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Gestao de custos

Por:   •  9/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.927 Palavras (8 Páginas)  •  281 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: Gestão Estratégica de Custos - módulo 4 - custeio baseado em atividades

Atividade: Análise dos Conceitos de Overhead e de Departamentalização

Título: Estudo prático do Método de Custeio por Absorção com Departamentalização

Aluno: Daniel Dantas

Disciplina: Gestão Estratégica de Custos

Turma: 0416-6_2 - MBA_GECEAD-24_11042016_2

Introdução

Neste singelo estudo prático tentar-se-á demonstrar de forma básica a utilização do método de custeio por absorção com departamentalização com o intento de demonstrar sua alta capacidade de eficiência na apuração dos custos aos produtos ou aos serviços a serem prestados por um critério de rateio que faça uso tanto dos custos diretos quanto dos custos fixos indiretos, assim, relacionando-os aos vários departamentos empreendidos pela empresa na consecução da produção de seu bem ou na prestação de serviços propostos.

Justificativa

É fundamental se aplicarem de maneira muito eficiente e mais realista possível os custos fixos e variáveis, diretos e indiretos (este último também conhecido por overhead) aos produtos ou aos serviços prestados objetos da atividade empresarial a fim de se obter a lucratividade almejada pela sua eficaz gestão bem como para subsidiar as diversas necessidades de tomadas de decisão pelo corpo diretivo da empresa. Uma empresa sem um sistema de custeio eficiente certamente sofrerá expressiva perda de lucratividade, aliás, pode até vir a ter suas operações comprometidas em função de apuração indevida dos custos. Como ferramenta de gestão estratégica de custos, o custeio por absorção com departamentalização se mostra muito válido ao detalhar e alocar os custos pelo critério de rateio específico que dependa de certo fator pré-determinado pelos administradores juntamente com o auxílio de um corpo técnico, como, a exemplo, dividir proporcionalmente o custo fixo indireto do aluguel da empresa pela respectiva porcentagem do número de m2 de cada departamento seu para indicar quanto cada setor é responsável por uma porcentagem do valor. Tal ferramenta é essencial, pois, como dito, opera a consecução da departamentalização dos custos fixos indiretos (overhead) por intermédio de um critério lógico e mais próximo do uso real de recursos pelos vários setores organizacionais.

 

Desenvolvimento

Antes de adentrarmos neste singelo estudo prático que tem como foco a demonstração básica da alocação dos custos pela departamentalização, vale destacarmos os conceitos de gasto, investimento, custo, despesa e perda. Conforme leciona BAZZI:

Gasto: ...pode ser definido, primordialmente, como o valor para a obtenção de determinado bem ou serviço...

Investimento: é caracterizado como um gasto ativado, ou seja, elemento adquirido pela empresa para ser utilizado no processo produtivo, gerando um produto que será vendido e, consequentemente, baixado...

Custo: gasto realizado por uma empresa na aquisição de um produto ou serviço, com o objetivo de aplicá-lo nos ativos que a organização elabora ou comercializa. Ainda que possa ser primeiramente considerado um gasto, o custo será considerado de fato quando for efetivamente utilizado no processo produtivo ou na prestação do serviço.

Despesa: gasto com finalidade específica, direta ou indireta, com o objetivo de geração de receita, relacionando-se com as atividades exercidas pela empresa, como as comerciais e as administrativas. Não podemos nos esquecer de que as despesas são consideradas redutoras do Patrimônio Líquido de uma empresa, representando também um sacrifício financeiro.

Perda: classificada por meio de consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço da empresa, principalmente em virtude de imprevistos, que não fazem parte da rotina operacional ou de comercialização... BAZZI (2015, p. 64).

