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A Contabilidade Financeira - FGV

Por:   •  11/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.681 Palavras (11 Páginas)  •  191 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Contabilidade Financeira

Módulo:4

Aluno: José Agrimar A. M da Silva

Turma:0521-1_2

Tarefa: Atividade Individual

Introdução

Nesta atividade, vamos analisar o conteúdo repassado na cadeira de Contabilidade Financeira. Temos como base as demonstrações financeiras da Natura no período de 2018 e 2017, além de conteúdo em vídeo aula e slides para sustentar a execução da atividade. Inicialmente, iremos fazer análise das demonstrações financeiras onde, de acordo com MONTOTO, Eugênio: “as análises se dão basicamente pela comparação de valores entre contas ou de grupos de contas em determinado exercício ou de exercícios diferentes” (¹). Logo após iremos analisar o Balanço Patrimonial por meio de índices, onde segundo Eugênio Montoto “é tradicionalmente realizado calculando-se uma série de índices (quocientes) comparando contas ou grupo de contas que incorporam informações sobre Liquidez, rentabilidade, endividamento, velocidade de rotação (giro) e outros aspectos relevantes.” (²)

Análise horizontal

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Se tratando da Análise Horizontal, podemos que na empresa Natura S.A houve uma diminuição de (-19,48%) no Ativo Circulante, uma vez que essa diminuição se deu devido a redução de aplicações financeiras (-52,57%) entre um exercício e outro. Podemos destacar também o aumento das disponibilidades de caixa (26,27%), além de um aumento expressivo dos recebíveis(22,01%), mostrando que a empresa possui boa parte do seu ativo em aplicações de liquidez. Se tratando das aplicações de longo prazo, é viável analisar que a empresa teve um aumento nos itens de longo prazo (16,70% - Ativo Não Circulante) justificado pelo aumento bastante expressivo no seu realizavel a longo prazo, que subiu 124,54% de um exercício para o outro.

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Se tratando de passivo e patrimônio líquido podemos verificar na análise horizontal uma diminuição bastante expressiva no passivo Circulante devido a uma diminuição de mais de 68,61% da conta de emprestimos e financiamentos, mostrando que a empresa está cada vez menos dependente do capital de terceiros, no entanto, podemos observar que a empresa teve um aumento expressivo quando se trata de Obrigações sociais e trabalhistas (Salários e etc), constantando um aumento percentual de 56,97% de um exercício para o outro, isso mostra que a empresa vem investindo pessado nos funcionários, tanto se tratando de aumento de salários e também de novas pessoas para integrar o time.

No passivo não circulante, podemos observar um aumento total de 39% entre um exercício e outro, dando destaque, ao contrário do que ocorreu no Passivo Circulante, aos Empréstimos e Financiamentos de longo prazo que teve um aumento de 43,55%, isso mostra que a empresa está buscando recursos com um prazo maior de negociação, facilitando assim a administração das suas obrigações ou até mesmo uma maior relação com os “financiadores” para negociar prazos e etc.

E quando falamos de Patrimônio Líquido, podemos observar um aumento bastante expressivo nas reservas de capital(111,49%) e na conta de ajustes de avaliação patrimônial (822,75%) esta ultima conta representa - de acordo com o Comitê de Pronuciamentos Contábeis – 10 (Imobilizado) – “O resultado do valor da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo, uma vez que o valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si.”(³)

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Ao fazer a análise Horizontal da Demonstração do resultado, notamos que que a Receita Líquida de Vendas aumentou (7,96%) entre os períodos. Podemos avaliar que as Despesas Operacionais aumentaram percentualmente 12,78%, com destaque para as contas Despesas de Vendas que teve um aumento de 8,07% e as Despesas Gerais que também teve um aumento de 8,36%. Vale destacar o aumento expressivo nas Receitas financeiras, algo que mostra que as aplicações de longo prazo estão sendo rentáveis para a empresa.

Podemos observar também a diminuição das Despesas Financeiras comprovando assim que a empresa vem dependendo cada vez menos dos seus credores e financiadores, pagando menos juros.

