TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Teorias Contemporanea

Por:   •  1/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  306 Visualizações

Página 1 de 9

TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DE MOTIVAÇÃO

        É notável no mundo dos negócios, atualmente, que ainda existe muita dificuldade em se lidar com pessoas e perceber que grande parte do sucesso depende delas. Cada ser humano tem uma personalidade própria e uma maneira peculiar de desenvolver suas funções. É preciso entender que a realização, com excelência ou não, provém da satisfação das pessoas com o ambiente que trabalham e com as tarefas que realizam.

        Para ilustrar essa questão, pode-se citar Glasser (BERGAMINI, 2006, P. 26) no que se refere ao fato de que “[...]o fracasso na maioria de nossas empresas não está na falta de conhecimento técnico, e sim, na maneira de lidar com as pessoas. Foge a nossa compreensão o hábito dos administradores de achar que os trabalhadores não produzem com qualidade apenas por falta de conhecimento.”

        A maioria das organizações tem o objetivo de servir com excelência seus clientes e ser um diferencial quanto à satisfação, conquista e retenção destes. Para que esse objetivo seja alcançado, é necessário que os colaboradores desempenhem suas tarefas adequadamente.

        A motivação desses colaboradores, portanto, fundamental para que a organização alcance a meta de ser excelente quando se trata de atendimento e prestação de serviço ao cliente. Em algumas empresas, os gestores estão tão preocupados em manter a área financeira equilibrada e os produtos e serviços de acordo com a qualidade e a quantidade demandada, que se esquecem de prestar atenção nas pessoas  envolvidas no processo do dia-a-dia da empresa.

        Os colaboradores dedicam boa parte do seu dia e de seu esforço para que as metas sejam alcançadas, mas muitas vezes não recebem o devido reconhecimento por parte da organização. Com o passar do tempo, as pessoas se sentem desvalorizadas e desmotivadas para executarem suas atividades, o que, a longo prazo, torna a empresa menos produtiva, podendo também acarretar a perda de bons profissionais.

        Baseando-se nisso, as teorias contemporâneas estão sendo utilizadas como base para desenvolver programas motivacionais para que os colaboradores sejam mais produtivos e desenvolvam suas atividades com satisfação pois isso reflete diretamente no resultado da empresa. A aplicação dessas teorias pretende implementar melhorias na gestão de pessoas na organização, visando um crescimento organizacional contínuo, um melhor desempenho e uma melhor satisfação dos colaboradores.

  • TEORIAS CONTEMPORÂNEAS SOBRE MOTIVAÇÃO

As teorias consideradas como sendo contemporâneas são:

  • Teoria de Avaliação Cognitiva – Segundo Bilhim (1996), essa teoria parece adquirir alguma relevância, quando o nosso propósito é a compreensão e interpretação da motivação existente em contextos organizacionais, se estes se encontrarem situados entre os extremos do muito interessante e nada interessante.

Essa teoria coloca em evidência a independência entre os fatores de motivação extrínsecos e os intrínsecos (Bilhim, 1996). É de referir que, historicamente, teóricos da motivação disseminavam a apologia da independência entre os fatores de motivação extrínsecos – a remuneração, as promoções, o bom relacionamento com o respectivo superior hierárquico, condições de trabalho desejáveis – e os fatores intrínsecos – o sentimento de realização, a responsabilidade (Bilhim, 1996).

Essa suposta independência significaria que o estímulo exercido sobre um dos grupos não afetaria o outro (Bilhim, 1996).

A teoria da avaliação cognitiva possui uma visão divergente, ‘alimentando’ a sua perspectiva que defende a existência de uma relação entre o conjunto de fatores intrínsecos e fatores extrínsecos, recorrendo a argumento de cariz pragmático do tipo: quando a remuneração ( compensação extrínseca) é utilizada para pagar uma realização superior, a compensação intrínseca, que tem origem no fato de se fazer o que gosta, é reduzida (Bilhim, 1996).

  • Teoria da Fixação de Objetivos – O autor desta teoria é Edwin Locke. Esse investigador sustentou a tese de que a fixação dos objetivos constitui a maior fonte de motivação, já que fornecem indicações aos empregados relativamente ao que é necessário efetuar e qual a intensidade do esforço que é necessário despender para a realização da tarefa em questão (Bilhim, 2002)

Os objetivos específicos melhoram os desempenhos, no entanto os objetivos de difícil execução quando aceitos, dão origem a um desempenho mais elevado que os de fácil concretização (Locke 1968 in Chiavenato , 1999).

Locke (1968 in Bilhim, 1996) alerta que os objetivos de difícil realização não são tão facilmente aceitos como os que indiciam uma fácil concretização, porém, este mesmo autor defende que se os trabalhadores forem ouvidos na redefinição dos objetivos, a resistência será menor, logo a aceitação muito superior. Essa situação resulta do fato de os seres humanos se encontrarem mais implicados nas escolhas de que tomam parte (Bilhim, 2002).

A conclusão geral que Locke retirou da sua investigação é de que a formulação de objetivos difíceis e específicos constitui uma poderosa força motivadora.

  • Teoria da Autoeficácia – A teoria sócio-cognitiva da auto eficácia para além de promover como princípio básico, o conhecimento de si próprio e dos outros, tendo em vista uma análise centrada no presente com o objetivo de fundamentar a tomada de decisão, as pessoas escolhem quais os desafios em que tomam parte (definição de metas e objetivos), que esforço vão despender e o quanto vão perseverar em face das dificuldades encontradas.

Logo, essa teoria defende “uma visão mais pró-ativa da motivação, tentando perceber como as pessoas conseguem exercer o controle sobre os acontecimentos que afetam as suas vidas, de modo a evitar eventos desagradáveis e estimular a ocorrência de eventos agradáveis  (Fontaine, 2005, p. 117).

Assim, assume uma visão prospectiva da ação sobre o futuro, pois pressupõe a capacidade de influenciar eventos futuros tornando os indivíduos mais previsíveis. Essa capacidade permite a cada um preparar-se melhor, de forma a aumentar o controle sobre a própria vida (processos cognitivos, emoções e ações) sobre o meio e sobre acontecimentos futuros, que corresponde ao conceito de “agencia humana” (Fontaine, 2005, p.119) e constitui um poderoso mecanismo motivacional.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.3 Kb)   pdf (150 Kb)   docx (15.7 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com