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Uma tipica casa bandeirante

Por:   •  30/4/2018  •  Artigo  •  3.247 Palavras (13 Páginas)  •  204 Visualizações

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RESUMO:

O artigo tem por finalidade explicar de forma breve um pouco sobre a arquitetura colonial, proveniente das influencias dos portugueses e de todo um modelo de vida europeia. Apesar do período colonial ser muito amplo, esse estudo tende a atentar-se a uma obra em especifico, que exerce um papel importante como memorando notável do período tratado, O Sitio de Santo Antônio, localizado em São Roque – São Paulo, uma típica casa bandeirante. Que demonstra vários aspectos originários das primeiras expedições para desbravar o Brasil, que se baseia em uma mescla de vários povos.

Palavras-chave: Arquitetura Colonial, Casa bandeirante, Sítio de Santo Antônio, São Roque

Período Colonial e sua Arquitetura e Urbanismo

A arquitetura colonial pode definir-se como uma arquitetura produzida no Brasil, desde 1500 com seu descobrimento seguindo até a independência, em 1822. No decorrer do período colonial, os colonizadores trouxeram influências das correntes estilísticas da Europa para a colônia, devido as diferentes condições tanto de materiais quanto socioeconômica ocorreu a adaptação dos materiais. Pode-se notar nos edifícios coloniais brasileiros características arquitetônicas variadas, como renascentistas, maneirista, barroco, rococó e neoclássico. Porém a transição entre os estilos se realizou de maneira progressiva ao longo dos séculos e a classificação dos períodos e estilos artísticos do Brasil colonial é motivo de debate entre os especialistas.

Com a criação das capitanias hereditárias, em meados da década de 1530, as atividades arquitetônicas começam a ganhar força, decorre a partir fundação de diversas vilas. Nesse período as cidades possuíam aspecto uniforme, com ruas delimitadas por edificações, sem as zonas de passeios públicas. Outra característica marcante era a ausência de arborização planejada.

Cidades importantes foram fundas durante o século XVI, como o Rio de Janeiro e Olinda. Por terem sido fundadas a beira mar, mas sobre as elevações do terreno o que acabou dividindo o povoamento em cidade alta e cidade baixa. Com essa conformação a cidade implanta uma estratégia de povoamento. O que havia sido denominado como cidade alta, alocava todo o contexto habitacional e administrativo, já a parte baixa abrigava a área portuária e as áreas comerciais. Essa estratégia estava diretamente ligada a questão de defesa e comercio. Uma forma de proteção aos possíveis ataques tanto dos indígenas quanto de outros países. Dessa forma podemos observar que grande parte dos primeiros povoamentos fundada pelos portugueses contava com a utilização de muros, paliçadas, baluartes e portas que controlavam o acesso ao interior.

Universidade de Brasília Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Teoria e História em Arquitetura e Urbanismo

Nesse período a religião católica aparece com grande importância, vez que chegou ao Brasil pelas missões jesuítas, com base em uma visão mais utópica, segundo Manuel Marzal, onde o principal objetivo consistia na criação de uma sociedade com os benefícios e qualidades da sociedade cristã-europeia, mas isenta de maldades e vícios. Para alcançarem esses objetivos, as técnicas empregadas pelos jesuítas consistiam em o máximo de contato com os indígenas para obterem a empatia dos mesmos, para isso os jesuítas aprenderam suas línguas para melhorar e otimizar a comunicação e, a partir disso, os reuniram em povoados que, por vezes, abrigaram milhares de indivíduos. Funcionando de forma comunitária, onde os indígenas eram educados com base na fé cristã e seguindo os moldes europeus. Buscou-se também introduzir o cristianismo e um modo de vida europeizado, integrando, porém, vários dos valores culturais dos próprios índios foram renegados e reprimidos.

Com base nesse contexto vieram as edificações religiosas barrocas (igrejas, mosteiros, colégios e conventos) que se encontravam alocadas em locais altos, recebendo ênfase na paisagem urbana. Esta relação privilegiada entre topografia e igrejas também é marcante especialmente Ouro Preto. Os mais duradouros exemplos desse estilo, tão atraente, são encontrados nas Igrejas e Mosteiros das cidades mais antigas, porém de maneira mais espetacular na cidade de Ouro Preto, primeira capital da província de Minas Gerais.

Durante o período colonial não houve grandes alterações na conformação das cidades. As edificações residenciais do centro urbano renunciam a sua individualidade plástica para integrar-se a composição da arquitetura da cidade, apresentando assim uma unidade maior em sua estrutura visual. As superfícies contínuas formadas pelas fachadas das edificações conjugadas definem a arquitetura da cidade como um cenário coadjuvante juntamente com o espaço urbano para deixar o papel de destaque para os edifícios públicos, principalmente as igrejas.

As tipologias arquitetônicas residenciais eram a casa térrea e o sobrado, ambas construídas sobre os limites laterais e frontais do terreno, com padronização de suas plantas. A cobertura era normalmente de telhado em duas águas, com telhas cerâmicas.

Os responsáveis pelos projetos arquitetônicos, ficavam por muitas vezes em anonimato, caso esse que ocorria está mesmo na elaboração de grandes igrejas e conventos. Dentre os autores conhecidos do período encontram-se muitos religiosos e principalmente engenheiros militares que por sua vez detinha um alto conhecimento teórico de arquitetura. Já outros como mestre de obra, pedreiros e carpinteiros detinham conhecimentos mais práticos e pragmáticos.

A princípio foi muito utilizado na arquitetura colonial técnicas de rápida construção, como taipa-demão, taipa-de-pilão e pau-a-pique. Esse tipo de construção apresentava como benéfico o ato de utilizar materiais abundantes na colônia, como barro e madeira. Em seguida começou-se a se introduzir a construção em alvenaria, sendo ela de tijolo de adobe e tijolos o que permitiu construções maiores. Os acabamentos eram feitos em madeiramento para pisos e tetos.

A arquitetura deste período apresenta características rebuscadas, detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano. O barroco brasileiro, que por sua vez foi tardio, se mostra diretamente influenciado pelo barroco português, embora com o passar do tempo fosse assumindo características própria.

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