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A Hermenêutica Jurídica

Por:   •  25/5/2016  •  Dissertação  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  125 Visualizações

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O primeiro lugar onde se dá a interpretação é na linguagem, preferencialmente na linguagem escrita. Discursa sobre a multiplicidade de sentidos das palavras e como através delas o mais importante trabalho de se interpretar se dará quando o discurso conseguir transmitir sua a intenção sem nenhum tipo de ambiguidade. Enfim, o trabalho mesmo da interpretação revela esquema profundo, o de vencer uma distância, um afastamento cultural, de igualar o leitor a um texto estranho e desta feita incorporar o seu sentido à compreensão presente que um homem pode captar dele mesmo.

Para o autor, quem se encontra mais próximo da hermenêutica é Kant, graças a sua relação com a critica e o entendimento que possui em relação ao distanciamento entre a teoria do conhecimento e a teoria do ser.

Acredita que o entendimento de Schleiermacher deve ser superado no que se relaciona a interpretação técnica, que ao visar o entender o subjetivismo do sujeito que fala, se esquece da linguagem em si.

Analisando a teoria de Dilthey e a sua relação com o historicismo e o conhecimento do homem dos sinais na interpretação, afirma que a hermenêutica se constitui como um propósito e um meio para compreensão das estruturas fundamentais de um texto.

Entre a escrita e o texto em si, propõe uma tríade entre discurso, obra(literatura) e a escrita, organiza essa problemática em cinco temas:

  • Efetuação da linguagem como discurso: todo discurso ( raciocínio lógico e ordenado de fala) passa pela argumentação do evento( ação sempre que alguém fala, onde existe um diálogo no tempo, diálogo esse que pode se modificar, diferente da língua que possui caráter atemporal e que ainda sim se atualiza) e da significação (compreensão do texto como tal).

  • Discurso como obra: a obra é uma sequência maior que uma frase. Relaciona-se ao genêro literário do sujeito , assim como, o estilo adotado por ele (sua personalidade de escrita, única da obra e que liga-se a um indivíduo). O sujeito do discurso pode vir a ser denominado como o autor da obra, graças a individualização que o estilo traz, tornando-se uma assinatura do homem em relação a sua obra.
  • Relação entre a fala e a escrita: ao se transcrever a fala se dá ao discurso um caráter fixo, protege-o da destruição, porém o altera, já que esse é o principal efeito encontrado na escrita.
  • O mundo do texto: O discurso se opõe a língua, pois apenas o discurso em si exprime a realidade e situa o sujeito em um tempo e espaço único. Afirma que o papel maior da literatura é destruir o mundo conhecido, e utilizando do pensamento de Heidegger, considera que é por meio da ficção e da poesia que o mundo se amplia e que novas possibilidades de entendimento das palavras surgem.
  • “Compreender-se” diante da obra: para o autor, o texto é a forma pelo qual ele entende a si mesmo. A apropriação do texto relaciona-se com o distanciamento da escrita. Afirma o autor que nada pode ser compreendido pelo homem se não passar por um processo linguístico e é através disso que é que se estabelece o sentido.

         Conclui afirmando que o distanciamento é o maior responsável pela compreensão em si, já que compreende-se o texto em si  e não pelos preconceitos do leitor.

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