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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: ANÁLISE DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EM CONGRESSOS E PERIÓDICOS DA ÁREA CONTÁBIL.

Por:   •  13/7/2016  •  Artigo  •  1.576 Palavras (7 Páginas)  •  353 Visualizações

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: ANÁLISE DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EM CONGRESSOS E PERIÓDICOS DA ÁREA CONTÁBIL.

Gleiciane de Fátima Mendes

Professor Orientador: Carlos Eduardo Gomes

RESUMO:

1- INTRODUÇÃO:

Na literatura existem diversas temáticas relacionadas à educação financeira, entre elas podemos citar as Finanças Comportamentais, onde OLSEN afirma que ‘as Finanças Comportamentais não tentam definir o comportamento racional ou irracional, mas sim entender e predizer os processos de decisões psicológicos que implicam na sistemática dos mercados financeiros’. Podemos citar o Orçamento Doméstico que é definido como o planejamento que se faz com o dinheiro para se evitar o endividamento e o gasto desnecessário. Ele refere-se ao cálculo de previsão das receitas e despesas durante determinado período. (TEIXEIRA, 2001). Enquanto que, para a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico-OCDE (2005), a Educação Financeira pode ser definida como o processo em que os indivíduos melhoram a sua compreensão sobre produtos financeiros, seus conceitos e riscos, de maneira que, com informação e recomendação claras possam desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para tomarem decisões fundamentadas e com segurança, melhorando seu bem-estar financeiro. Sabe-se que há um aumento de pessoas que emergem a classe média através da educação financeira. [...] Foram cerca de 30 milhões de pessoas que migraram da classe D para a classe C (ALONSO, 2010).

No que diz respeito à gerenciamento e contabilidade familiar, é desconhecido por muitos os meios para utilizá-los, por isso neste trabalho será feito uma análise de algumas famílias de baixa renda do município de Afonso Cláudio, que se situam na linha de pobreza e extrema pobreza, além de estudar a forma que estas famílias contabilizam suas finanças, e o nível de endividamento das mesmas. O endividamento segundo estudos realizados pelo Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Comibra (2002) é definido como o saldo devedor do indivíduo e este pode resultar apenas de uma dívida ou de mais que uma simultaneamente utilizando-se neste caso a expressão multiendividamento. Esta é a realidade de muitas famílias, por isso será abordada a importância da educação financeira, utilizando do planejamento e controle de gastos domésticos.

Para Frankemberg (1999, p. 21): “Administrar o patrimônio e planejar a vida financeira exigem objetivos determinados, perseverança e trabalho constante”.

A pesquisa POF (Pesquisa sobre Orçamento Familiar) realizado pelo IBGE (2002-2003) revela que 85,3 % das famílias brasileiras não conseguem chegar até o fim do mês com o que recebem. Segundo Ares (2007) grande parte dessas situações se explica pela inexistência de controle orçamentário.

A elaboração e acompanhamento do planejamento doméstico poderá garantir uma vida financeira mais tranquila, para isso é necessário conhecer todas as formas de renda fixa, que se define como o dinheiro proveniente tanto de salários e remunerações, quanto de recebimento de juros ou assistência social, como o recebimento de benefícios sociais, após somar as receitas ou ganhos, (quando não conhecer o valor exato, calcular com valor aproximado), deve-se planejar de que maneira este dinheiro será empregado para que ele possa suprir as necessidades da família, pois a regularidade do pagamento possibilita às famílias o planejamento de seus gastos e a utilização de seus recursos em compras parceladas (QUIROGAet al 2011). Quando temos um controle financeiro familiar, a tendência é que a família melhore sua situação econômica, o que pode acarretar em longo prazo na emancipação.

Sabe-se que para ocorrer a emancipação de uma família não depende somente da renda, mas também de diversas variáveis, no entanto, ela pode ser um fator decisivo para que esta consiga uma independência no que diz respeito a uma vida digna perante à sociedade. Para garantir um futuro financeiro melhor, é necessário que desde cedo se aprenda a lidar com o dinheiro, D’Aquino (2008) cita que é importante que as crianças saibam o valor do dinheiro em relação ao trabalho, e que o consumo deve vir após as necessidades básicas. Sendo assim, a educação financeira pode ser definida como:

“[...] um processo em que os indivíduos melhoram sua compreensão sobre os produtos financeiros, seus conceitos e riscos, de maneira que, com informações e recomendações claras, possam desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para tomarem decisões fundamentadas e com segurança, melhorando seu bem-estar financeiro” (OCDE, 2005 p.4)

Segundo Remund (2010) a definição primária de educação financeira diz respeito à competência do indivíduo em gerenciar seu dinheiro. Mais importante que a renda mensal ser suficiente para cobrir as despesas, é sobrar dinheiro no fim do mês, e aplicá-lo em uma poupança.

Gava (2004 apud GRUSSNER, 2007 P. 33) afirma que “um fluxo de caixa pessoal deve conter três componentes básicos: Renda, Consumo e poupança.” A poupança é essencial, pois é ela que dará suporte para despesas eventuais ou não planejadas como desemprego, ou problemas de saúde. Assim, existem duas partes principais do processo orçamentário: a organização do orçamento e o ajustamento das despesas que extrapolam o mesmo (HEATH, SOLL;1996), logo entende-se que a limitação de recursos econômicos ante o caráter ilimitado das necessidades força as famílias a distribuírem sua receita entre certos consumos e em quantidades determinadas (PINTO et al,1983).

Silva (2004) verificou que o nível de renda influencia a forma como as famílias consomem, pois cada categoria de despesa torna-se mais ou menos relevante na composição do orçamento conforme a progressão da renda familiar. Haja vista que atualmente ainda existem vários cidadãos com renda fixa, que são incapazes de manter suas famílias em suas necessidades básicas, sendo esta uma triste realidade em nosso município.

Com isso, notamos a importância de utilizarmos do planejamento e controle, ferramentas da contabilidade, para orientar as diversas famílias de baixa renda do nosso município, para que estas aprendem a elaborar seu orçamento mensal, com isso, surge o questionamento: Quais as principais tendências apontadas na literatura relacionadas a Educação Financeira?

2- OBJETIVOS:

2.1 – OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral do presente trabalho é localizar ferramentas contábeis úteis à

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