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A Atividade Comunicação

Por:   •  10/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  131 Visualizações

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Atividade A1 (N1)

Comunicação (EAD)

Questão

Ao longo da unidade estudamos sobre os gêneros discursivos e como eles afetam diretamente as relações humanas e de comunicação no que diz respeito ao uso da língua. Sabemos que diversos fatores influenciam diretamente na maneira como um indivíduo se comunica, e isso varia de acordo com sua cultura, criação, meio em que vive, situação classe econômica e nível de escolaridade.

 O Brasil é um país de grande extensão e, dessa forma, permite que existe uma grande pluralidade de povos. Estes, mesmo falantes da Língua Portuguesa, continuam tendo suas próprias maneiras de falá-las ou expressá-las.

 Sabemos ainda que os gêneros discursivos sofrem variações quanto ao uso da língua formal ou informal. Um mesmo indivíduo pode abarcar em sua comunicação diferentes variações, como, por exemplo, quando este tem que se expressar durante uma reunião de trabalho (língua formal) ou em uma comemoração com amigos (língua informal).

 Diante deste contexto, identifique diferentes gêneros discursivos presentes na nossa língua e como eles se transformam de acordo com o emprego em diferentes contextos sociais e geográficos de comunicação, verificando em qual campo estes gêneros se alocam mais tipicamente, se no formal ou no informal.

 A partir dessa reflexão, então, eleja uma região do Brasil e cite alguns exemplos de atos de preconceito linguístico que os povos da região sofrem e o que isso reflete na em sua vivência e comunicação na sociedade, articulando com sua exposição acerca dos gêneros discursivos.

Resposta

Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem (BAKHTIN, 2003). As produções textuais podem ser das mais variadas formas, indo desde as verbais e não-verbais, escritas ou faladas, das formais e informais, com as mais variadas expressões linguísticas e temas específicos de cada segmento no processo de comunicação. Essas unidades comunicativas manifestam, cada uma, variadas intenções do autor, e tais servem para categorizar os textos em gêneros textuais ou discursivos.

Nas palavras de Andréia Almeida Mendes (2019, p.128)

[...] um texto nunca será puro. Afinal, ele pode apresentar características de outros gêneros. Ainda assim, haverá sempre algumas características que prevalecerão sobre outras; por meio dessa prevalência, o texto será classificado em um gênero ou outro. Segundo Bakhtin (2003), os gêneros têm sua base na concepção dialógica da linguagem, ou seja, eles não se restringem apenas ao enunciado em si, mas englobam todo o processo de comunicação, nas mais diversas dimensões da interação social. Assim, o centro do enunciado estaria situado no meio social, e a sua criação, em contrapartida, seria histórica. Para Bakhtin (2003), a língua é construída no dia a dia pelo fenômeno da interação verbal e é realizada por meio da enunciação e do enunciado.

Em outras palavras, a verdadeira fonte criadora dos gêneros discursivos é a própria esfera de comunicação em seu propósito, a estrutura social onde os indivíduos estão inseridos e partilham de objetivos comuns. Por exemplo, na esfera jurídica, petições e contratos são gêneros mais comuns, assim como na esfera jornalística podemos encontrar com maior abrangência textos informativos e entrevistas.

De forma semelhante, a questão da heterogeneidade da língua pode ser vista como um processo histórico de transformação. A língua não existe em si, ela se concretiza através de atos individuais da fala. Em outras palavras, a língua só pode ser observada a partir de seu uso, ou seja, a partir de enunciados concretos, textos falados ou escritos (TERRA, 2018).

Justamente por ter um caráter social, a língua é espelho da sociedade, e uma das suas características é a variação. Assim como o Brasil é um país heterogêneo, a língua portuguesa também é. Então, não há uma única língua portuguesa concreta, o que existem são variedades dessa língua. Essas variedades da mesma língua estão ligadas a inúmeros fatores, como variação geográfica, variação sociocultural, idade, sexo, grau de intimidade entre os falantes, etc.

Fonte: https://professoracarlaholz.wordpress.com/2017/10/22/colocacao-pronominal/[pic 1]

[pic 2]O uso da língua portuguesa na região sudeste, mais especificamente nas periferias da cidade de São Paulo, é um bom exemplo de como essa heterogeneidade constrói formas únicas do uso da língua. Nessas regiões é muito comum escutar gírias e dialetos únicos, como ”mano do céu”, “pode pá”, “é nóis”, “pega a visão”, “busão”, “o pai tá on”, “mó responsa”, “tâmo junto”, assim como dar um novo significado para uma palavra já existente na língua, como “gata”, “suave”, “demoro”, “(dar) mancada”, “peitar”, etc.

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