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A História da Contabilidade e Origem da Auditoria

Por:   •  3/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.682 Palavras (7 Páginas)  •  387 Visualizações

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  1. A História da Contabilidade e Origem da Auditoria
  1. A História da Contabilidade

A contabilidade surgiu como uma parte do conhecimento humano, em função da necessidade básica do homem de contar seus rebanhos, produtos de sua pesca ou caça, cujo objectivo seria garantir o resultado positivo da equação entre necessidade de recursos a disponibilidade para subsistência.

Com a evolução das aldeias em cidades, havia aqueles que produziam mais do que conseguiam consumir e com o excesso de recursos, deu-se início ao comércio e a contabilização das transações que os comerciantes realizavam entre si. Com a necessidade de se avaliar o tamanho da riqueza dos cidadãos da época, foram se aprimorando as técnicas contábeis que eram utilizadas para calcular conceitos, mesmo que rudimentares, de receitas, despesas e lucro. Não só em transações comerciais se dava o uso das ferramentas da contabilidade, mas também nas organizações políticas que se formavam à época. Governos possuíam seu próprio sistema de contabilidade para a apuração de impostos cobrados aos contribuintes, avaliação dos bens dos reis e comandantes, mensuração dos gastos utilizados em guerras, expedições de exploração e etc.

Com o passar do tempo e o surgimento da moeda como meio universal de troca, diversas técnicas contábeis foram sendo desenvolvidas para dar não só maior agilidade ao processo de contabilização, mas também trazer maior confiabilidade aos registros que eram feitos e na procedência destes. Com a utilização de moeda e sem a necessidade do escambo, foram sendo aperfeiçoados os modelos de estoques, saldos a receber, dívidas a pagar, clientes, credores e muitos outros.

Deste modo, havia a necessidade de um sistema completo de registro e mensuração contábil para comportar todas as operações em um único modelo de apresentação e cálculo das operações que modificavam o patrimônio das entidades. Foi nesse cenário que houve uma revolução no processo de contabilização, conhecido como método de partidas dobradas.

O Frei Luca Pacioli, considerado por muitos como o pai da contabilidade moderna, foi o precursor do método de partidas dobradas, modelo utilizado até os dias de hoje, onde para cada crédito existe uma contrapartida em débito, ou seja, foram especificados para todas as operações uma origem de recursos e uma destinação a eles. Este método se popularizou por toda a Europa e logo foi considerada a metodologia oficial para o registro, fiscalização e mensuração do patrimônio de todas as entidades. Foi nesse período também em que houve a proibição da prática da contabilidade por qualquer indivíduo, sendo que a partir deste momento, só poderiam exercer a profissão aqueles que fossem comprovadamente capacitados.

Com a chegada da metodologia a outros países, a ciência contábil foi se aprimorando e foram amplificadas suas áreas de abrangências, sendo a contabilidade separada nas mais diversas partes como contabilidade comercial, contabilidade de custos, contabilidade fiscal, contabilidade bancária, contabilidade pública e etc.

Hoje a contabilidade é utilizada não só internamente nas empresas como um sistema eficiente de administração de bens e obrigações, mas também é empregada externamente por outras empresas, como bancos, para avaliar a qualidade financeira das empresas, sua capacidade de geração de lucro e crescimento, sua sustentabilidade dentre outras aplicações.

  1. Conceito de Contabilidade

Segundo Franco (2001) a Contabilidade é a ciência destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades, do ponto de vista economico e financeiro, observando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as sua variações, com o objetivo de fornecer informações sobre o estado patrimonial e as suas variações em determinado período, o  objeto da contabilidade é o patrimônio administrável, que está a disposição das entidades econômico-administrativas, sobre o qual ela fornece as informações necessárias à avaliação da riqueza patrimonial e dos resultados produzidos por sua gestão.

Para atingir essa finalidade, a Contabilidade utiliza-se de técnicas e relatórios por ela desenvolvidos através da sua evolução. E são elas:

a)        A Escrituração (registro dos fenômenos Contábeis);

b)        As Demonstrações Financeiras (balanços e outras demonstrações);

c)        A Auditoria;

d)        A Análise de Balanços.

  1. A Origem da Auditoria

A origem da auditoria foi, em muito, discutida de forma rigorosa pelos especialistas, mas, no entanto, ainda torna-se importante relacioná-la com o início das actividades económicas desenvolvidas pelo homem, conforme retrata Boynton et.al (2002):

 “Auditoria começa em época tão remota quanto à

Contabilidade. Sempre que o avanço da civilização tinha

implicado que a propriedade de um homem fosse

confiada, em maior ou menor extensão, a outra, a

desejabilidade da necessidade de verificação da

fidelidade do último, tornou-se clara”.

 Assim, constata-se que, desde os primórdios, no antigo Egipto havia a necessidade de se ratificar as actividades praticadas, tais como a verificação dos registros de arrecadação de impostos; e inspecções nas contas de funcionários públicos, estas na Grécia (BOYNTON et.al,2002).

 Então se percebe o porquê que o cargo de auditor foi criado na Inglaterra, em 1314, visto a potência económica desse país desde a época das colonizações, que se tornaria, séculos depois, o berço do capitalismo com a Revolução Industrial.

 A grandeza económica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como consequência do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes empreendimentos (Crepaldi, 2004: 105).

 Assim, já ao alcançar um maior grau de evolução, a auditoria de empresas começou com a legislação britânica, promulgada durante a Revolução Industrial, em meados do século XIX (Boynton et.al 2002). A partir daí, pode-se elaborar um retrato de todo processo de evolução da auditoria.

O marco da necessidade de aprimoramento no sistema contabilístico e, por conseguinte, da auditoria, ocorreu em 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, visto que muitas empresas não tinham transparência e consistência nos seus dados financeiros, contribuindo, assim, com a já conhecida crise mundial. Houve, a partir daí, a necessidade de se mitigar as falhas nas divulgações contabilísticas das empresas, tendo como um dos primeiros passos, a criação do Comité May, que atribuía regras para as instituições que tinham as suas acções negociadas em bolsa de valores, tornando-se obrigatória a auditoria independente das demonstrações contabilísticas.

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