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A visão do capitalismo

Por:   •  10/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.244 Palavras (9 Páginas)  •  303 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho tem por objetivo analisar a vida e a obra do polêmico filósofo alemão Karl Heinrich Marx tendo-se captar as definições do mesmo sobre o sistema que criticava: O Capitalismo. Despretensiosamente, serão abordadas as confabulações e argumentos que Marx utilizou para justificar a criação de um sistema econômico divergente, sem, é claro, fazer juízo de valor.

Para concretizar tal aspiração serão discutidas as suas principais obras, no entanto, será analisado com mais cuidado o Manisfeto Partido Comunista, produzido entre 1847 e 1848. Tal obra foi escolhida por, além de trazer uma narrativa explicativa, trazer uma análise detalhada sobre a formação do capitalismo.

É difícil falar de Marx sem falar de Friedich Engels (1820-1895), co-autor do Manisfesto. Amigo íntimo e grande colaborador de Marx, é difícil dizer onde começam as ideias de um e terminam as de outro.

Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, teórico político e jornalista. Nasceu, em 5 de maio de 1818 em Trévesis na Alemanha, e faleceu em 14 de março de 1883 em Londres no Reino Unido. Karl Marx foi sepultado no cemitério de Highgate, na cidade de Highgate no Reino Unido.

A visão do capitalismo, segundo Marx

“Karl Marx estudou na Univerdidade de Bonn, na Universidade de Jena e na Universidade de Humnildt de Berlim. Foi um dos seguidores das ideias de Hegel. Este filósofo alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães no agitado período de 1840 fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.” Segundo a fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/marx/

Para Marx, a história de toda a humanidade não passa de uma eterna luta de classes. No caso do capitalismo, burguesia e proletariado. Mas como elas surgiram? Ou melhor, como o capitalismo surgiu? O capitalismo, segundo Marx, foi uma resposta ao Feudalismo.

Os meios de produção moldam a sociedade tanto quanto a sociedade molda os meios de produção. Assim, no fim do sistema feudal, os meios de produção e o escambo já não eram mais compatíveis com esse sistema. A sociedade teve de se readequar, se ajustar. Em seu manifesto, Marx, também, ressalta a do descobrimento da América e a expansão dos mercados teve para a ascensão do capitalismo. A nós, brasileiros, cabe-nos lembrar dos acordos de importação com a Inglaterra durante o Brasil Império.

Quando a pequena manufatura é substituída pelas grandes indústrias, as classes sociais do novo sistema são definidas. Burgueses e proletários. Os burgueses são os detentores de capital, do maquinário e da terra. Seu patrimônio advém do trabalho de terceiros. O termo burguesia vem de Burgo, que era a definição das antigas cidades muradas da Idade Média voltadas ao comércio. Os avanços tecnológicos, como a máquina de tear e o motor a vapor, e a especialização do trabalho retirou dos antigos artífices o poder sobre a sua produção e tornou o trabalho alienante e facilmente ensinável. O trabalhador se torna, então, dispensável, mero instrumento, sendo sua única virtude a sua força produtiva. Nasce assim, o proletariado. A unificação nacional foi impulsionada pelo livre comércio. O sistema de feudos, com suas diversas tarifas e alfândegas, simplesmente, era inepto ao novo sistema. O proletário, diferentemente do servo feudal, não era ente isolado, muito pelo contrário, vivia aglutinado entre seus. Explorados, ganhando os mínimos possíveis para a sua subsistência, e, individualmente impotentes, unem-se, então, em organizações de representação de classe, os sindicatos.

Para Karl Marx, a “Mais-valia” era a exploração de trabalho através do proletariado, um exemplo disso seria um trabalhador cumprindo sua carga horária somando em vinte e seis dias por mês, sendo que em praticamente treze dias este colaborador já conquistou todo o lucro do mês, mas por seu contrato de trabalho deve-se cumprir o restante dos outros treze dias para concluir suas obrigações, então se resume que os outros treze dias sejam de total lucro do dono da empresa, conhecida também como mais-valia absoluta.

Um dos primeiros filósofos a abordar sobre a alienação, Karl Marx foca na parte econômica do trabalho, citando a relação “trabalho x trabalhador”. O trabalhador é explorado intensamente, sem saber o valor do seu trabalho e que futuro terá aquele material que ele produz, e às vezes, sequer sabe para qual fim será usado.

Um exemplo a ser colocado pode ser o artesão, que na idade média tinha total conhecimento sobre a produção do serviço, mas com o surgimento da industrialização, cada “trabalhador” tinha uma função. Por exemplo, na produção de um violão, onde um produz o corpo, outro o braço, a corda e um para afinar, sem ter a prática de tocar tal instrumento, diferente do artesão, que além de toda produção, tocava o instrumento e saberia lhe dizer se teria qualidade ou não, mas o fato é a quantidade e baixa qualidade, visando sempre o consumo e o lucro. O trabalhador torna-se estranho para tal produto, assim como o produto é pra ele, pois haverá uma parte interessada nesse conhecimento, no caso o consumidor. Mas isso é o que realmente importa na produção do capitalismo, segundo Marx, essa diferença do produtor para o produto, pois o mesmo o vê, mas não o entende, na maioria das vezes sem poder tê-lo.

O trabalho que ali tem torna-se um tanto quanto de esforço não voluntário, pois tem suas necessidades externas, assim sendo, um “trabalho forçado” sem ter prazer naquilo que faz e continuará fazendo, na maioria das vezes, até o fim de suas vidas, sofrendo exploração em cima de exploração. Torna-se um

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