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Gestao de custos industriais

Por:   •  21/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.421 Palavras (22 Páginas)  •  362 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, vamos abordar os principais sistemas de custeio, destacando as duas metodologias de apuração consideradas clássicas direto / variável e custeamento por absorção (abordando também o custeio ABC), as quais são consideradas clássicas na teoria de contabilidade de custos. Elas foram desenvolvidas baseadas nos conceitos de custos com comportamentos diferentes em relação à quantidade produzida, ou seja, nos custos fixos e variáveis.

No passado da contabilidade industrial, os custos fixos não eram relevantes e praticamente não havia necessidade de critérios de distribuição e alocação de tais gastos aos diversos produtos da empresa. Com o tempo as atividades foram se tornando mais complexas e diferentes, os gastos fixos e indiretos passaram a ter mais relevância dentro da empresa, possibilitando o nascimento da apropriação de tais gastos aos demais custos diretos ou variáveis.

Historicamente, o custeio por absorção veio a ser utilizado mais em razão dos critérios de avaliação de inventários do que das necessidades gerencias da empresa, Ele está de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, pois considera todos os gastos industriais como relacionados com os produtos, enquanto o custeio direto ou variável não integra aos produtos, e aos inventários, o valor dos custos fixos e indiretos.

Outrossim, a inadequação de critérios de alocação dos custos indiretos fixos pode enviesar as informações de custos dos produtos, atribuindo responsabilidades indevidas. Nesse sentido, o custeamento por atividades (Custo ABC) vem tentando minimizar os impactos de alocações inadequadas, através do custeamento das atividades exigidas pelos produtos ou demais atividades operacionais.

Uma nova abordagem do custeio variável tem sido utilizada, denominada de Contribuição da Produção decorrente da filosofia de administração de produção, a Teoria das Restrições, a qual será brevemente apresentada neste trabalho.

1.2 CUSTEAMENTO DO PRODUTO

È o processo de identificar o custo unitário de um produto ou serviço ou de todos os produtos e serviços de uma empresa, partindo do total dos custos diretos e indiretos. As metodologias básicas são o custeio por absorção e o custeio direto / variável. Também existem outras metodologias, mas antigas como o RKW e Custeio Integral, e outras mais modernas, como o Custeio ABC e a Teoria das Restrições.

O método de custeio é um processo de distribuir os gastos totais, considerando seus principais tipos, para os diversos produtos ou serviços da empresa. No conceito da Teoria das Restrições, só devem ser atribuídos unitariamente aos produtos ou serviços os custos variáveis. No conceito de do Custeio Direto / Variável, além dos custos variáveis, incorpora-se também a Mão-de-obra Direta, uma vez que, embora esse tipo de gasto possua uma característica de comportamento fixo num horizonte de curto prazo (um ano, por exemplo), ele, na realidade, tem as características de custo variável no longo prazo, já que nenhuma empresa retém por muito tempo mão-de-obra direta ociosa.

O Custeio por Absorção, que é o mais utilizado por ser critério fiscal e legal em praticamente todo o mundo, incorpora os custos fixos e indiretos industriais (Mão-de-obra Direta, Despesas Gerais e Depreciações) aos produtos, traduzindo esses gastos em custo unitário por meio de procedimentos de rateio das despesas e alocação aos diversos produtos e serviços.

O Custeio ABC, embora seja sempre comparado com o Custeio por Absorção (conceitualmente é um conceito de absorção/alocação), em tese, deveria incorporar também o custo das atividades administrativas e comerciais, por meio dos direcionadores de custos dessas atividades. Dessa maneira, o Custeio ABC é um custeio por absorção integral. O Custeio Integral é a continuidade Custeio por Absorção, incluindo as despesas administrativas e comerciais. Por ultimo, o RKW, pouco utilizado atualmente (e também não recomendado), tem por procedimento ratear e alocar aos custos unitários também as despesas financeiras, além de todos os outros gastos.

É importante salientar que, quando um gasto não é atribuído e alocado aos produtos como unitário, ele é considerado despesa operacional e é lançado por seu valor total na demonstração de resultados, como gasto do período.

2. MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO

É aquele que utiliza todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, para a apuração do custo dos produtos de estrutura ou operacionais. Esse método derivado da aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade, sendo no Brasil adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal para a valorização dos estoques e apuração do resultado do exercício (Lei 6.404/76; Decreto-lei 1598/77).

O custeio por absorção é um método muito utilizado pelas empresas, pois neles os produtos absorvem todos os custos incorridos da fabricação, ou seja, considera tanto os custos diretos e indiretos quanto fixo e variáveis. (MEGLIORINI, 2007).

Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os produtos feitos.

Segundo Wernke (2008) são apropriados todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateios.

O CRC-SP/IBRACON (2000) diz que: “Custeio por absorção é o sistema de custeio realizado sob a ótica da contabilidade de custos tradicional”. Nele todos os custos de produção (fixos e variáveis) são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques e, por sua vez, todas as despesas administrativas, financeiras e de vendas, fixas ou variáveis são excluídas do custo do produto.

É o critério legal exigido no Brasil, porém nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

Para obter os custos dos bens ou serviços, a partir do custeio por absorção, a empresa pode proceder de duas maneiras (MARTINS, 2010):

Alocar os custos diretos pela efetiva utilização, visto que são custos relacionados, diretamente, coma produção, sendo possível verificar seu real consumo nos bens ou serviços e rateios dos custos indiretos, que são os itens que não estão diretamente

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