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CONTROLADORIA APLICADA AO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Por:   •  30/8/2019  •  Monografia  •  3.866 Palavras (16 Páginas)  •  163 Visualizações

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CONTROLADORIA APLICADA AO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Dermeval Batista dos Santos Junior

Curso de Pós Graduação em Controladoria e Finanças

EAD

São Bernardo do Campo, SP - Anchieta

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo explanar a atuação do Consultor Contábil no auxílio da gestão do Microempreendedor Individual. Buscando responder à seguinte pergunta: O Microempreendedor Individual está preparado para assumir a posição de Gestor Financeiro de seu negócio? Uma vez que foi estudado qual a causa mortis das empresas em um período muito curto de existência, percebe-se que na maioria dos casos o micro empreendedor não analisa estrategicamente todos os cenários possíveis para o sucesso ou fracasso do negócio, mediante isso observa-se que o Consultor Contábil possui habilidades técnicas suficientes para que o empreendedor possa tomar decisões mais efetivas e eficazes. Sem mencionar que a atuação com Consultor Contábil como Staff (Serviço Terceirizado), possibilita que o MEI (Micro Empreendedor Individual) possa também competir com o mercado, alinhando Missão, Visão e Valores atributos geralmente praticados em empreendimentos de pequeno, médio ou grande porte, bem como executar práticas de processos gerenciais e elaboração de relatórios financeiros.  

Palavras-Chaves: Consultor Contábil. Controladoria. Planejamento Estratégico. Microempreendedor.

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo investigar como a atuação do profissional contábil, aqui denominado Consultor Contábil pode auxiliar o Microempreendedor Individual (MEI) no controle de suas finanças com o intuito de minimizar os índices de mortalidades das empresas de pequeno porte após um período muito curto de existência.

As justificativas deste estudo são baseadas em divulgações feitas pelos canais de comunicações e órgãos específicos onde observou-se que existe um índice muito elevado de mortalidade das empresas de pequeno porte após um período muito curto de existência. Sendo assim surge a necessidade de se entender o porquê isso ocorre, entender quais são os processos de gestão que estão sendo utilizados e o que contribui ou não para essa estatística (SEBRAE – SP, 2014).

Observou se também que foi dada a possibilidade do até então ambulante formalizar-se, no entanto para que qualquer negócio se mantenha em plena saúde, necessário se faz administrar também as finanças, que para uma pessoa de formação básica técnica já é complexa, imagina-se então para uma pessoa de pouca didática acadêmica.

Nesse momento analisando todas essas informações surgem o questionamento: O empreendedor está preparado para assumir a posição de gestor financeiro do seu negócio? A partir dessa questão realizou-se toda a pesquisa com o intuito de apontar qual seria a melhor opção e qual a melhor estratégia para auxiliar o empreendedor em seu negócio e evitar que ele entre na estatística de mortalidade das empresas e possa ter sucesso com a mesma.

A hipótese que foi estudada é a de que o empreendedor poderia recorrer ao Auxílio do Consultor Contábil, pois o mesmo auxiliará o microempreendedor individual a ampliar o campo de visão, missão e valores, dando-lhes a oportunidade de crescimento qualitativo e quantitativo ao seu negócio.

Como objetivo será apresentar à controladoria como uma ferramenta de apoio aos microempreendedores individuais com a finalidade de melhorar os processos de gestão e evitar o encerramento das atividades da empresa. Como objetivos específicos apresentaremos a definição de Microempreendedor individual, quais os conceitos de controladoria, qual é a metodologia de trabalho de um Consultor Contábil, e a avaliação dos resultados esperados com a controladoria.

A metodologia que será utilizada para a realização desse trabalho é a pesquisa bibliográfica, sobre os conceitos referentes ao microempreendedor que aborda todo o início e evolução do empreendedorismo. Segundo Dornellas (2008, p. 5)

Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.

1 – O QUE É UM MICROEMPREENDEDOR E COMO SURGIU

Para a sociedade a figura o empreendedor é de suma importância, pois as mudanças tecnológicas avançam com muita rapidez, forçando os novos empresários a mudarem de paradigmas, mas porque o ensino do empreendedorismo está em ênfase nos últimos anos? O que mudou do passado? Pois bem, com a nova economia, a era da internet, nota-se que ideias inovadoras, uma equipe motivada, um bom planejamento estratégico e know-how cria-se novos negócios. Pois de conforme Dornelas (2008, p. 1) “O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização.”

Antes da década de 90 todo jovem recém-formado não se aventura no empreendedorismo, até mesmo porque não existiam entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas), o ambiente politico não era propício e as oportunidades oferecidas pelas grandes empresas nacionais e multinacionais eram mais convidativas, bem como a estabilidade nas repartições públicas. Outro fator relevante é que o ensino de administração era focado em formar profissionais para administrar grandes empresas e não para criar empresas.

        Em razão desta mudança de cenário um grupo de pesquisadores em 1997 criaram o projeto GEM – (Global Entrepreneurship Monitor) no intuito de medir a atividade empreendedora dos países e observar seu relacionamento com o crescimento econômico.

O número de países participantes do GEM, cresceu de 10, em 1999, para mais de 30, em 2000, chegando a 41, em 2003. Uma das medidas efetuadas pelo estudo do GEM refere-se ao índice de criação de novos negócios, denominado Atividade Empreendedora Total. Site do GEM: www.gemconsortium.org. (DORNELAS, 2008, p. 09 e 10).

         Necessário se faz entender que simplesmente criar uma empresa não leva ao desenvolvimento econômico a não ser que esteja embasado em oportunidades de mercado, esse entendimento foi necessário a partir do estudo anual de GEM, onde originaram-se duas definições de empreendedorismo:

A primeira seria o empreendedorismo de oportunidade, em que o empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e riqueza. A segunda definição seria o empreendedorismo de necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. (DORNELAS, 2008, p. 13)

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