO 7

4. O PROGRAMA 8

5. MATERIAL GRÁFICO 10

6. FOTOS 13

7. DEPOIMENTO 14

8. REFERÊNCIAS 15

1. FICHA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO

Arquiteto: Oscar Niemeyer

Localização: Praça da República, 177 - Centro, São Paulo – SP

Área do terreno: 1.090m²

Área total construída: 9.950m²

Ano do Projeto: 1953

Construção: A. Salfati & M. Buchignani

Período de construção: 1953 - 1956

Uso: Habitacional com comércio no térreo

2. CONTEXTO HISTÓRICO

A Praça da Republica é um pequeno bairro e também um dos menores distritos da capital paulista, embora no inicio de sua existencia tenha sido um largo longe do centro da cidade.

No século XIX, a atual praça era destinada a treinamentos militares e era conhecida como praça da Legião, como ponto de referência para chegar até ela, usava-se a Chácara do Chá, de propriedade de Joaquim José dos Santos, o barão de Itapetininga, e da chácara do general Arouche.

Em 1817, o local passa a se chamar praça do Curro, após o engenheiro Daniel Pedro Muller implantar uma grande área de lazer e recreação pública com um anfiteatro de madeira para as populares touradas e cavalhadas.

Com o tempo, as touradas deixaram de acontecer e o local ficou abandonado, tornando-se um espaço de treinamento de chocheiros e cavalos. Nessa época, a região foi sendo ocupada. Com a Proclamação da República, em 1889, a praça ganhou seu nome definitivo e passou a ser um marco no crescimento da cidade, principalmente depois da inauguração do Viaduto do Chá e em seguida, frequentada por pessoas de classe alta, após inaugurada a Escola Caetano de Campos.

Em 1905, no auge da grande imigração, a praça foi totalmente reformada e concretizada, até hoje, como um ponto de referência.

Ao seu redor foram construídos grandes edifícios, como o Eiffel, por exemplo, Em 1953. A década de 1950 foi um período de grandes mudanças no ramo das artes e da arquitetura em São Paulo.

A migração de cerca de 24% da população rural para os centros das cidades ocasionou a intensificação populacional, decorrente principalmente pelo crescimento da indústria têxtil.

Além da mudança populacional, os usos, em especial do centro novo de São Paulo mudava, teatros, cinemas e casas de show faziam parte do programa de muitas famílias e a vinda da primeira Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 20 de outubro de 1951 intensifica a demanda cultural. Na praça da República, por exemplo, nos anos 50, colecionadores se encontravam para trocar mercadorias e novidades. Na década seguinte tornou-se referência hippie do Brasil. Ali se reuniam os artistas de vanguarda, expondo suas obras e idéias.

3. A INSPIRAÇÃO

Trata-se de uma curiosa adaptação do protótipo “arranha-céu cartesiano” projetado por Le Corbusier como edifício modelo replicado em planos urbanísticos para cidades como Barcelona, Buenos Aires e para a ilha de Manhattan. Diferentemente da variação proposta pelo arquiteto brasileiro, o edifício “corbusiano” não é escalonado.

4. O PROGRAMA

São 54 unidades de apartamentos com dois, três ou quatro dormitórios. Os maiores ficam nas laterais e os demais concentrados na torre central de 23 andares. O espaço do térreo é ocupado por pontos comerciais, com usos como: lotérica, lojas e agência de turismo. Os andares superiores, figuram apenas unidades residenciais. Duas delas estão vagas, uma para locação e outra para venda.

Em todos os apartamentos, o acesso a unidade ocorre pelo pavimento superior que abriga os ambientes de serviço e social (cozinha, estar e jantar), os dormitórios encontram-se no pavimento inferior. Trata-se de uma inversão da lógica comum aos duplex (acesso pelo pavimento inferior, com os dormitórios no piso superior). Com isso, a sala de uma unidade não fica sobre o dormitório de outra, evitando-se assim um possível desconforto acústico nos quartos, áreas destinados ao descanso.

A face do edifício Eiffel esta voltada para a praça da República e possui tratamento que resulta em uma interessante organização geométrica proveniente da modulação dos ambientes em planta. Os fechamentos dos módulos da fachada correspondem ao respectivo ambiente interior: as salas e parte dos dormitórios são protegidos por plano transparente do piso ao teto, cozinha e área de serviço possuem fechamento integral em painel vazado com orifícios circulares. Já outra parte dos dormitórios é preenchida por uma fusão das duas anteriores, uma superfície envidraçada sobre peitoril definido pelo mesmo painel vazado, só que nesse último caso, os orifícios circulares são fechados por peças cilíndricas de vidro.

Como as unidades são duplex, o programa não repete os fechamentos em pavimentos sucessivos, desse modo, a fachada ganha movimento alternado em uma composição que combina módulos transparentes (sala e dormitórios), vazados (serviço) e transparentes com faixa inferior vazada (dormitórios).

O volume horizontal relaciona-se diretamente aos recuos impostos pela legislação do período e

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