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BASES EPISTEMOLÓGICAS DA CIÊNCIA MODERNA

Por:   •  12/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.971 Palavras (16 Páginas)  •  237 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

BASES EPISTEMOLÓGICAS DA CIÊNCIA MODERNA

Grupo 7: Os Limites do Progresso Científico

Profº. Matteo Raschietti

Aline Maria Lima da Silva 21071515

Alvaro Henrique Angelim Silva 21006215

Danilo de Souza Cutrim 11087215

João Antonio Machado Cardoso Filho 21018016

Júlio César de Siqueira Ramos 21044416

Lucas Martins da Silva 21001815

Matheus Giunti 11113216

Roberta Tatsui de Sousa 11084115

Thalles de Antonio Trevizan 21016216

Thiago Hitochi 21038315

São Bernardo do Campo – SP

2017

O que limita o avanço científico? Na nossa concepção, existem fatores internos e externos que impactam as expectativas de progresso na ciência: as próprias características intrínsecas do instrumento metodológico, bem como o comportamento dos seus agentes, e questões éticas levantadas pela sociedade.

Limitações na própria ciência

É evidente o impacto que a ciência causa no nosso dia a dia: aviões, carros, smartphones, vacinas contra diversas enfermidades e a existência de magníficas construções civis devem, em grande parte, ao desenvolvimento científico. Em contrapartida, qual é a concepção popular sobre “ciência”? O público mais leigo, se não se atentar às peculiaridades do método científico, poderá frustrar-se quanto às expectativas de progresso e alcance científico. Muitas vezes essa ignorância é evidenciada entre pessoas de influência e poder, e suas decisões enviesadas poderão prejudicar o bem estar de milhares ou milhões de pessoas. Em face disso, os próximos parágrafos discorrerão sobre alguns dos aspectos desconhecidos ou mal compreendidos que, de certa forma, são fatores limitantes ao próprio avanço científico.

Prova e verdade

Muitas pessoas acreditam que a ciência é um arcabouço de verdades. Os próprios meios de comunicação anunciam produtos ou soluções “cientificamente provados” para seus potenciais compradores. Ou ainda, há um abuso de linguagem ao dizer que “cientistas descobriram que o café faz bem para a memória”. O fato é que a ciência não dispõe de instrumentos metodológicos para “provar” uma teoria. O próprio conceito de verdade é sem significado na ciência. O que ela fornece, em contrapartida, são evidências. Uma teoria pode estar embasada em fortes evidências, porém nunca saberemos se novas experiências ou observações poderão nos apresentar contradições. Um exemplo clássico remete à mecânica Newtoniana: suas hipóteses iniciais de tempo e espaço absoluto tiveram que ser substituídas pela relatividade de Einstein. Mesmo uma teoria tão arraigada e aceita na época teve que ser revista, e com isso podemos aprender a ciência está se reconstruindo a todo o momento.

No ponto de vista do progresso científico, entendemos que a ciência não é um conjunto de leis e teorias lineares. Nossa concepção da natureza poderá ser reconstruída do zero (como foi feito com a mecânica quântica) a medida que novos caminhos são explorados. E assim haverá de ser com a teoria Einsteniana, com a teoria da Seleção Natural de Darwin, etc.

Incerteza

Uma das características cruciais da ciência é seu poder de explicação e previsão de fenômenos. Entretanto, há de se considerar em muitos casos a incerteza envolvida. O princípio da Incerteza de Heisenberg ilustra bem esse dilema. A incerteza não nos traz segurança a respeito da ocorrência ou não ocorrência de um determinado fenômeno, pois todo o tratamento matemático é probabilístico. Essa limitação científica constitui em outro impasse ao progresso científico, que agora deverá dar a devida atenção aos modelos probabilísticos em face dos determinísticos.

Replicabilidade

A replicabilidade é o ponto chave quando precisamos testar uma teoria ou hipótese científica. O que ocorre é que, cada vez que um experimento é repetido, alguns aspectos do contexto já mudaram. Alguns deles poderão ser responsáveis por uma possível falha na replicação. Por exemplo, quando um experimento é replicado, o humor do experimentador ou a fase da lua poderão ser diferentes. Caso o experimento não forneça os resultados esperados, não podemos concluir que a hipótese foi falseada. Algumas variáveis podemos controlar enquanto outras não. Portanto, devido a essa dificuldade filosófica em abstrair o que é e o que não é relevante para o experimento, encontramos alguma dificuldade em validar ou rejeitar teorias ou hipóteses científicas.

Linguagem e Matemática

O cientista e engenheiro polonês Korzybski demonstrou através de seu trabalho Structural Differential que tanto a percepção quanto a linguagem nos distanciam da realidade. A percepção capta apenas uma pequena parte do mundo exterior, ignorando toda a riqueza e diversidade do mundo exterior. A linguagem matemática também descreve apenas parte da nossa percepção, removendo os dados científicos da realidade. Não sabemos o quão longe a descrição matemática dos fenômenos está distante da realidade porque esta permanece um mistério para nós. Albert Einstein dizia: “A coisa mais bonita que podemos experimentar é o mistério. Este é a fonte de toda arte e ciência verdadeira”.

Hipóteses Ad hoc

Hipóteses ad hoc são criadas primordialmente para proteger teorias ou paradigmas de evidências contraditórias. Elas desqualificam as evidências contrárias em algum aspecto, colaborando para a manutenção do status quo científico. O ponto negativo das hipóteses ad hoc consiste em criar uma certa resistência no meio científico à mudanças e inovações. De fato, qualquer evidência nova poderá, com algum esforço, ser produzida para suportar a teoria ou paradigma preexistente, ao passo que as contrárias poderão ser combatidas com as hipóteses ad hoc. Nesse caso,

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