Análise vertical

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Quando analisamos verticalmente as demonstrações da Natura S.A, “estamos basicamente detalhando a participação de cada item do balanço patrimonial sobre os ativos ou passivos totais.”(4) Quando analisamos verticalmente o Ativo Total, verificamos que 3 contas chamam bastante atenção nos dois exerícios, entre elas as aplicação financeiras onde constatamos que esta conta tinha uma participação de 16,51% no Ativo circulante total, ou seja, a empresa em 2017 tinha a maior parte dos seus ativos circulantes em aplicações de alta liquez.  Assim como verificamos também que o valor dos investimentos no Não Circulante representa uma parcela de 55,95% do ativo total, ou seja, a Natura no ano de 2017 tinha a maioria dos seus recursos aplicados no longo prazo. Verificamos que o contas a receber também é um pouco expressivo (8,43%).

Já no ano de 2018, podemos verificar que não houve muitas mudanças nas aplicações, podemos analisar que as aplicações de curto prazo, foram reduzidas e passaram a compor 7,40% do total do ativo, já o contas a receber aumentou a sua participação no ativo total saindo de 8,43% em 2017 para 9,72% em 2018.  Percebemos também que a empresa aumentou suas aplicações de Longo prazo, sendo assim, seus investimentos de longo prazo representam 59,7% do ativo total.

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Se tratando de Passivo, podemos observar que suas origens foram realizadas com financiadores e/ou credores de Longo prazo, representando assim um total de 60% e no exercício de 2018 e 45,55% no exercício de 2017. Em relação aos empréstimos e financiamentos de curto prazo, identificamos que houve uma diminuição bastante expressiva de um exercício para o outro, isso permite-nos dizer que a empresa deixou de capitar recursos de curto para investir na captação de recursos do longo prazo.

Analisando o grupo do Passivo e Patrimônio Líquido total podemos observar que a Natura S.A vem demonstrando que a principal fonte de financiamento da empresa é o capital de Terceiros, pois quando analisamos o grupo de contas que representam o capital próprio (Patrimônio Líquido) o mesmo representa apensas 21% em 2018 e 13,85% em 2017, confirmando assim a pouca dependência de capital proprio.

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Quando analisamos a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício observamos uma estabilidade de 60% do lucro bruto entre um exercício e outro. Verificamos também que no ano de 2018 as receitas financeiras aumentaram, sendo considerado o valor percentual de 25,95% em relação a receita líquida de Bens e Serviços, no entanto, é importante salientar que em 2018 houve um aumento expressivo nas despesas financeiras, considerando um valor que representa 36,04% da Receita Líquida de Bens e Serviços.

Cálculo dos índices de liquidez

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Quando observamos os indicadores que apresenta o Capital Circulante Líquido, verificamos que em 2017 a empresa apresentou um resultado negativo mostrando que a empresa possuía mais Dívidas exigidas do que Bens e Direitos a serem administrados, porém em 2018 a empresa teve um aumento bastante expressivo no seu Capital Circulante Líquido, aumentando percentualmente 131% em relação ao exercício do ano de 2017, isso comprova que a empresa passou a investir ferrenhamente nos seus ativos de curto e longo prazo revertendo a situação negativa do exercício anterior.

Ao analisarmos a Necessidade Líquida de Capital de Giro verificamos que a indicador ficou com valor positivo nos dois exercícios, além de apresentar um aumento (72,65%) expressivo no exercício de 2018.

De acordo com o site Sociedade do Investidor “O Saldo de Tesouraria é uma das ferramentas de gestão de curto prazo utilizada juntamente com o Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro para avaliar a saúde financeira da empresa.” (9) Como podemos observar, o saldo em tesouraria dos dois exercícios

Os ativos financeiros, apresentado na tabela acima, são caracterizados como: “Um ativo financeiro é caracterizado por direitos decorrentes de obrigações assumidas por agentes econômicos, normalmente negociado no mercado financeiro. Ele é um ativo não físico e geralmente são mais líquidos do que outros ativos tangíveis, como commodities e imóveis. Esses ativos compreendem principalmente títulos públicos, certificados de depósitos bancários (CDBs), debêntures, ações e outros.” (5)

Assim como o Passivo Financeiro, que é definido como “Os passivos financeiros são o extremo contrário dos ativos financeiros. Trata-se de bens que geram custos em nome de uma pessoa ou de uma empresa e, ainda, de obrigações contratuais de se pagar algum tipo de dívida, seja monetariamente ou por meio de algum ativo.” (6)

