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Resenha Livro Cidades invisiveis - Italo Calvino

Por:   •  6/5/2019  •  Resenha  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  425 Visualizações

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UMA RESENHA CRÍTICA SOBRE O LIVRO “AS CIDADES INVISIVEIS – ITALO CALVINO.”

Geovana Maria Pereira

Criciúma, 18

RESENHA CRITICA DO LIVRO: “AS CIDADES INVISIVEIS” - ITALO CALVINO

FICHA TÉCNICA

Livro: As cidades invisíveis

Autor: Italo Calvino

Editora: Companhia das letras

Cidade: São Paulo

Edição: 1ª ed.

Ano: 1990

Título original: Le città invisibili

Tradução: Diogo Mainardi

Edição em português

Brochura

152 páginas

Dimensões: 14x21x0,5 cm

Peso: 350g

Preto e branco

ISNB: 85-7164-149-8

RESUMO E APRESENTAÇÃO DA OBRA

O livro “cidade invisíveis” conta a história de um viajante que passa por 55 cidades, dividida em 11 temas, descrendo detalhadamente e magicamente ao longo de 152 páginas suas aventuras, para seu imperador.

A história se passa por volta do século 13, em Cambulac, atual Pequim, onde um viajante veneziano, nomeado Marco Polo, a serviço de seu imperador Kublai Kan, que tinha o desejo de montar um império, envia seus servos para viajar e relatar sobre os diversos locais por onde passavam, já que não podia velos com seus próprios olhos, fazendo de Marco Polo seu instrumento para assim franquiar as maravilhas de seu império. Quando chega ao império de Kublai Khan após ter viajado por aproximadamente 30 dias, chegando a capital do imenso império de Khan, onde ele passa 17 anos de sua vida, desempenhado diferentes funções diplomáticas na corte de Khan.

Marco polo então descreve detalhadamente sobre as 55 cidades por onde teria passado, de forma curta e agrupadas em 11 temas: “as cidades e o nome”, “as cidades e a memória”, “as cidades e o desejo”, “as cidades e os símbolos”, “as cidades delgadas”, “as cidades e as trocas”, “as cidades e os olhos”, “as cidades e os mortos”, “as cidades ocultas”, “as cidades continuas”, “as cidades e os céus”, sempre dando-lhes nomes de mulheres, como Dorotéia, Anastácia, Cecília, Teodóra, entre outros. E em cada grupo dessas cidades podemos perceber diversos encantamentos ou armadilhas. Ao longo do livro Polo segue descrevendo as cidades de maneira fantasiosa e mágica para seu imperador Khan.

As cidades imaginárias, interpretando o meio urbano através de relatos.

CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. 1ª ed. [Le città invisibili, 1972] Tradução: Diogo Mainardi. 152p.

Esta resenha tem por objetivo fazer uma análise crítica, do livro As cidades invisíveis de Italo Calvino, analisando a arquitetura dos séculos passados, pela visão do autor, e objetivando o aprofundamento do pensar e do olhar sobre as cidades. Este romance de Calvino foi publicado em 1972, época em que o realismo mágico estava em alta, por isso fica evidente a forte influência sobre o autor, exaltando a realidade, de forma a criar um diálogo fantástico entre os personagens. Desta forma, podemos observar que as descrições feitas por Marco Polo das 55 cidades por onde passou, não se tratam somente de cidades em si, mas, do comportamento dos habitantes destas cidades, e como isso define elas, com suas características peculiares, definindo também os moradores destas cidades, deixando evidente o quanto os dois estão interligados desde os séculos passados.

Analisando a obra por um olhar do universo urbano, entende-se que o urbanismo e as cidades em si, são muito mais complexas e vão muito além de simples edificações e cidades. Sendo cada cidade algo único, tanto em suas paisagens, seus moradores e construções, destacando-se por suas riquezas, ou por suas semelhanças, tornando cada uma delas única. Cada uma das 55 cidades citadas no livro, nos remetem a um simbolismo e imagens que nos fazem entende-las e imagina-las, assim como os 11 tópicos do texto com nomes de cidades nos mostram quase que imperceptivelmente que todas as cidades tem algumas características em comum, e ao mesmo tempo essas característica são individuais de cada uma delas. Ao pensarmos nessas cidades nos tempos atuais, percebemos que cada uma tem sua identidade, e cada memória, ou lembrança nos faz dar um sentido para cada lugar. Assim como as influencias que estas cidades tem do passado, como por exemplo tradições e memórias

mantidas através dos séculos, tornam de certa forma o passado algo presente, único e característico de cada local.

No site Vitruvius, Evandro Ziggiatti Monteiro, professor e doutor do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Estadual de Campinas nos relata em sua resenha do livro de Italo “Cidades invisíveis visitadas. Uma leitura de Italo Calvino para compreender a paisagem urbana” sua visão sobre as 11 cidades pelas quais o viajante Marco Polo passa, nos permitindo analisar e comparar sua opinião sobre a obra. Sobre o capitulo “as cidades e o nome” ele menciona que a identidade é o sentido do lugar, e que esta identidade é definida pelo estilo de vida ou estado de espirito dos habitantes, nos levando a compreender os múltiplos significados, e enxergar o verdadeiro sentido de cada lugar, percebendo que os habitantes são grandes colaboradores da identidade de cada lugar.

Sobre o capitulo “as cidades e a memória” Monteiro afirma que neste capítulo “em cada grupo de cidades costuma haver um “encantamento” e uma “armadilha””. Ele ainda explica que este encantamento pode ser visto no encontro com o passado, como se ele fossem sempre melhor que o presente, e servindo de inspiração para o futuro. Já a armadilha está na decepção de que o passado não permanece melhor ou nunca foi. Assim conclui, que o passado deve ser algo para não esquecermos, mas sim, algo

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