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A pergunta: vivendo perigosamente?

Por:   •  12/12/2018  •  Monografia  •  3.163 Palavras (13 Páginas)  •  147 Visualizações

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Aluno(a): Marisa Gonçalves Santana                                                  Matrícula: 2017495318

Fichamento: Cap. 24 Michael Dillon What makes the world dangerous? 

A pergunta: vivendo perigosamente?

Para iniciar o capitulo, Michael Dillon, um cientista político divide a questão do capitulo dividindo-a em duas questões constituintes. “Por que as coisas são perigosas” ou também, “Como as coisas se tornam perigosas? ”, atentando para a questão do essencialismo das perguntas, em que muitas vezes fazemos as perguntas que se comprometem a um processo de retroceder na esperança de encontrarmos um ponto no qual isso não seja preciso. Logo, para responder essas questões, de um campo político, é preciso uma busca a essência das coisas, abordando em direções diferentes sua natureza, questionando como se concentra em como se faz isso, por isso, para o autor, é necessário proceder, avisando que no processo de responder a essa pergunta, descobriremos que parte da resposta como as coisas se tornaram perigosa é porque as pessoas insistem em expressar uma fé na essência das coisas.

        Assim, dentro de todo o processo de se tornar perigoso, segundo o autor, historicamente, certas crenças essencialistas estarão operando, como também, assuntos locais, históricos, técnicos e científicos, destacando os acidentes de puras contingências, sendo estes, eventos que, aparentemente não tem nada a ver com a política de segurança, mas que possuem impacto sobre eles, da mesma forma. Logo, este capitulo se inicia prosseguindo de maneira que, em primeiro plano coloca “como” as coisas se tornam perigosas e direciona a atenção para o pano de fundo das crenças essencialistas conhecidas como ontologias. Michael aponta também, que este capitulo leva a transformação política estratégica dos Estados Unidos que ocorreu durante a década de 1990, por três motivos:

“Primeiro, esse novo discurso estratégico militar fez parte da resposta dos EUA ao fim da Guerra Fria. Transformou as percepções estratégicas militares do perigo global. Segundo, o exemplo é bom porque diz respeito a como toda uma nova arquitetura militar estratégica de percepção e ação sobre o perigo foi moldada nos EUA durante os últimos 20 anos. Finalmente, a guerra centrada na rede fornece uma boa ilustração porque, embora pareça ser impulsionada pela transformação tecnocientífico conhecida como a revolução da informação que ocorreu durante o mesmo período, essa revolução em si foi um veículo para transformar as crenças essenciais sobre o próprio natureza da realidade material. ” (DILLON 2014, pag. 520)

Sendo que, a partir deste terceiro motivo, o autor observa que a realidade material passa a ser descrita cem termos informacionais e biológicos, pois se trata agora, de uma questão de informação, onde o mundo é composto de redes, apontando que este modo de operação possui um certo perigo, pois, ao ver o mundo composto de redes operando como uma rede, veremos o perigo de maneira diferente e agiremos de acordo, pois, este fornece uma interrogação de como nos tornamos o que somos ensinados a temer.

Dillon dá como exemplo para reforçar a ideia da guerra centrada em rede, os militares dos EUA que foram doutrinados a temer os perigos na política global da forma que pudessem travar guerras mundiais diferentemente, e após ao atentado do 11 de setembro, tal transformação da política de segurança e guerra impactou as estruturas civis e domésticas e “aventuras” militares globais dos países de toda a orla do Atlântico Norte.

 

“...o perigo vai para o coração do que nós essencialmente pensamos que somos, como nós somos historicamente moldados em o que somos, e o que nós queremos nos tornar. A política do perigo global é tanto uma política de verdade quanto uma política de identidade. ” (DILLON, 2014 pag.520)

Exemplo ilustrativo da guerra central de rede

Para ilustrar melhor a guerra central de rede, o autor cita os EUA após o fim da Guerra fria, onde os teóricos militares estratégicos, inventaram esta nova forma de guerra, onde se é reconhecido o caráter em rede de nossa civilização global e as maneiras pelas quais este trabalho em rede se tornou central para o bem-estar econômico e social em questões de segurança e paz, onde o perigo civil e militar, agora é vastamente contemplado em termos de rede. Tendo como exemplo a guerra que surgiu da Revolução nos Assuntos Militares (RMA) liderada pelos norte-americanos nos anos 90, mostrando que a informação e as revoluções biológicas problematizaram o perigo de modo diferente, mudando o que é o perigo global.

Revolução nos assuntos militares

        A partir de 1980, as forças militares começaram a responder à esta revolução da informação e comunicação que influenciava a produção industrial e a vida no mundo ocidental, com a justificativa de que o impacto da revolução em assuntos militares trouxe o que era chamado inicialmente de Revolução Técnica Militar (MTR) agora RMA que se referia a equipamento e pensamento.

Equipamento, Informatização dos sistemas de armas

        A Revolução em assuntos militares se referia a como a revolução da informação e comunicação influenciou e transformou o equipamento e pensamento militar. A comunicação militar é agora, global e local, contam com a ajuda dos satélites de comunicação que cobrem o mundo com uma rede de informações. O autor resumi o impacto da revolução nos equipamentos militares em termos do que ele chama de “informatização dos sistemas de armas e comunicação”.

Armamento de comunicação e informação

        A informação não só se tornou fundamental para o desempenho dos sistemas de armas, como também um novo domínio de guerra, assim, o autor se refere às maneiras pelas quais os sistemas de informação são usados contra outros sistemas de informação. Dillon aponta outra característica importante do RMA: mudanças na forma como os militares pensam sobre o mundo.

Pensamento militar

         O autor aponta que talvez, o mais profundo impacto da revolução da informação e comunicação nas forças armadas foi em sua cognição, sua visão militar do mundo mudou, em termos de perigo, fazem de forma abrangente agora em termos de rede e cada vez mais, através de conceitos e metáforas que eles tiram da biologia.

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