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A VIOLÊNCIA DO BRASIL

Por:   •  29/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  121 Visualizações

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Trabalho de Sociologia

Professor Luís Flávo Sapori

Alunos:

Leonardo Vinícius Araújo        

Jhennifer Gabriely Rodrigues Estanislau

Daniela Leticia Castelani

A República Federativa do Brasil tem passado por um momento desafiador. Crise política, Educação defasada, saúde precária, enfim, são vários problemas enfrentados diariamente pelo povo brasileiro. Tudo isso está interligado e em maior ou menor grau influencia direta e indiretamente no assunto tratado aqui. Em meio a diversas mazelas, a violência se constitui como um sério desafio ao Estado de Direito na sociedade brasileira. 

Gabriel Feltran, doutor em ciências pessoais pesquisou a fundo esse tema e nos traz dados científicos que nos ajudam a entender um pouco mais a triste realidade vivida nas periferias de São Paulo, a maior cidade do país. Em seu artigo, o Doutor analisa como foram constituídos e como operam o que ele chamou de "tribunais do crime". Um sistema criado por facções criminosas (dentre as quais se destaca o PCC) e que se tornou a partir de então, uma espécie de Estado Paralelo. Não é exagero algum afirmar isso, pois, como mostra a pesquisa, o sistema criado pelos criminosos (em sua maioria envolvidos com o tráfico de drogas) , além de organizado e articulado conta com o apoio de uma camada considerável da populações locais e através dessa "legitimação" contraditória tem se perpetuado nas comunidades. É como se em determinados locais da cidade o Governo não tivesse poder, sendo assim, o que vale ali não é a Constituição Federal e sim as "Leis do Mundo do Crime" que são estabelecidas por um "código de conduta" dos próprios criminosos. São eles quem determinam o que pode ou não pode, o que é certo e o que é errado, quem deve ou não ser punido e que tipo de punição deve ser aplicada. Eles, os "irmãos" como se denominam, são os réus, os advogados de defesa e de acusação, são os juízes, enfim, são eles sem interferência alguma externa que aplicam a Lei. 

O fato contraditório ressaltado pelo Doutor é que a partir da criação desses "Tribunais do Crime" o número de homicídios na capital paulista passou a diminuir consideravelmente. Antes, os criminosos (constituídos em sua maioria por homens, jovens e negros) se matavam descontroladamente por disputas pelo controle do tráfico de drogas e também por diversos outros motivos banais, com a criação do Primeiro Comando da Capital (PCC) , os "irmãos" como se denominam tornaram-se parceiros e assim, sem qualquer colaboração significativa do Governo Brasileiro, Estadual ou Municipal passaram a regular de forma mais eficaz e pode-se dizer mais pacífica, suas relações, sufocando guerras e estabelecendo alianças. A consequência disso é que esses homens, jovens, pobres e negros em sua maioria deixaram de matar uns aos outros impactando positivamente as taxas de homicídios que despencaram desde então. 

Contudo, o outro livro analisado traz uma visão mais ampla do assunto. Com abrangência Nacional o livro "Por que cresce a violência no Brasil?" escrito por Luís Flávio Sapori e Gláucio Ary Dillon Soares traz à tona uma questão intrigante. Eles constataram que o índice de violência no Brasil cresceu simultaneamente com a queda da miséria proporcionada através de políticas públicas implementadas por governos populistas.  Ficou visível, principalmente em regiões onde as diferenças sócias diminuíram drasticamente como o Nordeste que a violência cresceu na mesma proporção. Isso demonstra a dificuldade do Estado em proporcionar segurança aos cuidados, pois mesmo quando consegue diminuir a pobreza, distribuir melhor as riquezas, possibilitar maiores oportunidades à população, a violência só faz crescer e atingir níveis assustadores. 

Esses estudos atuais trazem novos pontos a serem levados em consideração sobre o que é preciso fazer num intuito de resolver os problemas da segurança pública. Até bem pouco tempo atrás acreditava-se que o crime (especialmente roubo e tráfico de drogas) servia como válvula de escape aos jovens pobres desprovidos de oportunidade e perspectiva de vida. O crime era "justificado" pela ideia de que sem estudo e trabalho, a prática de atos ilícitos seria a forma mais rápida e fácil do indivíduo subsistir. Essa seria uma alternativa viável para obter dinheiro para se alimentar e prover o sustento da família ou no mínimo ajudar nas despesas básicas para a sobrevivência. Porém, o que fica claro por meio desses estudos é que a atratividade real do crime se da por outras questões.

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