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Resumo - Zumthor "Thinking Architecture"

Por:   •  31/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  144 Visualizações

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        Neste livro, o autor pretende, sobretudo, encontrar relações entre a arquitetura e a emoção. Desta forma, vai abordando temas com os quais consiga estabelecer ligações com a mesma, passando por várias visões criativas que são colocadas na perspetiva da arquitetura.

        Zumthor é constantemente confrontado com lembranças do seu passado. O arquiteto tem a capacidade de se recordar detalhadamente dessas imagens mentais que lhe servem de inspiração. Essas memórias não são somente visual-espaciais, são também auditivas, táteis e olfativas, reconstruindo ambientes que o envolviam de forma avassaladora noutrora. Desta forma, pretende reproduzir toda essa atmosfera nas suas criações atuais.

Um dos objetivos do autor é explorar a essência dos materiais e de que forma estes podem ser interpretados, segundo uma determinada construção. Cada material tem a sua função numa obra e tem de haver uma razão pela qual colocamos um certo material e não outro, num determinado lugar e não noutro. Só após este processo, é que a obra ganha sentido.

O arquiteto vê uma construção como um agregado de diferentes partes que colidem entre si. Deste modo, é confrontado com o dilema de criar um todo, a partir de inúmeros detalhes, como uniões, articulações, cruzamentos, arestas ou vértices, com diferentes formas, funções e dimensões. Todos estes pormenores devem interligar-se entre si como uma unidade, ao ponto de não os conseguirmos decifrar individualmente, sendo essa unidade o único elemento que conseguimos compreender. Juntamente com este processo, há o desafio de definir o tipo de relação entre o espaço interior, que é fechado, ou o espaço exterior de uma construção, que é aberto e que está integrado no infinito circundante.

Desenhos de um futuro projeto são importantes, não só porque apresentam toda a informação necessária para uma projeção real do mesmo, mas também porque que nos ajudam a compreender melhor a nossa ideia e a interpretar situações com as quais ainda não nos tínhamos deparado. Estes desenhos devem ter o poder de nos fazer ansiar pela presença real do projeto, mas forem demasiado apurados, esse desejo vai desaparecendo, pois não há nada em que possamos pegar para imaginar algo para além do que já está desenhado.

O arquiteto refere que existem construções que parecem não querem dizer nada, não ter relevância. No entanto, é no vazio que se forma na nossa mente, ao olharmos para elas, que surge uma memória, através da qual encontramos um significado para o objeto observado. O entendimento vem com o tempo e há coisas para as quais temos de perder mais tempo a observar até “permitir que alguma emoção surja”. Provavelmente, sem esses edifícios, o lugar onde estão instalados até perde o sentido. Por mais desprezíveis que nos pareçam, à primeira vista, estão integrados naquele espaço e relacionam-se com os restantes elementos.

Em suma, Zumthor pretende expressar, neste livro, que um elemento arquitetónico vai muito mais além da sua natureza teórica. Por vezes, até é necessário deixar toda a teoria de parte, para deixarmos que a nossa imaginação se encarregue do projeto temporariamente. Uma construção, seja esta prestigiosa ou banal tem sempre uma forma de nos apelar à mente e ao coração, se lhe dermos a oportunidade para tal. Além disso, temos de compreender que uma obra não se trata apenas do produto final, mas de todo o trabalho prévio que levou a esse resultado.

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