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Renha de Custos

Por:   •  10/4/2015  •  Resenha  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  460 Visualizações

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Sistema de Custeios

O primeiro artigo “Os métodos de custeio: Vantagens, desvantagens e sua aplicabilidade nos diversos tipos de organizações apresentadas pela literatura” e o segundo artigo “Um estudo sobre a utilização de sistemas de custeio em empresas brasileiras”, apresentam os sistemas de custeio existentes no mercado e na literatura. Enumeram as aplicabilidades, benefícios e desvantagens. Ao final, conclui-se que o objetivo principal em classificar os custos de acordo com cada sistema é beneficiar as empresas com informações, que ajudam na formação do preço de venda e auxilia de forma a torná-las competitivas no mercado.

Com os artigos pode-se perceber que a contabilidade de custos e seus modelos, surgiu com o intuito de ajudar as empresas a conhecer melhor os seus produtos e serviços, dando suporte e gerando ferramentas importantes para a geração de informações relevantes para a tomada de decisões.

No primeiro artigo, o autor informa que a partir dos anos 70, ocorreram modificações no ambiente das organizações, e estas passaram a investir intensamente em tecnologias de ponta, engenharia, marketing, desenvolvimento de produtos, serviços de atendimento aos clientes e treinamento, provocando assim um aumento significativo nos custos indiretos. Dessa forma, são necessários controles e métodos que se permita conhecer os reais custos de uma empresa, e estes não podem ser limitados apenas ao estoque é necessário que seja feito também avaliações de desempenho dos gestores, de taxa de retorno nas decisões de investimento, de decisões de compra versus fabricação e da formação do preço de venda competitivo.

As literaturas nos apresentam vários métodos de custeio e ambos têm por objetivo ceder informações que auxiliam na formação do preço de venda do produto ou serviço, reduzir custos, melhorar os processos de produção, eliminar desperdício, decidir sobre uma terceirização da produção, eliminar, criar e aumentar ou diminuir a linha de produção de determinado produto.

Os métodos de custeio segundo os dois artigos são:

  • Método de custeio por absorção: Esse método é um dos mais antigos e o único aceito para fins fiscais. Considerado básico para a avaliação de estoque, pois todos os custos de produção compõem o custo do bem ou serviço. Já as despesas não fazem parte do custo do bem ou serviço. As despesas são lançadas diretamente nos resultados enquanto os custos tanto diretos quanto indiretos são apropriados no produto ou serviço. Nesse método não tem-se a preocupação de separar os custos fixos dos variáveis.

De acordo com Martins (2010) existem duas maneiras de obter os custos dos produtos nesse método, um deles é alocar os custos diretos, quando utilizados efetivamente os materiais, que estão relacionados diretamente a produção, assim possibilita identificar o real custo da produção. O segundo é separar a empresa em departamentos de serviços e em departamento produtivo, assim os custos indiretos serão rateados aos departamentos. Um departamento transfere o custo para o outro até que esse custo seja transferido para o bem ou serviço. E isso ocorre para que o custo seja controlado de forma eficiente.

Nesse método pode-se verificar as seguintes vantagens: Segue os princípios da contabilidade, é aceito para fins fiscais de obtenção de renda e de lucro; agrega ao produto todos os custos diretos e indiretos; e é de fácil implantação desde que não seja realizada a separação dos custos fixo do variável.

  • Método do custo variável: Nesse método apenas os custos variáveis compõem o custo do produto ou serviço, sejam eles diretos ou indiretos. Para Martins (2010), os custos fixos não são de grande utilidade para analise gerencial uma vez que esse custo independe da produção e esse custo pode ser considerado menor ou maior depende no volume de produção, assim os custos fixos acabam sendo considerados como despesas do período. A partir da utilização desse método pode se obter uma margem de contribuição que é representada pela diferença do valor entre a receita e os lucros variável de venda. Isso permite que seja avaliado cada produto ou serviço de forma a pagar seus custos fixo, despesas fixas e ainda gerar lucro.

As vantagens desse método são: os custos fixos que não alteram independentemente da produção não são alocados no produto ou serviço; não ocorrem rateios, identifica os bens ou serviços mais rentáveis; é possível identificar a quantidade necessária a produzir para pagar os custos fixos, despesas fixas e gerar lucro; e os dados e informações de custo/ volume/ lucro são identificados facilmente.

Porém em contra partida possuem as seguintes desvantagens: não é aceito por auditoria externa e nem para fins fiscais de empresas de capital aberto, pois fere os princípios de contabilidade em especial o da realização da receita da confrontação e da competência; o crescimento da produção dos custos fixos; na pratica a separação dos custos não é tão clara.

  • Método das seções homogêneas (RKW): Esse método se caracteriza por divisão da empresa em centros de custo e nesse caso os custos são alocados aos centros por intermédio de base de distribuição, em seguida repassados ao produto ou serviço por unidade de trabalho.

Segundo Bornia(2010) os centos de custo podem ser sintetizados nas seguintes etapas: Primeiramente na separação dos custos em itens; depois dividir a empresa em centros de custos; identificação dos custos com os centros (distribuição primaria); distribuição dos centros de custos indiretos até os diretos (distribuição secundaria); e por fim distribuição dos custos dos centros diretos aos produtos ou serviços (distribuição final).

Esse método possui vantagens e desvantagens. As principais vantagens são: considera todos os custos incorridos em uma organização sem exceções; possui informações completas e conservadoras; enfatiza a recuperação de todos os custos e tende a introduzir certo gral de estabilidade de preços; pratica a formação de preço com base no pior custo; justifica assim os preços e chega ao custo de produção e de venda.

As desvantagens desse método são: levar a decisões equivocadas por não distinguir custo fixo de variável; arbitrariedade nos critérios de rateio dos gastos indiretos; apresenta dificuldades na sua aplicação como no momento de encontrar os custos de produção no cotidiano e de encontrar as despesas operacionais diárias e unitárias; não é aceito para fins fiscais.

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