Os ativos operacionais segundo Eugênio Montoto “é a parte do ativo que efetivamente contribui para a geração de recursos operacionais. Empresas bem-sucedidas, depois de alguns anos de operação, costumam ter em seus ativos circulantes investimentos especulativos diversos, empréstimos a seus executivos e sócios e diversos investimentos permanentes não ligados ao negócio.” (7)

Já os Passivos Operacionais são “aqueles diretamente relacionado com a operação da empresa: pagamento de funcionários, fornecedores, impostos etc.” (8)

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Ao falarmos dos indicadores de Liquidez, podemos entender como Liquidez:

 “a velocidade com a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro.” (MONTOTO, Eugênio. Contabilidade Geral e Avançada Esquematizado. 2015, ed. 4ª) (10)

Quando analisamos os indicadores acima percebemos que a empresa apresentou um valor de 4% no ano de 2018 e 2% no ano de 2017, ou seja, a empresa deixou o equivalente a 2% do endividamento geral nas aplicações de curto prazo em 2017 e 4% no ano de 2018.

Na análise da Liquidez corrente que demonstra o quanto de ativos de curto prazo a empresa possui, podemos identificar que a empresa no ano de 2017 possuía somente um índice de liquidez corrente de 0,74, sendo assim a empresa não possuía um excesso de disponibilidades perante as suas obrigações ou origens de curto prazo. No entanto, no ano de 2018 a empresa cresceu aproximadamente 0,42 em relação ao exercício de 2017, considerando assim que a empresa começou a investir nos seus ativos de curto prazo para assim poder ter uma maior Liquidez Corrente, fazendo com que a empresa consiga gerar recursos antes da exigibilidade das suas obrigações de curto prazo.

No índice de liquidez seca que se avalia o quanto a empresa depende das vendas dos seus estoques verificamos que no ano de 2017 a empresa dependeu dos seus estoques, pois mesmo retirando os estoques o indicador demonstra apenas aplicações suficientes para suprir 73% das suas exigibilidades no passivo. Já no ano de 2018 a empresa não demonstrou dependência dos seus estoques, tendo por sua vez um Índice de Liquidez seca de 1,16.

E por último a Liquidez Geral que “indica o quanto a empresa possui de ativos de curto prazo e longo praz, isto é, ativos não permanentes (especulativos) para garantir teoricamente as dívidas de curto e longo prazo. É uma visão mais geral de que ativos não permanentes podem garantir as dívidas totais” (11) podemos observar que o índice permanece abaixo do esperado nos dois exercícios (2017 – 0,40 e 2018 – 0,39) uma vez que os a organização não tem aplicado um valor superior do que os valores totais tomados como crédito.

Cálculo da estrutura de capital

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Os índices de estrutura de capital são “índices estáticos e demonstram a relação entre os capitais de terceiros e outros grupos de contas patrimoniais.”

Analisando os indicadores da tabela acima identificamos que a empresa tem como sua principal fonte de recursos o capital de terceiros comprometendo-se em 86% no ano de 2017 e 79% no ano de 2018. Ao analisar a composição do endividamento percebemos que a empresa não possui uma concentração no curto prazo quando se trata da fonte de recursos exigível de terceiros (2017 – 47% e 2018 – 25%) isso faz com que a empresa tenha mais tempo para gerar os recursos necessários para liquidação das obrigações.

Quando verificamos o grau de imobilização do capital próprio podemos notar que de fato o capital próprio consegue suprir a necessidade de recursos permanentes, mostrando assim uma extensa sobre sobra de recursos para financiar demais grupos do Ativo. No entanto, podemos notar uma diminuição bastante expressiva em termos percentuais aproximadamente 1,4 quando analisamos a transição dos exercícios contábeis.

O endividamento, por sua vez, encontra-se estável quando analisamos o exercício de 2017 e 2018, no entanto, a empresa possui um alto percentual dos seus ativos comprometidos com Passivos Onerosos, aumentando assim a maioria dos riscos financeiros associados a esta prática. O percentual que me permite analisar a evidência de endividamento é o Passivo Oneroso Sobre o ativo que representa 76% no ano de 2017 e 70% no ano de 2018. Podemos identificar uma pequena queda, no entanto, o percentual ainda está alto.

