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O MARKUP MONOPOLIO

Por:   •  18/8/2021  •  Dissertação  •  2.175 Palavras (9 Páginas)  •  82 Visualizações

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Thomas Hobbes -> Filósofo Inglês -> Filosofia da mente e da linguagem

  • Materialista

Razão pela qual as ações do mundo tangível eram passíveis de computação e não algo metafisico. A imaginação seria a mera iteração de uma fadante memória. Até Deus teria um corpo tangível, valendo suspeitas de heresias e ateísmo –- ateísmo então não significava negar a existência de Deus, mas rejeitar os atributos do Deus da ortodoxia.

  • Contestação

Hobbes, protestante, rejeitava a legitimidade de uma única autoridade como intérprete oficial da vontade divina. A falta de autoridade requeria a existência da intervenção do Estado sobre a religião e acarretava na impossibilidade de usar a Bíblia como lei.

A Inglaterra do século XVII vivia um embate de duas perspectivas teológicas que repercutiam na política. De um lado, a crença que Deus apontava os governantes e assim deveriam governar absolutamente. De outro lado, a crença calvinista dos parlamentaristas puritanos que Deus elege seus escolhidos para o domínio e usufruto da terra e, portanto, um governante injusto não seria eleito por Deus. Hobbes chegou a um meio-termo com sua teoria política, abrindo um parênteses ao mandato divino e demonstrando que Deus permitira um contrato social secular.

Hobbes também rejeitou causas sobrenaturais para fenômenos naturais, qualquer ação teria origem em algum movimento corporal na realidade empírica.

  • Obras

Um verdadeiro classicista, o primeiro trabalho publicado de Hobbes fora uma tradução de Tucídides e os seus últimos, as traduções de Homero. Seus escritos filosóficos são sistemáticos e agrupados em uma trilogia – De Cive (1642), De Corpore (1655), De Homine (1658)– nos quais Hobbes se ocupou do homem como ser biológico, psicológico (ou filosofia moral, como se dizia na época) e social. Sua obra máxima foi o Leviatã, dedicada ao exame politico, social e religioso, publicada em 1651 logo depois de terminar a Guerra Civil Inglesa.

  • Dissociação

Politicamente Hobbes distingue entre a pessoa e o ofício. Enquanto teóricos anteriores, como Maquiavel, discutia as virtudes e deveres dos príncipes — que governavam pelo mero fato de sua pessoa ser o príncipe, como no dizer de Louis XIV “o Estado sou eu”– Hobbes desafiou tal conceito dizendo que o príncipe poderia ser legitimamente trocado. Entre as obrigações do soberano estaria o cuidado das populações vulneráveis. Hobbes antecipa o estado de bem-estar social, dizendo que os indigentes não deveriam viver de esmolas, mas receber amparo do estado. Propôs também imposto sobre consumo visando o nivelamento entre ricos e pobres. Quanto às leis, Hobbes distingue entre boas e más leis. Ao invés de considerar lei como comando, arguia pelo positivismo legal: a lei é o que o soberano diz ser lei.

  • O homem lobo do homem (guerra de todos contra todos)

bellum omnium contra omnes

O estado de natureza do homem o induzia a atacar o próximo visando se proteger de uma possível ameaça. Assim, o ser humano se via em um ambiente de terror, no qual se ele não garantisse a sua sobrevivência, o próximo a sofrer um “atentado” contra a vida seria ele. Tal situação, são colocadas no dia-a-dia atuais, através de guerras, rebeliões e diversos outros conflitos instalados.

Para Hobbes, o ser humano era dotado de apetites, o que antecede teorias da economia clássica, utilitarianismo, psicanálise e escolha racional. Todos são igualmente dotados de poder para satisfazer esses apetites -– igualitarismo que divergia da concepção hierárquica da sociedade da época, na qual subalternos naturalmente teriam menos poder. Porém, Hobbes não é nenhum otimista quanto à natureza humana. Em sua ordem natural o ser humano é mau e na busca de satisfazer seus apetites moveria uma guerra de todos contra todos - – bellum omnium contra omnes — o estado Hobbesiano

  • Contrato social

Para se preservar desse ambiente de terror, o homem determinou uma espécie de contrato social, no qual ele recusa a sua índole natural (atacar o próximo para se manter vivo) e passa para o soberano e para o estado o poder de controlar e manter o respeito entre os seres humanos, garantindo assim também alguns requisitos básicos como proteção entre outros que seriam as obrigações do Estado.

A resposta a esse conflito generalizado seria um contrato social. Nesse contrato de submissão, os indivíduos renunciariam seus direitos a um soberano, embora houvesse direitos inalienáveis. Ao apresentar a legitimação do poder do Estado como proveniente da renúncia de seus constituintes, Hobbes rejeitou a doutrina do direito divino do soberanos como apresentada por Jean Bodin e esposada na Inglaterra por Robert Filmer em seu Patriarcha or the Natural Power of KingsDefended Against the Unnatural Liberty of People (1680).

Vale notar que a noção de soberania de Hobbes não era necessariamente pertencente a um rei. Ao invés de jurar fidelidade a uma pessoa específica –- como os realistas haviam jurado a Charles I–- mas a um soberano capaz de mediar a paz e garantir o Commonwealth a comunidade política voltava-se para um bem comum. O soberano teria que ser absoluto, sem dever prestar contar ou limite de poder, mas não necessariamente um rei, o parlamento poderia ocupar esta função. As críticas atuais a Hobbes seriam não estabelecer meios de prestação de contas, não prever abusos de poder ou incluir o povo como soberano.

  • Controle da população

        Mas para manter a população controlada o soberano se utiliza do medo para impor respeito e manter o seu poder. Um método para impor o controle perante a sociedade seria por meio de punir o errado ou o contrário como uma forma de mostrar que quem não segue as ordens do Estado sofrer graves consequências.

  • Leviatã (estado)

Hobbes representou suas idéias em uma criatura mística chamada Leviatã, representado na ilustração feita pelo autor como um monstro composto por vários homens dispostos como escamas. Com isso, Hobbes quer dizer que o soberano que controla a sociedade é formado pelo conjunto de indivíduos, mostrando também que o ser humano deu ao Estado o direito de controla-lo da maneira que se deseja.

Um gigante composto por pessoas, com uma cabeça coroada segurando a espada e um báculo episcopal. Um paralelo de figuras estão nas margens inferiores: castelo/igreja, coroa/mitra, canhão/excomunhão, armas/lógica, campo de batalha/tribunal eclesiástico.

  • Preservação da natureza humana

Analisando as ideias de Hobbes e comparando-as com o mundo atual, é possível perceber que, mesmo com a criação do Estado e do soberano, o homem continua a preservar sua natureza humana. Dessa forma, o Estado só amplia ou massifica a sua índole natural ou humana, para conseguir manter sua soberania, seu pensamento, sua economia e assim sua sobrevivência.

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