Feito isso, lembremos também da distinção elementar entre custos diretos e indiretos. Os custos diretos são visivelmente perceptíveis no produto como, a exemplo, a matéria-prima empregada. Já os custos indiretos são mais difíceis de serem alocados vez que não estão diretamente ligados ao produto ou serviço. Para ilustrar, podemos citar novamente o aluguel do imóvel da empresa que atende todos os seus departamentos, ao ser alocado a cada setor, necessita ser filtrado em um sistema de rateio. O rateio nada mais é do que um critério, uma forma de divisão dos custos indiretos para serem aplicados aos produtos ou aos serviços, pois, como já afirmado, não são visíveis como os custos diretos. Exemplificando: acaso não haja um medidor de quilowatt (kW) ligado diretamente na máquina do setor de produção para aferição da energia elétrica consumida, ao contrário, haja apenas medidores gerais nos departamentos como na Produção, no Setor Administrativo, no Departamento de Recursos Humanos, no Controle de Qualidade, no Departamento Financeiro, entre outros, uma ótima forma de ratear o valor global da conta de energia elétrica mensal é se proceder à divisão do valor da conta pelo número de kW utilizados por cada setor, dessa maneira, chega-se proporcionalmente ao real gasto em cada secção. É evidente que o rateio proporcional é infinitamente mais coerente do que somente dividir o valor total da energia elétrica igualmente pelo número de setores, cujo resultado não condiria com a realidade das atividades, pois uns consomem mais, outros menos. Igualmente, vale aqui salientar que o cômputo das despesas ocorre no final do exercício social quando da elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial (no confronto entre receitas e despesas), assim, apura-se se houve lucro ou prejuízo. Desse modo, as despesas não integram o custo do produto, antes, são auferidas quando da apuração do lucro ou prejuízo, portanto, são redutoras de receitas, sendo transportadas diretamente para a conta de resultados.

Outros elementos essenciais que merecem distinção são o método de custeio variável e o método de custeio por absorção. Nas palavras de DOS SANTOS podem ser classificadas da seguinte forma:

No método de custeio por absorção, todos os custos de produção, varáveis e fixos, são incluídos no cálculo do custo unitário do produto. Se a empresa vender uma unidade do produto, serão deduzidos R$12 na demonstração de resultados, como custo das vendas. E as unidades que não forem vendidas e produzidas vão aparecer no balanço como estoque, a R$12 cada. Somente as despesas (fixas e varáveis) são lançadas no resultado pelo seu total.

Já no sistema de custeio variável, são incluídos nos custos do produto apenas os custos varáveis de produção. Com isso, o demonstrativo de resultado fica diferente daquele gerado pelo custeio por absorção. (DOS SANTOS, 2014, p. 216)

Conforme citado, o método de custeio variável inclui tão somente os custos variáveis na apuração do custo do produto ou serviço, portanto, exclui os custos fixos do cômputo. Para esse sistema, qualquer produto ou serviço que tenham margem de contribuição positiva sem considerar os custos fixos estarão contribuindo para abater os custos fixos totais da organização. Também é salutar registrar que o modelo direto é de igual maneira bastante difundido, pois se trata de um desdobramento do sistema variável tendo em vista que sua peculiaridade reside no fato de que apesar de considerar os custos fixos diretos, deixa de fora os indiretos.

Outrossim, a relevância mais manifesta do sistema de custeio por absorção com departamentalização se vislumbra no ponto em que este método demonstra quanto cada departamento está de fato custando, inclusive, levando em conta os custos fixos indiretos, posteriormente, lançando de forma organizada seus valores aos produtos, dessa forma, colabora para a Administração na tomada de decisão vez que proporciona informações mais realistas para a otimização dos custos dos departamentos ou poderá até mesmo indicar a inviabilidade de alguma secção ou de processos de produção, os quais poderão, inclusive, ser cortados a fim de aumentar a lucratividade da empresa.

Pois bem, após aclaradas as definições em epígrafe, foquemos agora na análise prática do estudo de caso da Transmitel Ltda com o intento de demonstrarmos a eficaz aplicação do método de custeio por absorção com departamentalização. No caso prático fornecido obtemos os seguintes dados:

Centros de PRODUÇÃO

energia (KWh)

depreciação ($)

funcionários (nº)

testes de qualidade (nº)

eletrônica

5.000

50.000

100

600

montagem

3.000

30.000

60

400

Centros de SERVIÇOS

energia (KWh)

depreciação ($)

funcionários (nº)

testes de qualidade (nº)

controle de qualidade

1.000

10.000

40

 

administração

1.000

10.000

 

 

TOTAL (produção + serviços)

10.000

100.000

200

1.000

Os centros de serviços são os departamentos que prestam apoio aos departamentos de produção.

...

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