Cálculo da lucratividade

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Ao analisarmos os índices de lucratividades, verificamos que o giro do ativo permanece estável (2017 – 49,7% e 2018 – 50,7%) entre os períodos com um leve aumento percentual de 1% entre o exercício de 2017 e 2018. Já a margem bruta que compara o lucro bruto ou o lucro de mercadorias com as vendas líquidas, está na faixa dos 60%, com uma leve variação entre os exercícios supracitados, isso representa que a empresa consegue ter um retorno bruto de 60% retirando todos os custos de Matéria Prima. No entanto, quando analisamos a margem líquida e a margem bruta, percebemos que há uma diminuição bastante discrepante em relação a margem bruta, isso se dá porque a empresa provavelmente tem um alto percentual de despesas operacionais que penalizam diretamente o seu resultado. Analisamos também que essas despesas operacionais aumentaram de um ano para o outro, fazendo com que a empresa saísse de uma Margem Operacional de 11,04% em 2017 para 7,22% em 2018 e o mesmo aconteceu em relação a margem líquida, que saiu de 11,42% em 2017 para 8,66% em 2018.

Cálculo da rentabilidade

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Ao analisarmos a Rentabilidade do PL verificamos que houve uma diminuição entre o exercício de 2017 (41%) e 2018 (21,30%), no entanto a rentabilidade do PL ainda é considerada alta para o seguimento, ao analisarmos o custo de oportunidade em relação ao ano de 2018, comparando assim a rentabilidade média de um título do Tesouro Direto (13,6% - inflação (aprox. 6,3%) = 7,3%), desta forma podemos concluir que houve cobertura do custo de oportunidade do capital para o investimento aplicado pelos sócios no exercício de 2018.

Ao analisarmos o ROI, verificamos que houve uma diminuição da rentabilidade dos investimentos entre o exercício de 2017 (5,68%) e 2018 (4,39%) isso ocorreu devido ao aumento das despesas operacionais. Verificamos o ano de 2018 e o seu Payback é de aproximadamente 23 anos para se obter o retorno total do capital investido na empresa, isso sem levar em consideração possíveis contingências que poderá ocorrer no decorrer da atividade empresarial.

Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa

A empresa apresenta bons índices de liquidez que vem evoluindo com o decorrer dos exercícios. A margem bruta mesmo com o aumento dos custos ela permaneceu estável entre os exercícios de 2017 e 2018, no entanto, devemos nos atentar ao fato de que as despesas operacionais da empresa vêm subindo bastante, isso é devido a situação econômica e financeira do país. Para efeito de análise do Balanço, podemos verificar que a empresa busca um maior investimento nos seus ativos de longo prazo, fazendo que a negociação com fornecedores tenha um prazo mais longo de exigibilidade. Verificamos também que boa parte do resultado da empresa se dar por conta dos ajustes de avaliação patrimonial, que mesmo com o aumento das suas fontes de financiamento (empréstimos etc.) o resultado do ano de 2018 não foi tão comprometido devido a atualização dos ajustes patrimoniais.

Referências bibliográficas

ICPC 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43, ITG 10 – Resolução CFC n. 1.263/2009, Deliberação CVM n. 619/2009

MONTOTO, Eugênio. Contabilidade Geral e Avançada Esquematizada. São Paulo: Saraiva, 2015. 4ª Edição.

REIS, Tiago. Análise vertical e horizontal: aprenda na prática como fazer. 2018. Disponível em: https://www.suno.com.br/artigos/analise-vertical-e-horizontal/. Acesso em: 16 jun. 2021.

SPERANDIO, Bruno. Conheça os principais tipos de ativos financeiros. 2019. Disponível em: https://fiis.com.br/artigos/ativo-financeiro/. Acesso em: 17 jun. 2021.

COUTINHO, Thiago. O que são ativos e passivos financeiros, quais as suas diferenças e quais você deve ter para prosperar financeiramente. 2020. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/ativos-e-passivos-financeiros. Acesso em: 17 jun. 2021.8 - https://www.dicionariofinanceiro.com/passivo-circulante/

FERREIRA, Renan. Saldo de Tesouraria: O Que é e Como Analisar Este Indicador. 2020. Disponível em: https://sociedadedoinvestidor.com.br/financas/saldo-de-tesouraria. Acesso em: 16 jun. 2021.

        

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