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A arte de governar

Por:   •  14/9/2015  •  Artigo  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  828 Visualizações

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A ARTE DE GOVERNAR

        

Governar é uma arte, na qual alguns são bens sucedidos e outros não. No decorrer da história da humanidade muitos foram os governantes que se destacaram por suas ações. Uns são lembrados por seus grandes feitos em favor do povo e outros são lembrados por sua tirania. Além disso, existem aqueles que já nasceram com o espírito de liderança, ou seja, são líderes natos, detentores de um carisma pessoal capaz de envolver as multidões. Já outros foram levados ao poder e o exerceram através de um esforço pessoal, ou seja, tiveram que aprender a governar.

        Nicolau Maquiavel, em sua obra “O Príncipe” se propõe a ensinar como obter, exercer e manter o poder. Escrito durante o Renascimento, período de grandes transformações científicas, políticas e culturais vividas na Europa e dentro do contexto de uma Itália dividida e dominada, Maquiavel baseou sua obra nas experiências reais de seu tempo, analisando as ações de grandes líderes da História, como Alexandre, o grande; Ciro; o rei Luís XII, da França, e o próprio Moisés, da Bíblia, entre tantos outros.

        Para ele, o exercício do poder deveria se basear em virtudes, mas tais virtudes nada tinham a ver com bondade e justiça e sim com força e valor. O Príncipe, ou seja, o soberano, o detentor do poder, que, no cenário político atual poderia se referir a qualquer governante que exerça o poder dentro de uma nação, estado ou município, precisa agir com firmeza e muitas vezes com crueldade para que possa ser bem sucedido.

        A obra de Maquiavel é atemporal e pode ser trazida para nossa realidade, aliás, muitos governantes da história e dos tempos atuais, com certeza, utilizaram-se dos conselhos maquiavelianos. E a maneira como os líderes daquela época agiam não difere da maneira que os nossos líderes do hoje atuam. O modo como lidam com o povo por exemplo.

“(...) o príncipe prudente procurará meios pelos quais seus súditos necessitem sempre do seu governo, em todas as circunstâncias possíveis _ e fará, assim, que lhe sejam sempre fiéis.” (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. 8 ed. São Paulo. Martin Claret 2009. p. 60)

Pelo raciocínio maquiaveliano o povo deve sempre ser dependente do governo. É o que vemos nos dias atuais, principalmente nas regiões mais sofridas e secas do país,       onde

políticos oportunistas se aproveitam da miséria da população em períodos eleitorais, com vistas a perpetuarem-se no poder.

        Outra orientação de Maquiavel bastante usada pelos governantes de hoje é a capacidade de enganar o povo.

“(...) os príncipes que tiveram pouco respeito pela palavra dada puderam com astúcia confundir a cabeça dos homens e chegaram a superar os que basearam sua conduta na lealdade.” (MAQUIAVEL, 2009, p. 92)

        

Para ele o bom governante não deve agir de boa fé, caso isso contrarie seus interesses e caso seja necessário. O líder deve possuir qualidades como piedade, fidelidade, integridade, mas se for necessário para preservar o Estado, pode mudar suas convicções e seguir por caminhos opostos. No entanto, é preciso ter a capacidade de agir de modo a ludibriar o povo, fazendo com que seu mau comportamento não seja percebido. Afinal todo homem é passível de ser enganado (talvez porque também aprecie a arte de enganar). São grandes os exemplos nos dias atuais de governantes habilíssimos na arte de persuadir a massa, fazendo com que seus reais interesses jamais sejam percebidos pela população.

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