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Robert Owe, Charles Fourier, Familisterio e Falanstério. Tomy Garnier, a cidade industrial

Por:   •  10/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  350 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

PESQUISA: Robert Owe, Charles Fourier, Familisterio e Falanstério.

Tomy Garnier, a cidade industrial

THAU- ARQ4

PROF. IVAN GRANDE

BRENDA MENDES TATICO

RA: C371FD-0

GOIÂNIA

OUTUBRO, 2017

ROBERT OWEN, CHARLES FOURIER, FALANSTÉRIO E FAMILISTERIO.

Durante o século XIX dois grandes pensadores se destacaram: François- Charles Fourier e Robert Owe. Ambos defendiam e criaram o socialismo utópico. Essa denominação tem a ver com o fato de tais pensadores acreditarem na total transformação da sociedade e forma pacifica, sem a necessidade de luta armada, que seria promovida pela luta de classes e pela revolução proletária.

As ideias e críticas à sociedade burguesa capitalista, realizadas pelos pensadores socialistas utópicos, estão claramente associados ao pensamento iluminista, pois propagavam que somente com o desenvolvimento da razão e do progresso a felicidade humana poderia ser alcançada.

[pic 1]

Figura 1- Robert Owen, Imagem retirada do site: https://www.thinglink.com/scene/718140597944188928

Robert Owen (1771-1858), nasceu na Inglaterra, foi proprietário de uma grande indústria têxtil, na cidade de New Lanark. Quando visitou pela primeira vez New Lanark, disse: “De todos os lugares que vi, preferi esse para experimentar uma ideia que tenho há muito tempo”.

Sua empresa era a maior fábrica de fiação de algodão do Reino Unido, nessa época. Owen, então, assumiu a presidência e encontrou uma sociedade deplorável. O reflexo dessa situação estava nas condições de trabalho e de vida de grande parte dos trabalhadores.


Homens, mulheres e crianças, muitas com não mais que cinco e seis anos trabalhavam até 14 horas por dia, seis dias por semana, ganhando salários miseráveis e vivendo em condições quase subumanas. Sem nenhuma atenção para a higiene, a proliferação de inúmeras doenças era favorecida. Uma situação que para Owen não poderia continuar. Considerava que os administradores deveriam assumir o papel de reformadores.

Foi quando resolveu aplicar algumas mudanças na situação de trabalho dos operários em sua fábrica: reduziu a jornada de trabalho para 10h, construiu casas para operários, oferecendo melhores condições de moradia e saúde, aumentou os salários, implantou escolas para os filhos dos trabalhadores, não aceitava contratar crianças, mantia as ruas limpas e ainda montou, em sua empresa, um armazém onde as mercadorias poderiam ser adquiridas a um preço mais justo. 

[pic 2] 

Figura 2- Charles Fourier, imagem retirada do site: https://www.britannica.com/biography/Charles-Fourier

Charles Fourier (1772-1858), era um comerciante que acreditava que a melhoria nas condições de vida e trabalho dos operários aconteceria com a criação de associações, e pelo cooperativismo entre o proletariado. Criticava a sociedade burguesa que separava o trabalho do prazer. Defendeu a liberdade da mulher, e também a libertação sexual (que estão ligados a liberação dos instintos, e obtenção do prazer).

Fourier partia da crença de que o ser humano é intrinsecamente bom, porque é o depositário de uma harmonia natural que reflete a própria harmonia do universo. O problema residia na sociedade existente, que impedia o desenvolvimento completamente livre das qualidades do ser humano.

FALANSTÉRIO:

[pic 3]

Figura 3- imagem retirada do site: https://br.pinterest.com/pin/570479477775557486/

“O Falanstério era como uma cidade construída no campo”. Para Charles Fourier as fábricas deveriam ser transferidas para o campo e uma comunidade deveria ser construída próxima a elas para os operários. Os edifícios consistiam em grandes construções, que refletiam uma organização harmônica e descentralizada, onde cada um trabalharia por suas paixões e vocações, e as próprias unidades supririam todas as necessidades de um operário.

Foi construído com uma tipologia clássica e possuía uma ala central e duas laterais (direita e esquerda). Em todo o prédio existiam circulação e jardins internos. Os edifícios teriam um limite de capacidade máxima para 1.600 pessoas. Eles eram subdivididos de forma que os idosos ficavam no térreo, as crianças no mezanino e os adultos nos andares superiores separados por classe social. Cada pessoa seria livre para escolher seu trabalho, e o poderia mudar quando assim desejasse, mas os salários não seriam iguais para todos. Uma rede extensa desses falanstérios seria a base da transformação social que por meio da experimentação daria origem a um novo mundo.

Mas na prática, poucas experiências de falanstério deram certo, em quase toda Europa, eles fracassaram quase que instantaneamente. O ato de trazer à prática as ideias de Fourier mostrou-se demasiadamente difícil, principalmente por estas terem mobilizado poucos homens.

Já nos Estados Unidos teve uma boa acolhida e até chegou a alcançar um certo prestígio intelectual. A ideia de uma forma de vida cooperativa resultou atrativa para muita gente em uma época de depressão econômica. Em pouco tempo foram criados entre 40 e 50 falanstérios, ainda que somente 3 deles sobreviveram mais de 2 anos. O mais exitoso foi a chamada Falange Norte-americana que se dissolveu depois de um terrível incêndio que acabou com seus bens. 

[pic 4]

Figura 4- Fachada do Falange Norte-americana, imagem retirada do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Falange_Norte-Americana_(falanst%C3%A9rio

FAMILISTERIO:

Familistério foi o nome dado por Godin às construções para habitação que fez construir para os seus operários e suas famílias a partir de 1859 e até 1880, provavelmente com base em planos do arquiteto fourierista Victor Calland. Inspirou-se diretamente no falanstério de Fourier, mas, como faria sempre, efetuou uma alteração na teoria para a adaptar às suas próprias ideias e sobretudo para a tornar mais realizável. A primeira etapa, a mais urgente, era segundo Godin a de melhorar as condições de alojamento e de vida das famílias, atribuindo-lhes condições equivalentes às riquezas

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